Por “limite sensível” em Le Mans, ACO estuda reduzir performance dos protótipos LMP1 para temporada 2016

Preocupado com a segurança, o Automóvel Clube do Oeste deseja mudar o regulamento técnico do Mundial de Endurance na temporada 2016. Os dirigentes acreditam que 3min20s em Le Mans já é um tempo de volta rápido o bastante

O Automóvel Clube do Oeste (ACO), organizador das 24 Horas de Le Mans, estuda formas de reduzir a velocidade dos protótipos LMP1 no próximo ano. Diretor-esportivo da entidade, Vincent Beaumesnil acredita que as velocidades estão elevadas demais em 2015.
 
Nesta quarta-feira (10), no treino livre realizado em Le Mans antes do início das sessões classificatórias, Mark Webber foi o mais rápido com um tempo na casa de 3min21s362. O pensamento que existe é que 3min20s já está bom demais.
 
“Isso está sendo discutido há várias semanas. Você não pode mudar as regras técnicas neste ano, mas é algo que vai acontecer no próximo ano”, disse Beaumesnil ao site ‘Sportscar365’. 
56 carros vão disputar as 24 Horas de Le Mans em 2015 (Foto: Divulgação)
Pascal Vasselon, diretor-técnico da Toyota, também falou a respeito: “Parece que vamos andar abaixo de 3min20s já neste ano. No ano que vem, será um passo a mais, e claramente ninguém quer continuar baixando os tempos de volta assim. 3min20s já é considerado um limite sensível”. Isso, de fato, se confirmou no início da primeira sessão classificatória: 3min16s887 foi a marca de Neel Jani na primeira volta lançada.
 
Em 2014, o Mundial de Endurance estreou um regulamento que se preocupou em limitar a quantidade de combustível usada pelos carros e o fluxo de combustível. Mas, neste segundo ano, as montadoras conseguiram dar um grande salto de performance – o que é comprovado pelos primeiros tempos de volta em Le Mans.
 
Para o próximo ano, o método utilizado ainda não está definido. Vasselon sugeriu: “Temos um parâmetro óbvio, que é o fluxo de energia e de combustível, porque é o que queríamos resolver. Então depende de quanto você quer reduzir a performance, pois não pode ser o bastante. Você pode aumentar o peso, restringir a aerodinâmica. Pode fazer uma série de coisas, mas a primeira é continuar reduzindo a quantidade de combustível."
 
Ralf Jüttner, da Audi, destacou que uma redução na potência dos motores pode não ser a forma mais eficiente. “Estamos nos concentrando em velocidade nas curvas agora e vai ser ainda pior se eles tirarem potência para reduzir o tempo de volta. Precisa ser uma abordagem mais sofisticada”,  comentou.
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