Bird completa ‘varrida’ e estabelece reinado com segunda vitória no fim de semana em Nova York. Di Grassi é 5º

A segunda corrida da F-E em Nova York teve um começo tão alucinado quanto a primeira. O mesmo pode ser dito do resto da corrida, uma troca constante de posições e brigas que poderiam facilmente causar acidentes. E, assim como no domingo, Sam Bird foi quem comemorou ao fim

Grande Prêmio
Pedro Henrique Marum 16/07/2017    15:03    6min    Fórmula E

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Nova York, a selva de concreto onde os sonhos são construídos, e onde você não tem o que fazer. A não ser, claro, que você seja Sam Bird. Depois deste domingo (16), a música 'Empire State of Mind', de Jay Z e Alicia Keys, parece feita para o piloto da DS Virgin. Mesmo mais uma vítima da curva cruel para os pole-position, Bird recuperou a ponta assim que deu e então não passou sufoco algum. É impressionante como Bird dominou completamente um fim de semana que tinha dois postulantes ao título sedentos a forçar um 'undercut' para cima de Sébastien Buemi. Bird foi mesmo o único inspirado pelas luzes fortes.

Felix Rosenqvist pulou para frente de Bird na largada, mas não conseguiu se afastar. Quando teve a primeira oportunidade mais forte, Sam retomou a liderança e aí desapareceu. A briga de Rosenqvist passou a ser com Nick Heidfeld, que largou em quinto mas quase que instantaneamente apareceu em terceiro. No fim da prova,  a equipe mandou trocarem as posições por uma questão energética. Depois, trocaram de volta. Os dois completaram o pódio, Felix em segundo, Nick em terceiro.

Pierre Gasly confirmou que foi a escolha certa da Renault e.dams. Manteve o quarto lugar com toda a serenidade do mundo para se manter próximo aos três primeiros e, especialmente, bem longe do quinto colocado. Tentou atacar na última curva e quase perdeu todo o trabalho ali, mas, embora tenha encontrado a porta fechada por Heidfeld e, bem, a física, ainda fechou com mais 12 pontos conquistados.
 
Lucas Di Grassi repetiu o quinto lugar que conquistara no sábado e marcou mais dez pontos. Termina o fim de semana dez tentos atrás de Sébastien Buemi e com chances ainda existentes embora complicadas de ser campeão. Nicolas Prost, Tom Dillmann, Jean-Éric Vergne, Robin Frijns e Jérôme D'Ambrosio completaram o top-10. A melhor volta ficou com Daniel Abt.
 
A temporada termina com a rodada dupla de Montreal, nas dias 29 e 30 de julho.
Sam Bird (Foto: F-E)

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Confira como foi a corrida:

 
Ser pole-position nesta confusa pista de Nova York é quase uma punição. Assim como no sábado, o pole não contornou a primeira curva na frente. Felix Rosenqvist fez questão de garantir a parte de dentro a primeira curva e, então, passou sem maior resistência. Quem se deu mal foi o terceiro colocado, Jean-Éric Vergne, tocado por Tom Dillmann. Aliás, seguindo de Dillmann, uma série de carros tocaram um na traseira dos outros.
Vergne tinha o carro quebrado e recebeu bandeira preta e laranja – Nick Heidfeld passou por ele e Pierre Gasly e assumiu o terceiro lugar. Daniel Abt se defendeu de uma largada agressiva de Oliver Turvey e ganhou a posição, mas parou na pista na sequência. A má sorte do alemão é notável.
 
Lucas Di Grassi evitou ficar preso numa fila de carros e partiu para cima de Maro Engel assim que Abt deixou a pista. Passou e Engel tocou o muro -, mas, atrás de Dillmann, via os quatro primeiros colocados sumirem do mapa para uma corrida praticamente à parte. Até, na nona volta, o safety-car virtual entrar em ação. Mitch Evans passou direto na curva cinco e ficou parado no muro.
 
 
FanBoost para Di Grassi, Abt e Heidfeld.
 
Apesar de ter sofrido a inversão na largada, Bird ficou colado em Rosenqvist até arrumar um espaço Na 11ª volta, enfim, passou sem maiores dificuldades. E Heidfeld tentou ir junto, mas não teve tempo hábil. Rapidamente o pole-position começou a escapar na liderança.
 
