A 30 dias da abertura da pré-temporada, F1 enfim desperta e intensifica preparativos para 2016

Aos poucos, as equipes do grid vão intensificando os respectivos trabalhos visando a disputa da temporada 2016 do Mundial de F1. Mas antes da largada, em 20 de março, na Austrália, os times se preparam para a disputa dos testes de inverno, marcados para Barcelona e com início previsto para o próximo dia 22 de fevereiro

O noticiário do Mundial de F1 nos primeiros dias de 2016 foi muito mais morno do que em anos anteriores. Afinal, nove das 11 equipes do grid já têm suas duplas de pilotos definidas a temporada, enquanto resta ainda a confirmação de quem serão os pilotos da Renault e da Manor. Assim, nada de muito bombástico aconteceu nos últimos dias. Mas, desde a semana passada, a F1 despertou de um sono profundo e intensificou, definitivamente, os trabalhos visando o campeonato que começa em 20 de março, em Melbourne, na Austrália. Mas daqui a 30 dias, mais precisamente em 22 de fevereiro, começam os importantes testes de inverno, marcados para Barcelona, e muitos dos times do Mundial já agendaram o lançamento dos respectivos carros.
 
Obviamente, os trabalhos nas bases dos times do Mundial seguem a todo vapor. As equipes só fizeram uma providencial pausa para as férias de fim de ano — embora a McLaren diga que não parou nem mesmo no Natal — tudo para correr atrás do tempo perdido e para evitar o vexame que foi 2015. Mas o fato é que todo mundo trabalhou ‘na miúda’ e sem alarde. Tudo para aprontar os novos carros para a temporada que está prestes a começar.
 
Mas antes da apresentação dos carros novos, é fundamental que os chassis sejam aprovados no crash-test obrigatório imposto pela FIA. E três times já anunciaram o êxito no teste de impacto: a grande novidade da temporada, a estreante norte-americana Haas, que foi seguida pela Manor e, por último, pela Renault, que fez o anúncio por meio do Twitter da finada Lotus.
Ferrari lança campanha para lançamento do carro de 2016 (Foto: Reprodução/Ferrari)
Aos poucos, a temporada 2016 vai criando forma com os preparativos antes dos testes de inverno, que ganham ainda mais importância neste ano, uma vez que vão ser oito, e não 12 como no ano passado, os dias de testes antes da abertura do Mundial. É fato que o regulamento permanece o mesmo em relação a 2015, mas é fundamental um conhecimento ao menos razoável do carro antes do começo da disputa pra valer em Albert Park.
 
E quem largou atrás neste quesito foi a Sauber. A equipe de Felipe Nasr e Marcus Ericsson foi a primeira dentre as equipes que já confirmou a data do lançamento do carro novo a fazê-lo apenas no começo da segunda bateria da pré-temporada, em 1º de março, em Barcelona. Entre 22 e 25 de fevereiro, Nasr e Ericsson vão ter de testar com o modelo do ano passado, o C34. 
 
Para Felipe, não é um começo dos mais animadores, uma vez que a concorrência para o time suíço será bastante forte, já que a Haas não dá pinta de que vai começar sua jornada na F1 fazendo figuração nas últimas posições. Até a Manor, saco de pancadas desde que estreou no esporte, dá sinais de força em 2016.
Nasr vai começar 2016 acelerando o Sauber do ano passado (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)
A Haas, a mais nova equipe da F1 não vem medindo esforços para fazer bonito em sua estreia no Mundial. Chefiada por Gene Haas e Guenther Steiner, a escuderia norte-americana tem sua base principal em Kannapolis, na Carolina do Norte, mas também trabalha em Bunbury, na Inglaterra, e perto da fábrica da Ferrari, sua parceira técnica, na Itália. Com Romain Grosjean, Esteban Gutiérrez e uma estrutura bem interessante, o time vem se preparando para lutar por metas realistas, mas até ousadas levando em conta seu noviciado: Steiner, italiano de nome e sobrenome alemão, crê que a Haas vai começar o GP da Austrália no pelotão intermediário. O lançamento do novo carro da equipe ianque ainda não foi anunciado, mas deve ocorrer antes do começo dos testes em Barcelona.
 
A Manor, última dentre as equipes da F1 em 2014 e 2015, vem com uma novidade que pode fazer toda a diferença e servir como grande impulso para o time: o motor Mercedes, o melhor da F1, que chega para substituir os propulsores da Ferrari. Pesa contra a Manor, no entanto, o baixo orçamento e a indefinição quanto à sua dupla de pilotos. O quadro técnico do time sofreu grandes mudanças com as saídas dos ‘cabeças’ John Booth e Grame Lowdon, mas ganhou um reforço com a chegada de Nikolas Tombazis, ex-Ferrari, como chefe de aerodinâmica. A apresentação do carro da equipe britânica está marcada para 22 de fevereiro.
 
