Às vésperas do 250º GP, Alonso reflete sobre carreira e elege Hamilton como companheiro de equipe mais duro na F1

Em entrevista ao jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, Fernando Alonso fez um balanço de sua carreira nas pistas. O bicampeão do mundo, que chega ao seu 250º fim de semana de GP em Sochi, colocou Lewis Hamilton como seu mais duro companheiro de equipe, ao passo que Giancarlo Fisichella foi seu parceiro mais afável

Fernando Alonso chegará neste fim de semana à emblemática marca de 250º GPs na F1. Dentre todos eles, o bicampeão ficou de fora de apenas uma corrida, o famoso ‘GP dos seis carros’ em Indianápolis, 2005, mas o espanhol o contabiliza na lista dos fins de semana de corrida na carreira. Trata-se do sexto piloto que mais vezes largou na F1 em todos os tempos.

E ao longo de uma carreira iniciada em 2001, Alonso teve diversos companheiros de equipe. O primeiro deles foi o brasileiro Tarso Marques, na Minardi. Depois, vieram Alex Yoong, Jarno Trulli, Jacques Villeneuve, Giancarlo Fisichella, Lewis Hamilton, Nelsinho Piquet, Romain Grosjean, Felipe Massa, Kimi Räikkönen e, atualmente na McLaren, Jenson Button.

Dentre todos os parceiros de time que já contou na F1, Fernando não tem dúvidas em apontar Hamilton como o mais duro de todos. Em 2007, o espanhol fora contratado pela McLaren junto à Renault e levou consigo o #1 para liderar o time. Mas Alonso não contava com a astúcia de Lewis, um estreante naquela temporada, mas que encarou o asturiano de igual para igual e gerou uma das maiores rivalidades da F1 na última década. Ao fim, ambos empataram na classificação daquele campeonato, que foi conquistado de forma improvável por Räikkönen, da Ferrari, no GP do Brasil.

Lewis Hamilton foi apontado por Alonso como o parceiro de equipe mais duro de sua carreira na F1 (Foto: AP)

Em entrevista ao jornal italiano ‘La Gazzetta dello Sport’, Alonso fez uma reflexão sobre sua carreira e escolheu Lewis como seu parceiro de equipe mais difícil. “Lewis. Antes e depois dele, sempre terminei na classificação [do Mundial] à frente do meu companheiro. Em 2007 não foi assim, terminamos iguais nos pontos. Em outro oposto, o companheiro que mais gostei foi Giancarlo: treinávamos juntos, saíamos de férias com Briatore. Ainda hoje temos contato”, lembrou Alonso sobre seu companheiro de equipe na Renault entre 2005 e 2006, os anos em que foi campeão do mundo.

Sobre o melhor carro que já guiou na carreira, Fernando também não hesitou. “Foi a Renault dos títulos mundiais. A McLaren de 2007 também era um grande carro, embora a Ferrari deste ano tenha sido melhor”.

Fernando voltou no tempo, mais precisamente a março de 2001, em Melbourne, quando fez sua estreia na F1 aos 19 anos, sete meses e quatro dias. “Lembro que estava tenso porque me sentia observado, não apenas pelos profissionais, mas também por quem estava em casa, pelos meus amigos. Minha única preocupação era: será que serei suficientemente valente para estar na F1?”. Hoje, o espanhol é considerado um dos mais completos pilotos de sua geração.

Questionado sobre as corridas que mais marcaram sua carreira, Alonso citou algumas passagens interessantes. “Coreia 2010 e Malásia 2012, porque as conquistei em condições difíceis: a primeira com chuva e, nas últimas voltas, quase no escuro; a segunda, pelas condições variáveis do asfalto, primeiro seco, depois molhado e finalmente seco de novo. Mas recordo com carinho de Interlagos em 2005 e 2006 porque elas marcaram a conquista dos mundiais com a Renault. E incluo também três vitórias na Espanha, duas em Barcelona e a de Valência.”

Na mais controversa de todas as vitórias, o GP de Cingapura de 2008, marcado pela batida de Nelsinho Piquet que diretamente o beneficiou, Alonso voltou a falar que não sabia da armação. Mas disse que riscaria da sua carreira a passagem pelo GP do Japão do ano passado, o mais triste da sua carreira. “Não eliminaria Cingapura porque não sabia e, de qualquer forma, meu Renault sempre foi competitivo naquele fim de semana. Não foi uma vitória casual, porque duas semanas depois vencemos no Japão. Mas riscaria Suzuka 2014 pela tragédia com Jules Bianchi”.

Por fim, Alonso falou com carinho sobre sua jornada pela Ferrari, entre 2010 e 2014, e reiterou que considera ter feito um trabalho melhor do que é realizado atualmente pela equipe liderada na pista por Sebastian Vettel.

“Estou orgulhoso pelo que fiz em Maranello. Guiar para esta escuderia lendária foi um sonho que virou realidade. Não fui campeão, mas cheguei três vezes em segundo. Há dois anos, começamos muito bem, vencemos duas das cinco primeiras corridas, e depois mudaram os pneus e perdemos nossa superioridade. Mas fazer frente à Red Bull foi um milagre. É como se nos dois últimos anos eu tivesse sido capaz de lutar pelo título contra Hamilton e a Mercedes até a última corrida”, explicou.

“Dizem que esta é uma temporada extraordinária para a Ferrari, a melhor dos últimos anos, mas, no fim das contas, na classificação eles estão só em terceiro”, concluiu o espanhol de 34 anos.

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