Senna admite “dor de cabeça” com Benetton e que Williams é “um pouco nervosa” em pistas como Ímola

Em artigo publicado pela imprensa alemã, Ayrton Senna admitiu incômodo com o carro de Michael Schumacher, da Benetton, que expõe as falhas técnicas do modelo da Williams. Apesar disso, Senna conseguiu a pole para o GP de San Marino

Ayrton Senna não está muito feliz com o desempenho da Williams. Apesar de ter conseguido a terceira pole da temporada para o GP de San Marino deste domingo (1), o brasileiro tenta os primeiros pontos nesta temporada. A dureza em consegui-los é melhor expressada através do carro da Benetton, que, segundo ele, demonstra as fraquezas de seu equipamento.
 
“A Benetton de [Michael] Schumacher é realmente um carro muito bom, mais do que tudo, nas curvas longas”, indicou Senna em uma entrevista à imprensa alemã. “É uma coisa que está me dando muita dor de cabeça, já que expõe os pontos técnicos fracos de meu Williams”, continuou.
 
Senna verificou que seu carro "reage de maneira um pouco nervosa a este tipo de superfície. “Isto tem a ver com sua aerodinâmica especial, mas também está relacionado com uma dificuldade na suspensão”, detalhou, antes de revelar que vem fazendo alguns testes aerodinâmicos com o carro. “Por estas razões, no começo da semana passada, nós experimentamos algumas modificações aerodinâmicas, que, nos treinos de Ímola, eu já coloquei em prática."

Ayrton Senna se prepara para deixar os boxes em Ímola (Foto: Getty Images)

Senna também disse que conversou com os diretores de prova da F1 a respeito dos recém-chegados pilotos ao Mundial e lamentou que seus medos tenham se confirmado com a morte do austríaco Roland Ratzenberger.
 
“Depois das duas primeiras corridas da temporada (Japão e Brasil), disse aos diretores das provas que, no futuro, devíamos olhar mais criticamente a capacidade dos nossos mais inexperientes pilotos”, contou Senna. “Neste fim de semana, meu medo se concretizou com a morte de Roland Ratzenberger, que corria sua primeira temporada. No dia anterior, Rubens Barrichello batera em alta velocidade”, listou.
 
“Sei, pela minha própria experiência, que a maneira de um corredor jovem encarar uma corrida e aceitar seus riscos é totalmente diferente da de um piloto maduro”, ponderou. “Nosso problema é que, neste momento, há muitos pilotos jovens na F1, e isto aumenta o perigo”, frisou.

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