GUIA WEC 2018/19: P1, P2, GTE-PRO e GTE-AM, as características e diferenças das classes do Mundial de Endurance

O Mundial de Endurance é composto por quatro classes, e o GRANDE PRÊMIO explica as diferenças, similaridades e características de cada uma delas e seu peso para tornar o campeonato ainda mais competitivo e atraente

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O charme do Mundial de Endurance está na diversidade tecnológica, mecânica e, principalmente, de categorias. Isso faz do WEC uma competição democrática, porque ao mesmo tempo em que chegam dois campeões mundiais de Fórmula 1 feito Fernando Alonso e Jenson Button – que só estreia nas 24 Horas de Le Mans – o campeonato é aberto também aos pilotos que têm graduação FIA (Federação Internacional de Automobilismo) de nível inferior.

Os pilotos de carteira bronze, os chamados ‘gentlemen drivers’, têm o seu espaço junto a pilotos promissores de graduação prata e ouro. E eles se mesclam aos competidores ‘top de linha’, os de graduação platina. Lembrando que a FIA rebaixa os pilotos que recebem as licenças de competição de acordo com a idade, a partir dos 50 anos. 

 
Causou certa estranheza, por exemplo, o fato do bicampeão mundial de Fórmula 1 Emerson Fittipaldi competir nas 6h de São Paulo em 2014 como piloto bronze. Alegavam os interlocutores que ele tinha títulos mundiais. Mas à época com 67 anos (hoje, tem 71), o brasileiro voltou às pistas no mesmo grau de importância de um gentleman driver.
 
Os pilotos diletantes têm espaço nas categorias LMGTE-AM e LMP2. Nestas, os profissionais servem como referência, um ponto de apoio. E as subclasses LMP1 e LMGTE-PRO são exclusivas (com exceções abertas pela FIA, como aconteceu ao sueco Henrik Hedman neste ano) aos graduados ouro e platina.
 
Diante disso, o GRANDE PRÊMIO apresenta as quatro classes que compõem o Mundial de Endurance, estabelecendo suas características principais, similaridades e diferenças dentro da competição. 
 
A LMP1
LMP1 SMP (Foto: FIAWEC)
Sigla para 'Le Mans Prototype 1', com a numeração dos carros identificada por fundo vermelho, a classe LMP1 é a principal do FIA WEC. Seus carros são de livre procedência e construção, com chassis monocoque de fibra de carbono. São permitidos carros com sistemas híbridos (ERS) para equipes oficiais de fábrica como a Toyota e bólidos sem sistemas híbridos, dos times não-oficiais, equiparados de acordo com os boletins publicados pela FIA, no chamado Equivalence of Performance (EoT).
 
A capacidade cúbica dos motores dos LMP1 híbridos é livre – a Toyota optou por um propulsor 2,4 litros V6 Turbo – enquanto nos protótipos independentes o limite é de 4 litros para os motores turbocomprimidos e de 5,5 litros para os motores aspirados. Apenas cinco unidades são permitidas para toda a temporada.
 

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A potência dos motores dos LMP1 oficiais pode superar 1000 HP, mas está limitada a estes valores nas 24 Horas de Le Mans, porque a pista francesa não tem a homologação máxima da FIA. Os protótipos não-oficiais têm seus motores chegando a, no máximo, 800 HP.
 
O peso mínimo dos LMP1 não-oficiais é de 833 kg e o dos LMP1 híbridos é de 878 kg, incluindo também as câmeras onboard. Carros que não possuam as câmeras têm que completar o peso com lastro de 3 kg.
 
O tanque de combustível também tem diferenças de acordo com o EoT. Para as 6h de Spa-Francorchamps, primeira prova da Super Season do Mundial de Endurance, os Toyota terão que carregar um máximo de 51,6 litros e os protótipos não-oficiais vão com 69,2 litros de gasolina.
 
