GUIA WEC 2018/19: Senna campeão e Farfus estreante puxam esquadra brasileira de respeito

A Super Season 2018/19 do Mundial de Endurance chega repleta de bons pilotos brasileiros. O atual campeão da LMP2 Bruno Senna e o estreante pela aguardada BMW Augusto Farfus puxam a esquadra que ainda conta com Daniel Serra, Tony Kanaan, André Negrão, Pipo Derani e Pietro Fittipaldi

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “2258117790”;
google_ad_width = 300;
google_ad_height = 600;

A esquadra brasileira para a Super Season do Mundial de Endurance está muito bem escalada. Com favoritos na LMP1, LMP2 e GTE Pro, o Brasil vai ser representado por uma mescla de juventude e experiência na temporada 2018/19 do WEC.

 
Na melhor fase da carreira, Bruno Senna é o grande destaque da turma. Aos 34 anos, o paulista vem de um título na LMP2 e, agora, sobe junto com a Rebellion para a classe principal do WEC. Campeão do mundo, Bruno não acha impossível conquistar mais uma taça em 2018/19, ainda que a híbrida Toyota tenha certa vantagem em relação às rivais.
 
Aliás, sem Audi e Porsche, a Toyota não tem apenas uma vantagem técnica em cima das equipes de carros não-híbridos, mas também privilégios no regulamento. Senna acha que isso pode ter um efeito inverso e só ampliar a pressão em cima dos japoneses que, por exemplo, nunca venceram as 24 Horas de Le Mans.
 
"De uma certa forma é natural que a Toyota tenha alguma vantagem no regulamento, já que é a equipe que está lá faz mais tempo. Eles têm uma vantagem técnica, o carro tem mais potência, precisa de menos combustível, mas também sofrem mais com confiabilidade, com estratégia. Então, não acho que é "ah, Toyota vai ganhar, acabou". Vai ter muita pressão neles, muita briga, eles vão ter que ser perfeitos sempre e a gente sabe que isso não acontece toda hora", disse em entrevista exclusiva ao GRANDE PRÊMIO.
Bruno Senna agora está na LMP1 com a equipe Rebellion (Foto: Divulgação/MF2)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Ainda que não veja a vitória em Le Mans e o título como favas contadas para a Toyota, Bruno reconhece que os nipônicos são favoritos. Aliás, deixa claro também que a LMP1 é um novo mundo em relação à LMP2, onde a Rebellion estava praticamente imbatível no fim de 2017.
 
"É muito difícil saber o que vai ser possível fazer em 2018. Nosso time é muito forte, mas a LMP1 tem algumas diferenças consideráveis de performance entre as equipes. Então, eu quero ver como vai ser essa briga com o pessoal da Toyota e com as outras equipes não-híbridas", comentou.
Bruno Senna vê a Toyota na frente, mas ainda não campeã (Foto: Divulgação/MF2)
O Mundial de Endurance tem algumas curiosidades e diferenças se comparado com outras categorias de ponta. Uma delas é a importância das 24 Horas de Le Mans – que serão duas na Super Season. Tanta importância que faz até Senna pensar que a abertura nas 6 Horas de Spa pode servir como mera preliminar da prova francesa.
 
"Acho que só vamos ter uma noção real de como está cada equipe em Le Mans. Chegando em Spa, ainda acho que vai ter gente escondendo o jogo, mas Le Mans não tem isso, é a prova em que todo mundo quer ganhar e lá o bicho pega", completou.
Augusto Farfus é um dos destaques brasileiros na Super Season (Foto: BMW)
Augusto Farfus é, provavelmente, o grande destaque da esquadra brasileira depois de Senna. Aos 34 anos, o paranaense já tem uma carreira mais do que consolidada no automobilismo mundial e chega para fazer sua primeira temporada completa no WEC cercado de holofotes.
 
2018/19 não marcará apenas a estreia de Augusto na categoria, mas também da gigante BMW. E a expectativa em cima do M8 e do time alemão é gigantesca, até com possibilidade de título na GTE Pro no horizonte.
 
"É um time totalmente novo, as 24 Horas de Le Mans serão as primeiras 24 horas de muita gente na equipe, então é tudo novidade. Só que o carro tem, sim, o DNA vencedor e isso nos deixa mais tranquilos. Não é um carro em que precisamos torcer para dar em algo, ele nasceu vencedor. Ainda não em Spa, mas não tenho dúvidas de que seremos competitivos em Le Mans, que teremos uma temporada de progressão e de que vamos brigar pelo título", disse em exclusiva ao GP.
Augusto Farfus garante que o M8 nasceu campeão (Foto: BMW)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Aliás, Farfus falou algumas vezes em "DNA vencedor" do carro, realmente colocando a expectativa lá em cima. A única preocupação de momento que tem o curitibano é com a estreia da equipe em Spa-Francorchamps, por conta de alguns detalhes técnicos.
 
"Talvez o maior problema de um GT seja o balanço de performance – BOP – e, para a estreia em Spa, o BOP está longe do que esperávamos ter. Então, não esperamos uma corrida fácil em Spa e sabemos que nossa temporada vai ser de subida. Mas a gente entende a posição da FIA, não é fácil basear um BOP num carro que nunca competiu, numa equipe nova. Nós já comunicamos isso para a FIA, nossa relação com eles sempre foi muito boa, mas, apesar disso tudo, nosso carro tem o DNA vencedor. É o melhor GT que eu já guiei, que a BMW já construiu. A expectativa é muito grande em cima do carro" seguiu.
 
