Kanaan pede teto de gastos em abertura para desenvolvimento de carros. E Bourdais alerta: “Viraria show da Penske”

A ideia da Indy de abrir o desenvolvimento dos carros para as equipes não convenceu totalmente os pilotos veteranos do grid. Tony Kanaan acredita que as equipes pequenas podem sofrer bastante por terem um orçamento menor, enquanto Sébastien Bourdais vai além e vê a Penske sobrando nesse cenário

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A Indy planeja abrir o desenvolvimento dos carros para as equipes e tem dividido opiniões no grid. De um lado estão os times maiores, que acreditam ser mais justa a possibilidade de evolução dos bólidos, enquanto as equipes menores citam os problemas no orçamento para rejeitarem a ideia.
 
Um dos mais veteranos do grid, Tony Kanaan explicou que a ideia até pode ser boa, mas só vai funcionar se existir um teto orçamentário que evite uma disparidade grande entre as equipes e até a saída das menores do grid.
 
"Estou bem envolvido com a associação de pilotos e olhando para o futuro da Indy. Temos de ser bem cuidadosos com essa questão. Não queremos ser uma categoria que tem todos os carros iguais, mas, ao mesmo tempo, a parte econômica é muito importante. Não queremos custos altos como em outras categorias e, assim, tirar algumas equipes do grid", disse à revista inglesa 'Autosport'.
Tony Kanaan quer que a Indy controle o orçamento caso abra o regulamento (Foto: IndyCar)

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O brasileiro deixou claro que o desenvolvimento seria positivo para a categoria, mas não pode separar tanto assim o grid.
 
"Existe uma linha tênue aí. Precisamos tomar cuidado com o quanto abriremos o regulamento. Porque isso pode dar um vantagem muito grande aos times com maior orçamento e acabar matando as equipes menores, que não vão ter mais a menor chance de vencer", seguiu.
 
Kanaan pediu para a categoria ficar bem atenta aos passos que está dando, sempre de olho na competitividade.
 
"Temos um bom equilíbrio até aqui, acho que podemos aos poucos ir abrindo o regulamento, mas logo controlamos isso também, para não deixar desandar. Mas sou a favor de mais desenvolvimento, sim", completou.
Sébastien Bourdais só vê uma beneficiada com regulamento aberto: Penske (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
Sébastien Bourdais foi ainda mais enfático em sua abordagem. O piloto da Dale Coyne acredita que a mudança beneficie exclusivamente a Penske, equipe que realmente pressiona pela liberação do desenvolvimento.
 
"É muito caro abrir o regulamento assim. Os custos disparam toda vez que você faz algo assim. Acho que se a ideia for manter a categoria equilbrada, não é esse o caminho. Isso faria a Indy virar um show da Penske", definiu.
 
Scott Dixon está do outro lado da discussão. O neozelandês acredita que a Indy não pode seguir a linha da Indy Lights e ter seus carros iguais, devendo poder se adaptar ao estilo de cada piloto.
Scott Dixon vê a abertura beneficiando quem tem bons profissionais (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
"Pelo ponto de vista dos pilotos é positiva a abertura, já que dá para ajeitar o carro dentro das características de cada um. Não dá para sermos como uma Indy Lights da vida, tudo igual, meio que como está sendo hoje em dia. Não temos muito a mexer no acerto com o regulamento atual", explicou.
 
Dixon ainda lembrou que a Ganassi investe pesado no time de engenheiros e que precisa de um regulamento aberto para usá-lo propriamente.
 
"Você olha para um time do nosso tamanho, com a nossa estrutura e há anos na Indy, vê os profissionais que temos e simplesmente as funções deles estão limitadas no momento. Aí não faz sentido investir nessa área, isso precisa mudar", comentou.

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