Alonso minimiza frustração com McLaren Honda no Japão: “Fico feliz que isso só tenha sido transmitido em Suzuka”

As críticas seguidas feitas por Fernando Alonso à McLaren e à Honda no último GP do Japão ecoam em Sochi. Nesta quinta-feira, o bicampeão do mundo deu a entender que se manifestou via rádio em Suzuka de sangue quente: “Estava só conversando com a equipe”, justificou

Fernando Alonso foi um dos pilotos mais questionados pelos jornalistas na entrevista coletiva promovida pela FIA às vésperas dos treinos para o GP da Rússia de F1. Na tarde desta quinta-feira (8), em Sochi, o bicampeão do mundo respondeu muitas questões sobre sua atual situação e satisfação com o trabalho da McLaren Honda. As perguntas vieram na esteira de muitas críticas do piloto tanto ao carro de desempenho “vergonhoso” como também ao “motor de GP2” da Honda durante o último GP do Japão. As afirmações do piloto, feitas via rádio junto à equipe britânica, foram captadas pela transmissão da prova e levadas a bilhões de pessoas.

Na visão do espanhol de 34 anos, se tratam de conversas que deveriam ficar restritas a pilotos e equipe. Alonso mostrou seu desconforto por ter de responder sobre a ‘lavagem de roupa suja’ em público e deu a entender que se expressou de cabeça quente. Para justificar as afirmações bastante assertivas, Fernando declarou que tudo se deve ao alto nível de comprometimento para fazer da McLaren de novo uma equipe de ponta. E no fim das contas, o veterano ainda afirmou que muito mais coisa já foi dita ao longo da temporada, porém tudo ficou evidente apenas em Suzuka.

As críticas de Alonso à McLaren e à Honda em Suzuka ainda ecoam na F1 (Foto: Reprodução/F1)

“Eu tenho sido muito positivo durante o ano todo com o carro e a equipe. Encaramos momentos difíceis”, comentou o piloto.

“As conversas de rádio deveriam continuar particulares, porque você está falando com a equipe. Às vezes é compreensível, por causa do nível de comprometimento que temos, eu e o Jenson. Imagine jogadores da NBA ou de futebol com microfones ao vivo na televisão. Mas estava só conversando com a equipe”, minimizou Fernando.

No fim das contas, é tudo sobre o atual momento da equipe no que diz respeito à falta de performance em relação aos outros carros. Alonso recordou do episódio no qual criticou o desempenho da McLaren depois de ter ficado inconformado por ter sido ultrapassado pela Sauber de Marcus Ericsson em Suzuka.

“É a frustração de dar duro, tentar ser o mais competitivo possível no carro, na corrida, tentar dar tudo e continuar perder posições facilmente nas retas, antes da freada. Você fica frustrado, mostra isso no rádio”, disse o piloto, garantindo que muito mais coisa foi dita, porém não aberta ao público ao longo da temporada. “Fico feliz que só tenha sido transmitido em Suzuka. Se você ouvisse de todas as corridas, de mim ou de Jenson, ficaria surpreso”, salientou.

Em seguida, Alonso deixou claro que cumprirá seu contrato com Woking até o fim. “Estarei na McLaren em 2016 e em 2017 também. 100 por cento de certeza”, garantiu.

Em que pese o tom das críticas, Fernando reforçou sua fé na capacidade de trabalho da Honda em conjunto com a McLaren. “Acho que o mais importante do fim de semana de Suzuka foi a quarta-feira, quando estava na fábrica em Sakura e vi o programa de motor para o ano que vem.”

“Tivemos uma longa reunião, encaramos as dificuldades que estamos tendo agora e vimos as soluções para o ano que vem. A parte mais importante do fim de semana foi essa mensagem. Foram muito mais claras que a do domingo. A do domingo foi só a frustração pela corrida. Todos queremos ser otimistas e avançar no ano que vem, e essas reuniões antes de Suzuka foram muito mais importantes que o domingo”, recordou o asturiano.

Quanto ao fim de semana do GP da Rússia, Alonso não tem muitas expectativas. Fernando terá de lidar com uma nova punição de grid. Uma vez que a Honda equipará seu carro com uma nova especificação, mais atualizada, do motor, o bicampeão vai perder 25 posições no alinhamento inicial em Sochi.

“Eu acho que vai ser mais do mesmo nas últimas corridas. Pegar mais informações sobre o carro, coisas sobre a filosofia do carro para preparar para o ano que vem. Gostaríamos de testar nessas corridas e ajudar a Honda em termos de dirigibilidade e confiabilidade da unidade de potência. As últimas corridas foram um pouco mais competitivas para nós, e esperançosamente vamos continuar na direção certa. Não é difícil, porque começamos muito abaixo, mas esperamos continuar melhorando”, complementou.

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