Um dos trunfos da BMW e um dos motivos dos alemães terem feito "o melhor projeto que Farfus já participou" passa pelos pilotos envolvidos. O brasileiro explicou que todos estiveram muito próximos do M8 o tempo inteiro. Ainda, mostrou total confiança nos parceiros, especialmente nos colegas de carro António Félix da Costa e Alexander Sims.
Augusto Farfus e seu parceiro António Félix da Costa (Foto: BMW)
"O Alex é um cara com muita experiência em corridas de longa duração nos EUA e o António, por mais que só tenha uma 24 Horas no currículo – em Nürburgring -, se comportou de forma espetacular lá. Acho que temos uma combinação muito boa, eu sou mais veterano, o Alex com bastante experiência e o António que é o mais arrojado, mas também bem maduro. Esse primeiro ano de WEC tem sido de uma grande família para nós, com os dois carros muito unidos. O Martin Tomczyk era a nossa voz, mas todo mundo participou muito desse carro, o carro tem um pouquinho de cada piloto", definiu.  
 
Só que Farfus, que ainda tem DTM e GT3 em 2018, vai precisar controlar essa empolgação com o WEC, pelo menos, mais um pouquinho. Afinal, o tão temido conflito de datas aconteceu justamente nas aberturas das temporadas do DTM e do WEC. Augusto e a BMW acharam melhor que ele fosse para Hockenheim.
 
"A decisão de correr a abertura do DTM foi tomada em conjunto, mas é claro e natural que a opinião da BMW tenha pesado. Só que faz todo sentido mesmo: se eu perco a primeira etapa do DTM, já saio da briga pelo título. No WEC, pelo menos o carro segue na briga com o António e, se ele não pontuar, a gente segue em condições iguais. Tentei fazer as duas provas, mas tinham 1001 fatores que poderiam impedir isso. Voar de helicóptero de Spa e para Spa nunca é 100% seguro, pode ser que chova… enfim, eu poderia colocar os dois programas em risco", encerrou.
Pietro Fittipaldi vai de Dragonspeed na LMP1 (Foto: Indycar)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Além de Senna e Farfus, outros cinco brasileiros estão no grid da Super Season. Na LMP1, Pietro Fittipaldi também faz sua estreia na categoria com a Dragonspeed. Aos 21 anos, o brasileiro vive um ano decisivo para a carreira. Após ser campeão da World Series, quando poderia escolher uma temporada da F2, optou por uma série de campeonatos em 2018.
 
É óbvio que Pietro estará em evidência basicamente o ano inteiro com algumas provas da Indy, algumas do WEC e a temporada da Super Fórmula japonesa, mas há também o risco de se trocar tanto de cockpit e, principalmente, de se estar em campeonatos tão diferentes.
O #36 que André Negrão guiava em 2017 e que vai guiar novamente em 2018/19 (Foto: Signatech Alpine)
Na LMP2 está outro brasileiro que chega como um forte postulante ao título. Após um ano de completa afirmação, André Negrão virou um dos pilotos mais fortes da segunda classe principal do Mundial de Endurance. Com a Signatech Alpine Matmut, em 2017, o paulista venceu em Austin, fez pódio em Le Mans e completou o campeonato na quinta colocação.
 
Mantido na equipe para 2018, Negrão tem todos os motivos para sonhar com título. Além de viver uma fase técnica especial na carreira, o paulistano de 25 anos ainda corre ao lado do excelente Nicolas Lapierre e tem grandes possibilidades de estar no melhor carro do grid, agora que a Rebellion foi para a LMP1.
Daniel Serra venceu as 24h de Le Mans na categoria GTE Pro (Foto: Aston Martin)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

Na GTE Pro estão outros três ótimos pilotos brasileiros, mas que farão participações esporádicas em 2018. O primeiro da lista é Daniel Serra, que, aos 34 anos, nada menos que defende a vitória na categoria nas 24 Horas de Le Mans. 

 
Em 2017, o paulista chegou ao triunfo na principal corrida do calendário com a Aston Martin. Para 2018, a experiência será com a AF Corse, braço da Ferrari e que sempre entra como uma das favoritas ao campeonato. Serra, ainda que faça poucas provas, tem tudo para andar novamente muito bem, já que vive fase espetacular com título e liderança na Stock Car.
Pipo Derani e seus companheiros da Tequila Patrón no pódio das 12H de Sebring (Foto: Twitter)

google_ad_client = “ca-pub-6830925722933424”;
google_ad_slot = “5708856992”;
google_ad_width = 336;
google_ad_height = 280;

A Ferrari, aliás, vai contar com dois brasileiros. Além de Serra, Pipo Derani vestirá pela primeira vez as cores dos italianos nas 24 Horas de Le Mans. Caçula da turma, o paulista de 24 anos é, tranquilamente, um dos nomes mais fortes do endurance no momento.

 
Derani não vai fazer a temporada completa mais uma vez, mas as impressionantes vitórias acumuladas em Daytona e Sebring colocam Pipo como mais do que um mero candidato a vencer em Sarthe.
Tony Kanaan vai para mais uma 24 Horas de Le Mans (Foto: IndyCar)
Por fim, o mais veterano dos brasileiros: Tony Kanaan. Aos 43 anos, o brasileiro vive uma fase de superação na Indy com a reformulada Foyt e tenta ser o grande comandante da equipe no processo de volta por cima. Enquanto isso, parte para a disputa das 24 Horas de Le Mans na GTE Pro.
 
Curiosamente, apesar de deixar a Ganassi na Indy ao final de 2017, é exatamente com o time de Chip Ganassi – e com a Ford – que Tony fará a aparição em Sarthe. Kanaan fez sua primeira 24 Horas de Le Mans no ano passado quando substituiu o lesionado Sébastien Bourdais e chegou em sexto na classe.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias do GP direto no seu celular!Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra, Escanteio SP e Teleguiado.