Enquanto Dillmann tentava abrir caminho para passar Turvey e assumir o quinto lugar, a briga se tornou um tanto perigosa. Os dois chegavam bem perto de tocar – e Dillmann conhecidamente não tem muita vergonha de arriscar um empurrão ou outro. O problema do francês era, porém, que não ultrapassar o fez ser vítima fácil de Di Grassi. Lucas passou na 14 e já partiu para o ataque a Turvey.
Turvey não resistiu por muito tempo a Di Grassi, e voltou a brigar com Dillmann e agora Nicolas Prost. Turvey e Prost quase se chocaram numa briga um tanto quanto exaltado de ambos. O momento transloucado na pista foi interrompido por Alex Lynn, que parou na pista com problemas e abandonou. Nova entrada do safety-car virtual.
 

A Mahindra, entou, pautou quase todo o grid. Ainda na 23ª volta de 49, a dupla foi aos boxes para mudar a estratégia e dar o pulo do gato contra Bird. Não deu muito certo, visto que praticamente todo o pelotão fez o mesmo. Apenas Frijns ficou na pista até a bandeira verde voltar, certamente apostando que vai ter a potência que os outros não terão nos giros derradeiros.
 
Jérôme D'Ambrosio, na disputa pelo oitavo lugar com António Félix da Costa, rodou e foi passado pelo companheiro Loïc Duval. Mas as duas Dragon perseguiam a Andretti do português e eram claramente superioras. Demorou um pouco, mas Duval mergulhou e obrigou a Félix da Costa retardar a freada. O piloto da BMW, em razão da defesa, rodou e acabou atrás dos dois.
 
A boa corrida da Mahindra parecia perfeita visto que Bird era imbatível, e as ordens de equipe entraram em jogo. Para não corerrerem risco de a bateria acabar, trocaram. Depois, trocaram de volta. 
Com quase todos os pilotos e contentando em carregar seus carros ao fim da corrida por conta da troca de carros feita antes da metade da distância, as Dragon não se contentaram. D'Ambrosio não se furtou em mergulhar por dentro do cotovelo para tomar a oitava posição do companheiro. Na sequência, porém, foi punido com um drive-through. Duval sofreu outro ataque, de Félix da Costa, e protagonizou um toque bem pastelão. 
 
Bird completou vencendo, mas Gasly tentou uma última forma de subir ao pódio. Contornou a última curva por dentro para dar o bote em Heidfeld, mas não conseguiu mais do que acertar o muro. Terminou em quarto, mesmo, atrás de Rosenqvist e Heidfeld. Di Grassi foi quinto, com Prost, Dillmann, Vergne, Frijns e D'Ambrosio completando o top-10.

F-E, eP de Nova York 2, Classificação Final:

1 SAM BIRD ING VIRGIN DS 49 voltas  
2 FELIX ROSENQVIST SUE MAHINDRA +11.381  
3 NICK HEIDFELD ALE MAHINDRA +12.319  
4 PIERRE GASLY FRA RENAULT +12.355  
5 LUCAS DI GRASSI BRA AUDI ABT +23.451  
6 NICOLAS PROST FRA RENAULT +30.470  
7 TOM DILLMANN FRA VENTURI +41.862  
8 JEAN-ÉRIC VERGNE FRA TECHEETAH +52.292  
9 ROBIN FRIJNS HOL ANDRETTI +1:00.475  
10 JÉRÔME D'AMBROSIO BEL DRAGON +1:12.659  
11 ADAM CARROLL NIR JAGUAR +1:41.134  
12 STÉPHANE SARRAZIN FRA TECHEETAH +2:08.399  
13 LOÏC DUVAL FRA DRAGON +2:37.795  
14 OLIVER TURVEY ING NEXTEV +1 volta  
15 ANTONIO FÉLIX DA COSTA POR ANDRETTI +1 volta  
16 NELSINHO PIQUET BRA NEXTEV +2 voltas  
17 MARO ENGEL ALE VENTURI +26 voltas NC
18 ALEX LYNN ING VIRGIN DS +29 voltas NC
19 DANIEL ABT ALE AUDI ABT +30 volta NC
20 MITCH EVANS NVZ JAGUAR +43 voltas NC

MORBIDELLI VÊ ROSSI COMO INSPIRAÇÃO E DIZ QUE CONSELHO O TORNOU MAIS AGRESSIVO NAS CORRIDAS

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