Apagado na temporada, Palmer se defende de críticas e detona carro da Renault: “Nervoso e difícil de guiar”

Jolyon Palmer saiu em defesa de si próprio e também do companheiro de equipe, Kevin Magnussen, pelos acidentes ocorridos nos GPs de Mônaco e do Canadá. O britânico, estreante em 2016, disse que a dupla da Renault não é formada por “destruidores de carros” e detonou o desempenho do RS16: “Não é um carro fácil de guiar”

Grande Prêmio
Redação GP 16/06/2016    14:17    4min    Fórmula 1

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Jolyon Palmer chegou ao grid do Mundial de F1 em 2016 alçado à condição de titular da Renault depois de fazer um ano inteiro como reserva da Lotus, antecessora da equipe francesa em Enstone. Antes, em 2014, mesmo sem brilho, o britânico conquistou o título da GP2. Tais credenciais renderam certa expectativa sobre seu desempenho no seu ano de estreia na F1. Mas, após as sete primeiras corridas do campeonato, Palmer ficou longe de brilhar, pelo contrário. O britânico ficou marcado pelo fim de semana desastroso em Mônaco, onde bateu no treino livre e também na corrida.

 
Mas Palmer defendeu, não apenas a si mesmo, mas também seu companheiro de equipe, Kevin Magnussen, que bateu no GP seguinte, em Montreal, e abandonou a corrida. Na visão do britânico, o problema não está nos pilotos, mas sim no carro da Renault, o RS16.
Jolyon Palmer bateu forte em Mônaco (Foto: Twitter/Reprodução)
“Obviamente, não é legal se nós batemos, e quando o carro é difícil de guiar, há uma chance maior de batê-lo”, atacou Palmer durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (16) em Baku, palco do GP da Europa de F1, no próximo domingo.
 
“Eu só bati uma vez o carro num fim de semana de corrida, que foi em Mônaco. Tive uma batida forte na corrida, que foi numa situação ímpar, e bati também nos treinos livres. Então Mônaco foi um fim de semana muito ruim, mas se esquecem que eu não tinha batido o carro. E Kevin bateu uma vez, em Montreal. Não somos pilotos destruidores de carros. O carro é difícil [de guiar], sobretudo nos circuitos ondulados”, afirmou o novato em tom de defesa.
 
O britânico seguiu sua ofensiva contra o carro da Renault. “Não é fácil acelerar e tentar ganhar tempo para avançar ao Q2 sem cometer erros, e se você os comete, nessas pistas você vai para o muro. Tenho certeza que, ao longo da temporada, o pessoal vai perceber isso. Nós não somos destruidores, então não acho que esta será a pauta do ano.”
Jolyon Palmer faz temporada de estreia na F1 bastante apagada e ainda não pontuou em 2016 (Foto: Getty Images)
 

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“O carro não é fácil de guiar. Nós claramente estamos perdendo um downforce razoável quando você compara com a Red Bull, que tem, provavelmente, o melhor carro do grid. É um carro muito nervoso, especialmente em Montreal e Mônaco nas ondulações onde nós sofremos”, bradou Palmer. O britânico espera, contudo, que o RS16 não seja tão nervoso no Azerbaijão.

 
“Aqui, ainda que seja um circuito de rua, o chão parece bem plano, então tem tudo para ser muito melhor. Sem downforce, o carro se torna muito nervoso, e com a dificuldade em passar pelas zebras, ele fica muito difícil. Com o torque que nós temos, o carro não é fácil de guiar mesmo em boas situações, mas se ele é nervoso e difícil ao passar pelas zebras, então é muito mais complicado”, finalizou.
 
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