Di Grassi supera Vergne, Buemi e calor argentino para marcar pole-position do eP de Buenos Aires da F-E

Após mais de dois anos de F-E com vitórias e disputas pelo título, é a primeira vez que Lucas anota uma pole na F-E. Enuma disputa acirradíssima com direito a suspense. Isso porque, após Di Grassi marcar sua volta, Buemi e Vergne ainda teriam de rodar. E assim foi. O 1min09s404 do piloto da Audi ABT foi seguramente melhor que o 1min09s825 do suíço. Ainda veio Vergne, deixando 1min09s598 no relógio.

"Grande momento! Eu não esperava isso em Buenos Aires. Muda muito para a corrida. E eu terei momentos complicados", afirmou. Vergne, porém, não escondeu a decepção. "Meio frustrado, mas melhor que nada. Essas coisas acontecem".

 

Desta forma, é JEV quem larga na primeira fila. Ao lado de Buemi, Oliver Turvey. Nelsinho Piquet, da forma como sempre se espera dele, tentou tirar mais que o máximo do carro na Superpole para não apenas figurar na lista, mas ficar com a posição de honra. Acabou triscando o muro e vai largar num quinto lugar que ainda o dá chances de atacar. 

 

Nicolas Prost larga em sexto, seguido de Mitch Evans com a melhor colocação de partida da Jaguar. Felix Rosenqvist foi o oitavo e constatou que tentou fazer mais que o carro no calor de Buenos Aires e terminou com os pneus superaquecidos. Jérôme D'Ambrosio e Sam Bird fecharam a lista dos dez primeiros. 

A lista dos acidentes foi quase tão grande quanto esta. José María López acabou frustrando e frustrando a torcida ao bater em meio a uma volta em que voava – vai sair em 18ª. Atrás dele, Ma Qing Hua também encheu o muro, bem como Daniel Abt, que conseguiu seguir. Maro Engel e António Félix da Costa viram seus carros parando na pista.

 

A largada para as 37 voltas do eP de Buenos Aires acontece às 17h (de Brasília).

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Grupo 1: Sam Bird, Mitch Evans, Robin Frijns, Adam Carroll e Maro Engel

 

Assim como os treinos da manhã, a sessão classificatória precisava viver o rito do passagem de uma grande travada de algum piloto. No caso, foi Frijns quando tentava arrancar para uma boa volta rápida. Numa Andretti que parece ainda abaixo do que dela se esperava após sinais encorajadores do holandês ano passado, Frijns passou longe do que garantia uma vaga de Superpole.

 

Mais rápido pela manhã, Bird tinha a pompa de grande favorito no grupo, mas não conseguiu aplicar. Deslizada para cá e para lá, o inglês não aplicou toda a força do carro DS Virgin e ficou apenas com 1min09s839.

Quem se deu realmente mal foi Engel, que, após andar forte no TL2 apesar de uma rodada na pista, viu seu carro Venturi parar no traçado argentino. Até religou depois, mas encerrando as chances de uma volta sequer decente.

 

Enquanto Carroll também não foi bem, Mitch Evans apareceu nos acréscimos do tempo do grupo e arrasou a concorrência: 1min09s505 e ao menos uma chance de Superpole.

 

Grupo 2: Sébastien Buemi, Lucas Di Grassi, Jérôme D'Ambrosio, Nelsinho Piquet e Jean-Éric Vergne

 

O grupo mais forte não desapontou. Desde o começo estava claro que andariam ao nível esperado. Di Grassi, com o carro preparado para a classificação enquanto o outro vinha sendo reparado para a corrida após a batida de mais cedo. Logo Lucas pulou para a frente de Evans ao anotar 1min09s084.

 

Na sequência, Piquet se aproximou, ficando colado com Di Grassi. D'Ambrosio foi quem ficou mais atrás em mais uma evidente mostra que a Dragon não tem mais a força da primeira metade da temporada passada. Mas o melhor ainda estava por vir.

 

E parecia que seria Buemi, que voou após ter dois treinos relativamente calmos pela manhã, passando 0s066 mais rápido que Di Grassi e tomando a ponta. Não foi, porém. Isso porque Vergne chegou no apagar das luzes e baixou a volta mais rápida de forma insana. Se o 1min09s018 de Buemi parecia ótimo, a volta 0s267 mais rápida marcada pelo francês foi quase irreal. Se a Techeetah não voltasse a errar na Superpole, o motor Renault de Vergne o dava boas chances.

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