Do desespero ao alívio: como Servià, Daly e Davison reagiram ao ‘quase bump’ nas 500 Milhas de Indianápolis

O GRANDE PRÊMIO ouviu os três pilotos que passaram mais perto da eliminação e se salvaram no 'Bump Day'. Em reações contrastantes, Conor Daly, James Davison e Oriol Servià admitiram o tremendo susto e a agonia que sentiram

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As eliminações de James Hinchcliffe e Pippa Mann marcaram o sábado (19) de 'Bump Day' em Indianápolis. E na frente deles ficou um trio de pilotos que passou um tremendo sufoco durante as quase seis horas de atividade: Oriol Servià, James Davison e Conor Daly, que tiveram histórias diferentes e um desfecho semelhante. Agora, os três estão de volta no jogo.

 
Daly teve um dos piores desempenhos durante toda a semana de preparação e claramente não tinha um carro veloz. A realidade do americano – muito querido pelo público local – era, sim, brigar contra a eliminação. E foi assim o tempo todo. Em exclusiva ao GRANDE PRÊMIO, Conor deixou a impressão de estar num misto de emoções, sabendo que venceu ao entrar na corrida, mas que terá muita dificuldade para melhorar o ritmo.
 
"Dá para dizer que venci hoje. Ficamos muito perto da eliminação, um dia duríssimo, complicadíssimo, mas também bem emocionante. Entrar no grupo dos classificados tão no final deu uma sensação diferente", disse.
Conor Daly ficou no misto de sensações (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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Para Daly, aliás, a Dale Coyne fez tudo que era possível para acertar melhor o carro, mas a questão era mesmo a potência.

 
"No geral, o que nos faltou foi mesmo velocidade. Simplesmente isso. Na primeira ida à pista a gente ainda cometeu alguns errinhos no acerto do carro, mas depois ajeitamos e ficou mesmo faltando a potência. Não tem jeito, o que dava para fazer, a gente fez", seguiu.
 
O americano ainda foi questionado sobre a influência do ótimo desempenho de Sébastien Bourdais numa eventual melhora do carro #17, mas mostrou seu lado pessimista.
 
"Acho que a performance do Bourdais não vai me ajudar muito porque nosso acerto já está bem parecido, a questão é velocidade. Aqui é muito de velocidade, também do acerto, claro, mas precisa ter os dois", completou.
Oriol Servià não faz ideia do que deixou o carro ruim (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Servià meio que caiu de paraquedas nessa briga, mas chegou a ser dado como eliminado certo no meio do dia. E realmente foi do nada, já que o catalão andava forte nas sessões anteriores e foi bem até pela manhã. Só que chegou a classificação e, nas duas primeiras tentativas, Oriol foi desclassificado antes da última volta por falta de ritmo. Foi aí que, do nada, o carro funcionou e, na terceira chance, as voltas vieram.
 
"Foi um drama total, mas todos nós estávamos torcendo para que o Bump Day voltasse. Então, eram 35 pilotos por 33 vagas e alguém sobraria. Quase fui eu, mas eu não sei bem o que estava acontecendo ali, sinceramente. Meu carro simplesmente não fazia curva e, de repente, começou a andar e cá fiquei em 31º", relatou em entrevista acompanhada pelo GP.
 
Se Daly tinha um misto de emoções, Servià estava na linha do desacreditado, sem entender como o carro havia andado tão para trás de uma hora para a outra.
 
"Foi um susto, não dá para negar. E também foi bem inesperado. Nós temos um grupo muito forte: a RLL, a Scuderia Corsa e a Honda, todos muito experientes. A gente pode até não brigar pela pole, mas foi um susto isso", seguiu.
James Hinchcliffe foi citado por muita gente pela eliminação surpresa (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Servià, que defende a RLL em parceria com o braço da Ferrari Scuderia Corsa, falou da eliminação totalmente inesperada de James Hinchcliffe e ressaltou o quão aleatória a Indy 500 pode ser já desde a classificação.
 
"Aqui é tudo muito louco, muda o tempo todo. Veja o Hinch, meu ex-companheiro. O cara foi pole dois anos atrás. Não dez, dois. E está fora. Aí você olha para o meu carro, meu tempo pela manhã, eu estava ali pensando em Fast Nine. E, de repente, não consigo controlar o carro. A Indy 500 é assim, algo muda de uma hora para outra e se perde o controle. Precisamos acertar várias coisas que perdemos hoje", encerrou.
 
Davison era, dos três, certamente o mais emocionado. Aliás, talvez do grid todo. O australiano despencou em lágrimas ao sair com a 33ª e última posição na segunda fase da classificação após um grande acidente sofrido na Fast Friday. James era só alegria.
 
"Foram 24 horas muito estressantes, para dizer o mínimo. Eu devo tudo a esse time pelo que eles fizeram para recuperar o carro. Trabalharam feito loucos para ajeitar o carro e eu sei do quão duro é em condições normais já o trabalho deles, agora imagina assim. A melhor maneira de agradecer a eles era essa: passando e dando meu máximo", falou em entrevista acompanhada pelo GP.
James Davison se emocionou bastante com a vaga entre os 33 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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O piloto da Foyt também comentou o momento em que teve de tomar a delicada decisão de arriscar sua volta para melhorar e evitar a eliminação.

 
"Minha primeira volta não tinha sido muito boa, mas eu estava me garantindo com ela, então foi uma situação dificílima. Não queria passar aperto, mas também não podia botar meu tempo anterior em risco. Aí fiquei na faixa 2 esperando. Foi uma agonia imensa a meia hora final", afirmou.
 
Davison foi mais um a citar Hinchcliffe, mas falando de quão surpreso ficou com a eliminação do piloto da Schmidt Peterson.
 
"Estava muito preocupado com Hinch e Pippa, mas eu não queria fazer igual ao Paul Tracy, abrir mão da minha volta e, de repente, estar fora da corrida. Mas, de verdade, nunca imaginei que pudesse ser mais rápido que o Hinch. Esse lugar é uma loucura", completou.
 
Após o tremendo susto vivido no sábado, tudo está zerado para domingo e, principalmente, para a corrida do final de semana que vem, em que os três estão confirmados. Sim, Daly, Davison e Servià voltaram para o jogo.

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