Di Grassi aproveita revés de Buemi com domínio em Montreal e vira favorito ao título da F-E

Sébastien Buemi foi tropeçando nas próprias pernas e nas de alguns outros pilotos durante o sábado em Montreal. O descontrole do suíço desencadeou uma série de eventos que culminaram na desclassificação da corrida. Com a vitória, então, Lucas Di Grassi saltou para a ponta do campeonato com 18 tentos de vantagem. É, sim, enorme

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Ao chegar em Montreal na condição de caçador e tentando jogar a pressão pela decisão do título para o lado rival, Lucas Di Grassi entrou na pista montada no centro da agitada cidade canadense sem o peso do favoritismo sobre seus ombros. Afinal, eram dez pontos de desvantagem para Sébastien Buemi. Talvez essa serenidade tenha o ajudado: Lucas imediatamente se mostrou confortável no traçado e cravou a pole até com certa naturalidade. Não foi incomodado por ninguém e se colocou em uma posição forte para tentar virar o jogo. A classificação era apenas a primeira de sua estratégia também para desestabilizar um concorrente que já vinha dando sinais de que poderia sucumbir à pressão.

 
Quando foi para valer, Di Grassi cumpriu à risca aquilo que havia traçado na cabeça. Saiu com segurança da pole e não deu chances. Como é de seu feitio, soube poupar o equipamento e usar na hora certa o FanBoost que ganhou de seus fãs. Os acidentes e até a entrada do safety-car em nada mudaram sua pilotagem sem erros. Pelo trabalho, o brasileiro foi premiado com a vitória. E de quebra ainda levou a liderança do campeonato.
 
O cenário começava a se desenhar favorável ao piloto e acabou se tornando ainda mais depois que o suíço foi desclassificado por irregularidades quanto ao peso do carro. Agora, são 18 pontos na conta de Lucas, que entra neste domingo no papel de favorito.
 
Mas ele mesmo tenta manter a calma e vê com cautela a chance de campeonato que se aproxima. “Minha meta é simples: ser o melhor que eu posso, ficar calmo e ser rápido, ajudar o time e ver no que dá. A F-E, como eu sempre digo, você pode ir do céu ao inferno em um momento, em uma decisão, é muito rápido”, disse Di Grassi, também lembrando dos problemas e das punições que sofreu nos últimos anos.
 
Ainda que tente disfarçar, o objetivo neste domingo será um só: conquistar enfim o título da F-E. E Lucas nunca esteve tão perto.
Lucas Di Grassi celebra vitória em Montreal (Foto: Audi Abt)
O outro lado
 

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Não que a vertente menos equilibrada de Sébastien Buemi seja alguma novidade – pelo contrário, não é. Mas em uma temporada que, quando estava na pista, dominou fortemente, pouco se notou. O suíço fez suas poles, ultrapassagens e ganhou suas corridas – foram seis vitórias, aliás. Parecia sereno. A serenidade, porém, começou a cair durante a semana passada, quando Buemi lembrou da batida de 2016 em Londres em que ele – e muita gente – acredita que Di Grassi foi o culpado. Lucas disse que era uma demonstração de que Buemi estava desconfortável com a pressão, mas parecia apenas uma provocação entre rivais. Algo normal.

E aí veio a ação em Montreal. Quando engrenou para dar a primeira volta rápida para valer do fim de semana, no treino livre derradeiro antes da corrida de abertura do fim de semana no Canadá, a surpresa. Uma batida forte e sem qualquer motivação mecânica ou tecnológica. Um erro, apenas. E eis que a Renault e.dams passaria boas cinco horas em ritmo frenético para reconstruir o carro. Aqui, cabe uma avaliação: fosse uma categoria normal onde cada piloto tem somente um carro, Buemi não teria participado da classificação e largaria no último lugar.

