Primeiro piloto a migrar da F1, Vergne escolheu seguir carreira na FE, fincou pé e agora é campeão

Jean-Éric Vergne conseguiu confirmar aquilo que se desenhava há meses e é o campeão da temporada 17/18 da Fórmula E. O francês, que ainda estava na F1 quando a FE começou, apostou nos bólidos elétricos e pode dizer que, campeão, tomou a decisão correta para a vida

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A carreira de Jean-Éric Vergne voltou aos trilhos após alguns anos de certo vacilo. Neste sábado (14), o francês fez o que estava ensaiando há meses, na pior desde hipóteses desde a vitória no eP de Santiago, no último mês de fevereiro. Encerrou uma disputa pelo título na qual sempre foi protagonista e conseguiu se tornar o quarto campeão da história da Fórmula E.

 
Quando a categoria começou, ainda em 2014, Vergne vivia momentos turbulentos na Toro Rosso. O piloto francês havia sido preterido da linha sucessória da Red Bull em prol de Daniel Ricciardo, que assumira o espaço de Mark Webber, e se via capaz de pontuar algumas poucas vezes, embora muito mais que Daniil Kvyat, seu novo companheiro. No fim do ano, a Red Bull dispensou Vergne e promoveu Kvyat para o lugar de Sebastian Vettel.
 
O próximo passo da carreira era um mistério. Vergne trabalhara durante anos para chegar à F1. Ganhou a F3 Britânica em 2010, bateu na trave na World Series de 2011, quando um acidente polêmico causado por ele contra Robert Wickens deu números finais e o título a Wickens. Vergne partiu para a F1 e por lá ficou, com momentos positivos – como superar Ricciardo na briga interna – e outros nem tanto. 
 
Quando saiu, um flerte com a Indy surgiu. Então, quando fechou com a Andretti para correr a etapa de Punta del Este da FE pela equipe norte-americana, parecia que era apenas uma ponte. Duas corridas haviam passado, mas Vergne chegou ignorando a pequena, mas existente experiência dos rivais. Cravou a pole, mas não ganhou. Foi seguindo no campeonato até o fim.
Jean-Éric Vergne sendo erguido por Lucas Di Grassi e Sam Bird (Foto: Reprodução/Twitter)
E Vergne foi ficando. Não era o único ex-F1 num grid cheio deles, mas foi o primeiro piloto a ser titular da F1 até o momento da criação da FE a fazer a migração. Mudou de equipe para a temporada seguinte, na DS Virgin, mas errou demais e brigou não apenas com Sam Bird, rival deste ano, mas também com o chefe Alex Tai. Mesmo com uma fábrica francesa como ele e com a qual ele se dava bem, não ia rolar. Partiu para a novata Techeetah e seu motor Renault, quando se encontrou de vez.
 
Já acomodado com a categoria mostrou ser um dos mais rápidos e com poucos erros. Depois de alguns pódios, venceu a primeira dele na categoria na corrida final, em Montreal. E abriu 2017/18 com a pole. Na quarta prova, venceu. Daquele momento em diante, a Techeetah cresceu como campeã e Vergne mostrou a compostura necessária para a glória. 
 
A vantagem era enorme e, depois de oito etapas, Vergne só tinha um rival e já podia ser campeão. Houve uma questão de acaso em Zurique para permitir que Bird tirasse tamanha diferença e levasse o campeonato vivo para Nova York. Mas, nos Estados Unidos, ficou evidente uma vez mais que ele tinha os bólidos elétricos sob controle. 
Jean-Éric Vergne (Foto: FIA Fórmula E)
Além da FE, Vergne foi piloto de desenvolvimento da Ferrari, viveu um bom momento na LMP2 do WEC em 2017 – só não pulou para a LMP1 em 2018 porque a equipe fracassou em montar um carro que pudesse ir à pista. Quando de fato entrou na pista, em Monza, para a ELM, venceu.
 
Vergne cresceu. Ainda tem seus lapsos mentais na pista – como a briga perigosa e desnecessária com Sébastien Buemi em Berlim – e fora dela – como dizer que riu que soube que a Toro Rosso colocou Brendon Hartley no grid da F1. Tal demonstração de que a rejeição ainda martela, mesmo que ele esteja no melhor momento da carreira, foi desnecessária. Mas fica claro que se trata de outro piloto, mas maduro e com toda a agressividade e técnica que, ainda um tanto bruta, sempre mostrou.
 
Após Nelsinho Piquet, Sébastien Buemi e Lucas Di Grassi levarem o caneco de forma incontestável, Vergne é o campeão de melhor campanha numa mesma temporada da FE.
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