Piloto mais veloz da temporada, Rosenqvist deixa 50 pontos pelo caminho e vê chance de título respirar por aparelhos

Felix Rosenqvist começou como grande favorito ao título da Fórmula E após vencer duas das três primeiras corridas. Nas três últimas provas, porém, o desastre caiu sobre as atuações do sueco da Mahindra: dois abandonos por motivos bobos quando se encaminhava para vitórias. 50 pontos pelo caminho que impediram Rosenqvist de liderar e ainda afastaram a liderança, agora distante 37 tentos de Jean-Éric Vergne

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Olhar para a classificação do quarto campeonato da Fórmula E após sete etapas é dividir em blocos. Quem vai mal? Quem vai ser trocado por conta do desempenho, qual equipe está bem? E, claro, quem briga pelo título? A disputa pelo topo tem sido desenhada há várias etapas, mas agora a segunda metade da temporada já está em curso e a cada eP os esclarecimentos se apresentam. Jean-Éric Vergne e Sam Bird, não há dúvida, estão no meio de uma briga pesada, separados por 18 pontos. E Felix Rosenqvist

 
O sueco foi o melhor do resto na temporada passada, a primeira dele na categoria, atrás da briga entre Lucas Di Grassi e Sébastien Buemi pelo título. Abrindo a temporada, com a evidência de que nenhum dos dois estaria no palco principal, as proezas de Rosenqvist destacaram o que ficara óbvio nos vários tipos de carro que guiava pelo mundo desde o título da F3 Europeia em 2015: um enorme talento.
 
As primeiras etapas da temporada chegaram e mostraram uma Mahindra fortíssima, melhor equipe da FE – senão em voo solo, ao menos no mesmo nível que Techeetah e DS Virgin. Na abertura da temporada, uma rodada dupla em Hong Kong, Rosenqvist foi tirado da batalha por pontos na primeira corrida após um toque de Luca Fillipi, mas se recuperou, anotou a pole e venceu a segunda prova. Quando o ano virou para 2018 e a FE foi ao Marrocos, nova vitória. Com um bom carro e o talento mais aflorado entre aqueles em condições de vencer constantemente, aparecia como candidato ao título. Até como favorito.
Rosenqvist vibra com a vitória em Marrakech (Foto: Reprodução/Twitter)

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Os pontos da primeira corrida fizeram falta, especialmente porque Vergne se colocava no top-5 prova após prova e alcançou a vitória do eP de Santiago. Naquele momento, Felix estava cinco pontos atrás do francês, mas com o campeonato mais que às mãos. 

 
O pesadelo começou na Cidade do México. Após o quarto posto em Santiago, Rosenqvist anotou mais uma pole. Largou e imediatamente começou a abrir. Daniel Abt mostrava um ritmo como o dele, mas vindo de trás precisaria limpar um caminho espinhoso até que conseguisse pensar em Felix, que enquanto isso, escapava. Quando tudo parecia perfeito, o carro desligou. E seguiu desligando até que a garagem fosse o destino. Fim de prova e 25 pontos quase certos jogados no lixo. Abt, de fato, recuperou as posições até assumir a liderança vaga e ganhar a corrida.
 
Rosenqvist assumiria a liderança com tranquilidade, mas além de deixar uma imensidão de pontos pelo caminho ainda permitiu a Vergne subir do sexto para o quinto lugar e marcar dez pontos mais. 
 
Como a temporada está bem dividida em estilos de pista e cada equipe vai melhor num determinado tipo, Vergne dominou no Uruguai e abriu vantagem 30 pontos para Felix, que ficou no P5, e 33 para Bird, mesmo com o P3.
Felix Rosenqvist (Foto: LAT Images)

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A segunda metade da temporada foi aberta em Roma, uma nova pista, técnica, tida como uma das melhores já feitas pela Fórmula E. Rosenqvist deisde o começo do sábado deixou claro que era o favorito. Foi o mais rápido dos treinos livres, anotou a pole-position e partiu para a prova com força. Não tinha um desempenho aniquilador como no México, mas mantinha exatamente Bird, o segundo colocado sob controle. A Mahindra não errou e nenhum problema crônico surgiu no carro, mas na segunda metade da corrida uma zebra custou a suspensão dianteira direita.

 
"Foi algo como um parafuso que quebrou", falou em coluna escrita no site inglês 'e-racing365.com'. "Então não tinha nada para fazer, é difícil culpar alguém por isso. Acredito que tenha sido um acidente bizarro", afirmou.
 
"Eu tinha Sam sob meu controle", foi outra frase escrita por Rosenqvist. É uma afirmação que vai ao encontro do que disse Bird após a corrida. "Não acho que eu teria passado Felix [sem o acidente]", disse o vencedor. 
 
Mais 25 pontos jogados no lixo e mais pontos dados aos rivais diretos. Tivesse vencido, Rosenqvist sairia de Roma dez tentos atrás de Vergne e vivíssimo na disputa. As duas derrotas inesperadas custaram 50 pontos que agora ficam somente no futuro do pretérito da memória do piloto e de sua equipe. Com a realidade que se apresentou, Rosenqvist está 37 tentos atrás de Vergne. 
 
É até possível culpar Felix pelo ataque da zebra em Roma, mas é ignorar o estilo de cada piloto. Alguém com um estilo mais professoral de pilotagem certamente não cometeria o exagero na zebra, mas Rosenqvist teria de mudar completamente seu estilo para evitar coisas assim. E mudar totalmente o estilo quer dizer perder também as especificidades que tornam o talento dele algo diferente. 
Felix Rosenqvist em Roma (Foto: Reprodução/Twitter)
Num ano em que Vergne não ficou fora do top-5 sequer uma vez e Bird não chegou ao menos na quinta colocação uma única vez, ao abandonar no México, Rosenqvist se vê fora dos pontos em três oportunidades. O brilhantismo não bateria a regularidade no último ano da atual geração de carros, bem conhecida e operada por todas as equipes da FE. Felix está aprendendo da maneira difícil, com um campeonato que lhe escapa a cada oportunidade. 
 
Com momentos de brilho, muita velocidade, um bom carro e ousadia, é óbvio que ele ainda tem chances de ser campeão. O que não não existe mais é margem de erro. Rosenqvist precisa ser perfeito e ainda dar alguma sorte. 
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