Alonso só vê largada de positivo em Spa e dispara novamente contra falta de potência do motor Honda: “Vergonhoso”

Fernando Alonso foi um dos protagonistas do GP da Bélgica, disputado neste domingo (27) em Spa-Francorchamps. Na largada, o bicampeão do mundo ganhou três posições e subiu de décimo para sétimo. Mas daí em diante, o piloto da McLaren foi presa fácil para adversários com motor mais forte que o Honda: Nico Hülkenberg, da Renault; Esteban Ocon, da Force India e Romain Grosjean, da Ferrari. Aí Alonso passou a chamar a atenção pela verborragia e duras críticas à falta de performance do motor Honda, que o veterano descreveu como “vergonhoso”.

Foi assim, insatisfeito e em meio a mensagens ríspidas aos engenheiros da McLaren, que Alonso foi até encerrar sua participação na prova, abortada por uma repentina perda de potência.

 

Sem ter como enfrentar de forma igual seus oponentes, Alonso conversava com seu engenheiro sobre a situação ao longo da corrida e respondeu em seguida: “Não ligo para as diferenças. Esse é só um teste”, disparou o espanhol antes de fazer seu primeiro pit-stop. Pouco depois, o piloto encerrou a ligação com o pit-lane da McLaren da seguinte forma: “Não quero mais rádio durante o restante da corrida”. A jornada de Fernando em Spa durou até a volta 25.

“A cada duas ou três curvas me davam sugestões de onde frear mais à frente, mais atrás, o diferencial, quando chegava à reta, me passavam inclusive informações antes da zona de acionamento do DRS, então já tinha muito trabalho”, comentou o piloto, justificando o fato de não querer mais saber de conversa com a equipe em meio a uma corrida bastante difícil.

Alonso lamentou por se sentir desprotegido na luta direta contra os outros adversários e justificou o fim precoce na corrida. “Perdemos a potência de forma repentina, sem aviso. Contudo, vinha sendo uma corrida muito complicada para pontuar, de modo que foi uma pena. Mas fico com os tempos de hoje, a largada de hoje, a primeira volta e, a partir daí, é tentar melhorar para a semana que vem, em Monza”.

 

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“A largada foi boa, tudo correu bem, e logo veio a ultrapassagem de Ocon. Tentei fechar a porta por um lado, mas quando estava freando, vi um sinal amarelo, ou algum problema, não esperava. Até consegui me manter à frente nesta volta, mas na volta seguinte passaram por cima de mim”, lamentou.

 

O motor Honda, muito exigido em pistas como Spa-Francorchamps, também é a chave para o sucesso em Monza. Assim, outra corrida bastante complicada se avizinha para a McLaren no próximo fim de semana, na Itália.