Assim como a Manor, ao menos três outras equipes devem mostrar ao mundo seus respectivos carros minutos antes do início dos testes de inverno em Barcelona. Por meio do chefe de performance, Rob Smedley, a Williams anunciou que vai lançar o FW38 no pit-lane no autódromo catalão, em cerimônia simples, como vem sendo nos últimos anos. Vai ser um ano interessante para o time de Grove. Felipe Massa e Valtteri Bottas entram no ano derradeiro dos respectivos contratos. O time tem um grande desafio: não só se manter no top-3 dos Construtores, mas evitar o avanço de times como a Red Bull, Force India e a Renault e finalmente buscar ameaçar o reinado dos times de fábrica da Mercedes e Ferrari. Segundo Claire Williams, “a parte mais difícil” desde que o time deu a volta por cima, em 2014.
O lançamento do novo carro da Wiliams deve ser como os anteriores: numa cerimônia simples (Foto: LAT Photographic/Williams)
Quem também deve se apresentar em 22 de fevereiro é a Red Bull. Não se sabe, no entanto, se os taurinos vão aos testes de Barcelona com a mesma pintura camuflada de ‘zebra’ usada na pré-temporada do ano passado. Por isso, a escuderia tetracampeã do mundo marcou para o dia 17 um evento no qual vai mostrar ao mundo o layout com o qual vai disputar o Mundial de 2016, a pintura que não vai mais ter o roxo da Infiniti, mas sim a estampa do novo patrocínio da TAG Heuer, e a chegada da Puma como empresa responsável pelo vestuário do time de Milton Keynes. Mas a cúpula da Red Bull garante que os trabalhos no novo carro estão adiantados.
 
E como tradicionalmente acontece desde que voltou à F1, a Mercedes, embora ainda não tenha confirmado oficialmente, deve também lançar o W07 no dia 22, pouco antes do início dos testes na Catalunha. O time bicampeão do mundo não tem feito nenhum alarde a respeito dos seus trabalhos. Chamou a atenção, apenas, a declaração de Toto Wolff nos últimos dias de que pretende introduzir um segundo turno de funcionários face ao calendário mais longo da história da F1, que neste ano compreende 21 corridas.
 
A Mercedes luta é para manter a primazia na F1 e usar suas sobras, caso seja necessário. À McLaren, depois de sua pior temporada na história do esporte, cabe apenas uma palavra: reação. Até porque não é possível outro ano tão ruim depois de uma extrema falta de confiabilidade e potência do conjunto MP4-30 empurrado pelo motor Honda. Assim, o trabalho segue árduo em Woking, que já anunciou uma mudança importante na contratação de Jost Capito.

No entanto, um dos artífices do domínio recente da Volkswagen no Mundial de Rali só vai chegar provavelmente em maio à equipe para desempenhar a função de diretor-executivo. No mais, segue como está: Éric Boullier continua como diretor de corridas, ou chefe de equipe, na prática, enquanto a lendária escuderia optou pela experiência e manteve Fernando Alonso e Jenson Button. Tudo para tirar do buraco um time acostumado a vitórias e títulos.

Jost Capito é o principal reforço da McLaren em 2016. Mas o alemão só deve estrear em maio (Foto: Volkswagen)
Por sua vez, a Ferrari, que tradicionalmente costuma ser a primeira equipe a lançar seu carro para a temporada, ainda não anunciou a data da apresentação do novo bólido de Sebastian Vettel e Kimi Räikkönen. Maranello promoveu uma intensa divulgação nas suas redes sociais sobre um evento misterioso que fora marcado para a última segunda-feira, na base da equipe. Mas foi apenas o lançamento de uma campanha que oferece aos fãs a chance de fazer parte da apresentação oficial do carro, com nome ainda a ser definido. O evento deve ser realizado, como nos últimos anos, de forma on line, em meados do mês que vem.
 
Quanto à Renault, ainda não está definida a data da apresentação do carro. Sabe-se, no entanto, que o time francês corre contra o tempo para tentar colocar o novo carro na pista no primeiro teste da pré-temporada, já que o bólido começou a ser concebido para receber o motor Mercedes, ou seja, antes da confirmação da compra da Lotus e da consequente volta à F1 como equipe de fábrica. Nem mesmo seus pilotos ainda estão oficializados, uma vez que os planos, a dupla e a estrutura técnica da Renault só serão conhecidos em um evento a acontecer no próximo dia 3 de fevereiro.

A Force India também não marcou oficialmente a data do VJM09, mas a cúpula da quinta força da F1 em 2015 garante que os problemas do começo do ano passado não vão se repetir, ou seja, que Sergio Pérez e Nico Hülkenberg vão contar com o carro novo desde o início dos testes da pré-temporada. Por sua vez, a Toro Rosso trabalha para terminar os trabalhos do seu novo carro, que terá motor Ferrari, mas com a especificação usada no ano passado. Tudo para evitar os problemas de confiabilidade e tentar buscar um quinto lugar, meta não cumprida em 2015.

 
Aos poucos, portanto, a F1 vai definindo seus rumos antes de finalmente ir à pista. Antes dos testes de inverno, contudo, estão previstos dois dias de trabalhos em conjunto com a Pirelli, quando, entre segunda e terça-feira (25 e 26 de janeiro) , McLaren, Ferrari e Red Bull vão testar os novos pneus de chuva desenvolvidos pela fábrica de Milão. Mas neste caso, vão ser treinos apenas para avaliação dos novos compostos, sendo realizados com os carros de especificação de 2015.

Fato é que, com a proximidade dos testes da pré-temporada, muitos fãs, com saudades do Mundial, esperam ver os carros novos acelerando em Barcelona e, depois, em cada uma das intermináveis 21 etapas do campeonato. E muitos deles, também, sonham com um campeonato mais empolgante e menos previsível do que o do ano passado. Entretanto, a julgar pelo contexto atual, é difícil haver uma mudança tão imediata na ordem de forças. Mas é esperar e ver. Quem viver, verá.

 
VEJA NA ÍNTEGRA A EDIÇÃO #13 DO PADDOCK GP

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