Título de Di Grassi dá lição ao mundo do automobilismo: constância extrema é única forma de vencer ‘força superior’

Lucas Di Grassi venceu quatro corridas a menos que Sébastien Buemi na temporada, mas pontuou em 11 das 12 provas enquanto o rival basicamente só pontuou quando venceu. Se devagar se vai ao longe, marcando pontos em todas as corridas dá para superar incríveis vitórias que não são acompanhadas com frequência

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Lembremos duas semanas atrás, quando Lucas Di Grassi simplesmente não tinha o carro para superar DS Virgin e Mahindra em Nova York e continuou uma dezena de pontos atrás de Sébastien Buemi após a ausência causada pelo conflito de datas com o WEC. A análise do GRANDE PRÊMIO naquele momento era de que alguma coisa muito diferente precisava acontecer para Di Grassi ter uma chance. Fora isso, era página fechada e espera pela próxima.

 
Avanço da fita. Em Montreal, de fato, alguma coisa aconteceu. Mas não foi o azar. Um erro grotesco de Buemi durante um treino livre desencadeou uma sequência onde nada poderia dar certo para o suíço. Aliado a isso, Di Grassi entregou tudo o que era capaz. No sábado, fez pole e venceu. Como num passe de mágica, o azarão virou puro-sangue. 
 
Di Grassi tinha o campeonato na mão e desferiu o golpe final na tarde do domingo. De tão tenso foi o campeonato e tão arriscadas foram as ultrapassagens do piloto campeão que quase ninguém atentou para o fato de que não houve ameaça: Buemi chegou e vai embora de Montreal com os mesmos 157 pontos de uma pífia decisão.
 
No fim das contas, Buemi terminou 24 pontos atrás de Di Grassi num campeonato que tinha sob controle o tempo todo. Isso quer dizer mais uma coisa: se não houvesse a etapa de Nova York, mesmo assim Lucas teria dois pontos de vantagem. É claro que a questão da ausência de Buemi é a falta dos pontos que ele não marcou e pensar somente com os números que Lucas fez é simplista. Não é, entendam, uma afirmação de que a etapa de Nova York não fez diferença. É evidente que fez. Mas foi menor do que qualquer pessoa poderia prever.
Lucas di Grassi celebra título da F-E em Montreal (Foto: Audi Sport)

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É estranho olhar para um campeonato onde o piloto que venceu metade das corridas – seis de 12 -, terminou tão atrás. Um piloto que venceu 'apenas' duas, teve tanta vantagem. A questão mais do que nunca foi a constância. Buemi foi desclassificado duas vezes – pressão de pneu em Berlim, peso abaixo do mínimo em Montreal -, se ausentou nas duas em Nova York e abandonou uma corrida no México. Cinco provas em que foi provado de pontuar.

 
Di Grassi, constante, venceu duas e foi ao pódio em outras cinco. Só não marcou pontos no abandono de Paris. É evidente que uma sucessão de acertos dele, o piloto, mas a ABT se tornou um time mais eficiente quando já pareada com a Audi. É desta forma que se ganha campeonatos quando alguém se apresenta como uma força superior tão indiscutível. 
 
"Essa jornada, esse dia começou há três anos, quando começamos a disputar a primeira temporada", falou Di Grassi ao GRANDE PRÊMIO. "Nós tivemos muitos bons resultados e chegamos a Londres lutando pelo campeonato, ainda que tenha sido desclassificado de uma corrida (Berlim). Na temporada 2, a situação foi a mesma, também fui desclassificado depois de vencer uma prova. E agora cheguei aqui como o azarão e dez pontos atrás, ontem fizemos um grande trabalho e hoje apenas administrei tudo para garantir o título", seguiu.
 
Buemi não pode reclamar. Pau que dá em Chico, dá em Francisco, diria o outro. Di Grassi teve seus problemas em anos passados, Nelsinho Piquet também. É normal, é das pistas e é assim que funciona. Não adianta Buemi afirmar que não foi justo. Foi justo, funciona assim. Negar isso é passar vergonha. Mesmo a contragosto, Buemi admitiu que o problema é dele, sim.  
 
"Eu sofri duas desclassificações nesta temporada, perdi duas corridas e, mesmo se você ganha mais corridas, ainda não é o suficiente para ganhar o campeonato. Então, eu estou feliz pela minha equipe, nós ganhamos o título de construtores", falou Buemi ao GP. "Mas perder as corridas é um problema meu. Talvez tenha um gosto ruim, mas as coisas são assim mesmo."
 
E é assim que os dois terão de dormir. Um deles, com todo o poderio e vitória na metade das etapas do campeonato, vice-campeão; o outro, constante ao extremo e antagonista da força maior, como o novo dono do cinturão.
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