Também há restrição de sets de pneus: são permitidos três jogos para os LMP1 em treinos livres e quatro jogos (mais dois pneus suplementares) em qualificação e corridas de 6 horas. Nas 1000 Milhas de Sebring, o total será de seis jogos nos treinos livres e nove em qualificação e corrida. 
 
A distância entre-eixos dos protótipos é livre, mas algumas restrições são impostas pelo regulamento. O comprimento máximo total é de 4650 mm, enquanto a largura está limitada ao mínimo de 1800 mm e máximo de 1900 mm. A altura permitida em relação ao solo é de 1050 mm.
 
Mínimo de pilotagem nas provas do WEC é de 40 minutos. Nenhum piloto pode guiar mais do que 4h30min num stint de 6 horas. A graduação dos pilotos é platina e/ou ouro, exceto o caso do sueco Henrik Hedman, que é bronze e recebeu autorização para disputar o Mundial na LMP1.
 
A LMP2
LMP2 Netherland (Foto: FIAWEC)

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Siga para 'Le Mans Prototype 2', cuja numeração dos inscritos está em fundo azul, teve seu regulamento revisto para a temporada 2016. Com o objetivo de conter os custos e tornar a categoria acessível às equipes e aos pilotos que têm o desejo de acelerar um carro potente e com muita pressão aerodinâmica, o Automobile Club de l’Ouest (ACO) e a FIA determinaram o seguinte pacote.

 
Motor padrão para todos os competidores, fornecido pela Gibson Technologies (a antiga Zytek), com 4,2 litros de capacidade cúbica e arquitetura V8, debitando 600 HP de potência. Uso restrito a três propulsores somente ao longo de todo o campeonato. Electronic Control Unit (ECU) padrão, fornecida pela Cosworth.
 
Construção de chassis limitada a quatro fabricantes, as francesas Oreca e Onroak Automotive (Ligier), a italiana Dallara e a estadunidense Riley-Multimatic. O peso mínimo dos carros é de 930 kg e a capacidade do tanque de combustível está limitada em 75 litros. O ACO pode considerar a possibilidade de utilizar o BoP na classe LMP2, aumentando ou diminuindo o peso mínimo dos carros em 10 kg, reduzindo o tanque de combustível em alguns litros ou mesmo aumentando a entrada de ar dos motores – até hoje, isso não foi necessário.
 
O custo de um chassi, sem motor, é de € 483 mil, cerca de R$ 2 milhões. A restrição de sets de pneus é semelhante à da LMP1: são permitidos três jogos para os LMP2 em treinos livres e quatro jogos (mais dois pneus suplementares) em qualificação e corridas de 6 horas. Nas 1000 Milhas de Sebring, o total será de seis jogos nos treinos livres e nove em qualificação e corrida.  
 
A exemplo da LMP1, a distância entre-eixos dos protótipos é livre, mas algumas restrições são impostas pelo regulamento. O comprimento máximo total é de 4750 mm, enquanto a largura está limitada até 1900 mm. A altura permitida em relação ao solo é de 1050 mm.
 
Mínimo de pilotagem nas provas do WEC é de 1h15min e ninguém pode guiar mais do que 3h30min numa prova com duração de 6 horas. Nas tripulações, são permitidos dois pilotos de graduação ouro e/ou platina ao lado de um piloto bronze ou prata. As equipes também podem optar por alinhar exclusivamente pilotos prata e bronze em seus trios.
 
A LMGTE-PRO
LMGTE PRO – BMW (Foto: FIAWEC)
Sigla para 'Le Mans Grand Touring Endurance-Pro', a subclasse LMGTE-PRO é dos carros esportivos derivados de modelos de produção em série – ou que serão comercializados, como a BMW M8 GTE – com duas portas e composição 2 + 2. É a categoria exclusiva dos pilotos profissionais, cujos números são identificados com fundo verde.
 
São homologados os modelos de fabricantes reconhecidos pela FIA e na Super Season serão cinco: Aston Martin, BMW, Ferrari, Ford e Porsche, todos com carros construídos em 2018. Os motores têm cilindrada máxima de 4 litros e máximo de 6 cilindros para os sobrealimentados e/ou turbinados. As unidades de aspiração atmosférica têm capacidade limite de 5,5 litros e máximo de oito cilindros.
 
