Apresentação de pilotos, Bolt e ‘start your engines’: F1 quebra protocolos e se ‘americaniza’ em Austin

Usain Bolt dando a bandeirada para a volta de apresentação, Michael Buffer mandando os pilotos ligarem os motores e até Michael Douglas na pista cumprimentando pilotos, apresentados com festas de cheerleaders. A F1 em Austin assumiu a cara dos EUA

Grande Prêmio
Felipe Noronha 22/10/2017    17:22    4min    Fórmula 1

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“Eles querem espetáculo e não nos esforçamos para mostrar isso”. Com essa frase, Chase Carey, chefão da categoria e CEO do Liberty Media, abriu a semana nos Estados Unidos mostrando que a F1 tinha o dever de, para conquistar o público americano, se 'americanizar', simplesmente. Criar um espetáculo com a cara da NBA, da NFL e, claro, da Nascar e da Indy. esportes a motor consolidados nos EUA. E, praticamente sem aviso prévio, foi assim que a F1 agiu em Austin neste domingo (22).

Já se sabia que Usain Bolt, o nome mais famoso da história do Atletismo, é  que daria a bandeirada para a volta de apresentação para a corrida. E assim foi feito: com seu sorriso famoso, o recordista mundial dos 100m e 200m agitou a bandeira verde.

Antes de Bolt, porém, diversas surpresas apareceram, levando à loucura não só o público no circuito, mas também quem acompanha a corrida pela televisão e comenta nas redes sociais. Com os boxes abertos 45 minutos antes da corrida, e não 30 minutos, como é o tradicional, uma apresntação de cada dupla das equipes foi feita, como na Indy, Mundial de Atletismo ou de Natação, por exemplo:

O fator novidade pareceu ter inibido a maioria dos pilotos, que não se animaram muito com o estilo. Mas, para o público, funcionou. É válido lembrar, por exemplo, que se é para acostumar o público com a F1, é importante acostumar os rostos e noems das equipes com quem é novo na categoria.

Com os pilotos no carro, enfim seu lugar de praxe, o histórico locutor de boxe Michael Buffer apareceu em destaque no pódio para levantar o público com 'start your engines', "liguem seus motores", autorizando os carros a abrir a corrida.

Na pista, além das cheerleaders, uma das coisas 'circenses' mais americanas existentes, Bill Clinton, ex-presidente do país, declarou aos repórteres presentes sobre como é "importante que a F1 esteja nos Estados Unidos". Tudo que Chase Carey queria: a aprovação de uma figura máxima do país que ele busca conquistar.

É claro, pessoas famosas são sempre bem-vindas para dar a famosa "consolidada" na ideia de popularizar o esporte. Na NBA, são músicos e atores que estão sempre presentes à beira da quadra. Na F1, por que não Michael Douglas falando ao ouvido de Fernando Alonso?

Até a parada dos pilotos, uma hora e meia antes da corrida, foi especial: teria sido um certo personagem do filme Transformers o responsável por conduzir os pilotos?

"Provavelmente nenhum país faz esse trabalho em transformar eventos esportivos em espetáculos. E falamos de eventos de boxe em Vegas, no UFC em Nova York, no All-Star Game da NBA. Os EUA provavelmente lideram o mundo em fazer espetáculos que têm o esporte como ponto central". Carey deu, na última quarta-feira, a dica do que planejava para este domingo. Pela reação do público em Austin e pela recepção dos fãs nas redes sociais, ele acertou a mão. A F1 soube se americanizar no coração do Texas. Dos boces aberto para visita dos torcedores à Michael Douglas dando "recados", é bom as outras sedes da categoria perderem o sono para tentar igualar esta festa.

O GRANDE PRÊMIO acompanha AO VIVO e IN LOCO o GP dos EUA direto de Austin.

RITMO DE FESTA

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