 
 Mas é a F-E, onde cada um tem outro carro. Com este segundo bólido, Buemi anotou o segundo lugar da prova do sábado – atrás de Di Grassi, mas com todas as chances de lutar pela vitória. Voltou à baila o erro inicial: a Renault e.dams precisou trocar uma bateria do carro danificado, algo punido com dez posições do grid de largada.
Buemi e Di Grassi, o embate final (Foto: Reprodução/Twitter)

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Partindo em 12º, desde o princípio Buemi parecia atarantado. Tocou em Robin Frijns na largada e, no rádio da equipe, reclamou de António Félix da Costa. Parece ruim? Piorou depois, mas logo voltamos na dupla da Andretti. O suíço ficou com a barra de direção torta após o toque da largada. De 12º, caiu para 16º. Aí entrou a versão de Buemi que goza de extrema compostura, mas agressividade e um talento ímpar. Começou a escalar o pelotão e ignorou carros distintos desde equipes mais fracas até algumas rápidas; Nick Heidfeld, da Mahindra, por exemplo.

 
E eis que Daniel Abt se tornou um personagem fundamental. Quando os dois pararam na mesma volta para trocar de carros, Buemi se esguelava com Abt, que à sua frente, respeitava o limite de velocidade do pit-lane. Revoltado, parou, trocou e saiu com ligeira vantagem. Mas antes de voltar à pista, quase parou na frente de Abt, que chegou a dar um toque na traseira do #9. Mais reclamações.
 
No fim, conforme se engajou em lutas ferrenhas com carros mais rápidos, deu a sensação de que era um ser tresloucado numa terra onde todos queriam atrapalhá-lo. Voltemos a Félix da Costa. Buemi disse que o piloto deveria "voltar para Portugal", só que AFC não foi quem se envolveu na confusão com ele na largada. "Ele não acreditou quando eu disse que não tinha sido eu", disse Félix da Costa ao GRANDE PRÊMIO.
 
Quando a corrida terminou e ele, muito forte, terminou em quarto, distribuiu 'gentilezas'. Chamou um bem humorado Abt de "piloto sujo", apontou o dedo no rosto de Félix da Costa e Frijns e reclamou de Felix Roseqnvist e Stéphane Sarrazin. O mundo contra ele.  
 
Perguntado pela transmissão de TV da F-E se gostou da corrida, preferiu não reclamar. "Sim e não. Os pontos vieram de qualquer forma. eu tenho de dizer que a equipe fez um grande trabalho hoje e tenho de agradecê-los por isso, porque eles fizeram um trabalho incrível hoje, reparando o carro e me deram uma chance", afirmou.
 
Acontece é que o trabalho da Renault e.dams acabou dando em resultado inútil. Abaixo do peso ao fim da corrida, a FIA demorou três incríveis horas, mas anunciou que Buemi estava desclassificado. Ou seja: sua desvantagem é agora de 18 pontos para o único rival. A situação privilegiada azedou.
 
E vai azedar até a impossibilidade se Buemi não controlar as emoções e pensar em correr para a vitória.
Largada do eP de Montreal (Foto: Audi Abt)
O acerto Montreal

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A pista era adorada antes de sequer acelerarem. Todo mundo que falou sobre a corrida na sexta-feira sublinho como o traçado era interessante. Especialmente depois do erro bisonho que foi a pista montada no Brooklyn, em Nova York, acertar em Montreal era uma obrigação. E foi cumprida.

 
Pista segura, mas que permite ultrapassagens, defesas, disputas de roda com roda. Enfim, um leque de oportunidades que foram, sim, aproveitadas. Não apenas Buemi e Abt limparam o caminho com um canhão de ultrapassagens, mas Vergne jogou com a estratégia e ganhou as posições que dava – ainda quase supero Di Grassi no fim. As constantes trocas de posições de pilotos como Sam Bird, Félix da Costa, Frijns e José María López, por exemplo, bem como Loïc Duval e Nick Heidfeld deram o tom do que era possível.
 
Mais que Nova York, um acerto em Montreal era necessário após duas temporadas que se encerraram um traçado problemático em Londres. O palco para a decisão entre Di Grassi e Buemi é o melhor que podia ser entre todos os que a F-E apresentou até aqui.
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