A potência é controlada através do Balance of Performance (BoP) que determina a pressão do turbo nas faixas úteis determinadas de cada carro e também pelas entradas de ar dos motores, abertas ou estranguladas de acordo com a necessidade. Um motor da LMGTE-PRO tem potência próxima de 485 HP, enquanto os modelos de série que inspiram os carros de competição podem passar de 500 cavalos.
 

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Os carros de competição são construídos com estrutura mista em alumínio e fibra de carbono, com reforço de barras anticapotagem (santoantônio). O peso mínimo também é determinado de acordo com o BoP, variando de prova a prova. Normalmente, é de 1245 kg (sem piloto). A capacidade do tanque de combustível também é variável, mas o fator é de 90 litros para todos os fabricantes.

A restrição de sets de pneus é semelhante à da LMP1 e LMP2: são permitidos três jogos para os LMGTE-PRO em treinos livres e quatro jogos (mais dois pneus suplementares) em qualificação e corridas de 6 horas. Nas 1000 Milhas de Sebring, o total será de seis jogos nos treinos livres e nove em qualificação e corrida.  

 
A largura dos LMGTE-PRO, excluindo-se os espelhos retrovisores, está limitada a 2050 mm. O tempo mínimo de pilotagem numa prova do WEC na LMGTE-PRO é de 40 minutos. Ninguém poderá guiar mais do que 4h30min num turno de 6 horas. Somente são permitidos pilotos de graduação ouro e platina.
 
A LMGTE-AM
LMGTE AM – Porsche (Foto: FIAWEC)
A 'Le Mans Grand Touring Endurance-Am', de números com fundo laranja, é a categoria dos gentlemen drivers, com os mesmos carros homologados para a LMGTE-PRO. A diferença está na homologação: são chassis com, no mínimo, um ano de uso. Portanto, os carros permitidos na LMGTE-AM têm que ser construídos até 2017.
 
Os motores têm cilindrada máxima de 4 litros e máximo de 6 cilindros para os sobrealimentados e/ou turbinados. As unidades de aspiração atmosférica têm capacidade limite de 5,5 litros e máximo de oito cilindros. A potência é controlada através do Balance of Performance (BoP) que determina a pressão do turbo nas faixas úteis determinadas de cada carro e também pelas entradas de ar dos motores, abertas ou estranguladas de acordo com a necessidade. Um motor da LMGTE-AM tem potência próxima de 485 HP, enquanto os modelos de série que inspiram os carros de competição podem passar de 500 cavalos.
 
Os carros de competição são construídos com estrutura mista em alumínio e fibra de carbono, com reforço de barras anticapotagem (santoantônio). O peso mínimo também é determinado de acordo com o BoP, variando de prova a prova. Normalmente, é de 1245 kg (sem piloto). A capacidade do tanque de combustível também é variável, mas o fator é de 90 litros para todos os fabricantes.
 
A restrição de sets de pneus é distinta das demais categorias. Na LMGTE-AM, são permitidos quatro jogos em treinos livres e seis (mais dois pneus suplementares) em qualificação e corrida. Nas 1000 Milhas de Sebring, o total sobe para oito sets em treinos livres e 13 em qualificação e corrida.
 
A largura dos LMGTE-AM, excluindo-se os espelhos retrovisores, está limitada a 2050 mm. O tempo mínimo de pilotagem numa prova do WEC na LMGTE-AM é de 1 hora para os pilotos profissionais e de 2h20 min para qualquer piloto com graduação platina ou bronze. Ninguém pode guiar mais do que 4h consecutivamente em turnos de 6 horas. A obrigatoriedade é de apenas um piloto com graduação ouro/platina ao lado de uma tripulação com dois pilotos bronze/prata ou um de graduação prata e outro bronze para integrar a categoria.
 
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