Porsche anda na frente na LMP1 no prólogo do Mundial de Endurance em Paul Ricard. Di Grassi é quarto

A Porsche liderou todas as sessões de testes coletivos do Mundial de Endurance em Paul Ricard neste fim de semana. Campeonato começa em 12 de abril com a realização das 6 Horas de Silverstone

Grande Prêmio
Redação GP 30/03/2015    17:10    4min    Endurance

A Porsche sobressaiu nos testes oficiais de pré-temporada do Mundial de Endurance, realizados neste fim de semana em Paul Ricard. A marca de Stuttgart, que encerrou 2014 vencendo nas 6 Horas de São Paulo, liderou todas as sessões que aconteceram no circuito francês. Audi e Toyota seguiram, nesta ordem.

 
Quem fez o melhor tempo geral foi o alemão Marc Lieb, que divide o Porsche #18 com o francês Romain Dumas e o suíço Neel Jani. Com o #17, o alemão Timo Bernhard, o australiano Mark Webber e o neozelandês Brendon Hartley ficaram na segunda posição.
 
Depois de reestrear na classe LMP1 no ano passado, a Porsche espera ser mais competitiva nesta temporada. No campo tecnológico, o time tomou a decisão de aumentar a capacidade híbrida do 919 para 8 MJ, a mais alta das quatro subdivisões existentes. Isso significa que, em Le Mans, o 919 poderá recuperar até 8 MJ de potência do MGU-K e do MGU-H em uma volta.
Lieb liderou testes do WEC em Paul Ricard (Foto: WEC)
O melhor tempo da Audi foi quase 2s mais lento. O autor da melhor marca do R18 e-tron quattro foi o francês Benoît Tréluyer, parceiro do alemão André Lotterer e do suíço Marcel Fässler. Neste ano, o trio vai competir com o protótipo #7. O brasileiro Lucas Di Grassi, o francês Loïc Duval e o inglês Oliver Jarvis apareceram na sequência com a quarta posição.
 
A Audi também subiu de classe híbrida em 2015, passando de 2 MJ para 4 MJ. O R18 e-tron quattro conta com um sistema de recuperação de energia cinética, o Flywheel.
 
Já os campeões mundiais ficaram com a ‘terceira fila’ do treino. A Toyota testou configurações de alta e baixa pressão aerodinâmica no TS-040 — o carro com menos downforce é o que está sendo preparado para Le Mans, mas foi o outro modelo que cravou o melhor tempo em Paul Ricard. O time vai seguir na classe de 6 MJ.
 
É só em Silverstone, no entanto, que será possível comparar melhor o ritmo de corrida das três montadoras. A Porsche já tinha um carro rapidíssimo em 2014, tanto que fez quatro das oito poles possíveis. No entanto, perdia muito para as adversárias nas provas.
 
A Nissan, que reestreia na LMP1 neste ano, ficou de fora do prólogo depois de anunciar que perderá as duas primeiras etapas do WEC para entrar em ação apenas nas 24 Horas de Le Mans, em junho. A marca japonesa desenvolveu um protótipo diferente, com motor dianteiro.
O modelo TS040 Hybrid, lançamento da Toyota para o WEC 2015 (Foto: Divulgação/Toyota)
Nick Tandy, que é piloto da Porsche, fez o melhor tempo da LMP2 com o protótipo KCMG Oreca-Nissan, 0s3 à frente do Ligier-Nissan da G-Drive.
 
A Aston Martin fez 1-2 entre os GTE com um carro da classe amadora sendo o mais rápido, Stuart Hall. O brasileiro Fernando Rees foi o melhor entre os pilotos da GTE Pro. No entanto, a marca não utilizou o restritor de ar com o qual terá de competir na primeira etapa.
 
A temporada 2015 do Mundial de Endurance começa em 12 de abril com as 6 Horas de Silverstone.
A NOVA ORDEM MUNDIAL

Mas como assim a Mercedes, que ia vencer todas as corridas com enorme facilidade, perdeu na segunda etapa do campeonato por ser mais lenta que a Ferrari? Que prognósticos eram aqueles de que veríamos mais um domínio avassalador das Flechas Prateadas? E a Williams que tinha tudo para ganhar corrida e de repente é só a terceira força? As perguntas que surgiram depois do GP da Malásia são válidas. Primeira prova em um ‘circuito normal’, esta foi uma corrida que ofereceu ingredientes interessantes para a análise do equilíbrio de forças da F1.

FORAM-SE AS VAIAS

A cena era comum em 2013: Sebastian Vettel vencia, o povo vaiava. E aquilo claramente incomodava o alemão, que caminhava para o quarto título mundial. Ele sentia que aquela reação era injusta e que estava no alto do pódio porque trabalhara muito duro para isso junto da Red Bull. Mas o time era visto como vilão pela grande maioria do público. Já dizia Nelson Rodrigues: “As vaias são os aplausos dos desanimados”. Na primeira vitória pela Ferrari, o tratamento que Vettel recebeu foi completamente diferente.

O BOLÃO DA F1

A vitória de Sebastian Vettel rendeu financeiramente para Helmut Marko, consultor da Red Bull. O descobridor do alemão embolsou € 400 euros — pouco mais de R$ 1.400 — ao apostar no agora piloto da Ferrari à vitória do GP da Malásia deste domingo num 'bolão da F1' entre membros do paddock. "Sabia que Vettel podia conseguir. Já podia ver isso desde os treinos livres de sexta-feira", declarou Marko ao jornal alemão 'Bild', demonstrando o velho apreço pelo talento que descobriu.

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