Chefão da F1 aponta falta de gratidão, admite saída de construtores e revela: “Cingapura não quer mais um GP”

Bernie Ecclestone afirmou que a F1 tem de trabalhar com a possibilidade de voltar a perder construtores, mas avaliou que uma eventual saída de Mercedes ou Ferrari, por exemplo, pode não ser tão ruim assim. Dirigente se queixou de falta de gratidão e revelou que Cingapura não quer mais continuar integrando o calendário do Mundial

Grande Prêmio
Redação GP 20/11/2016    09:51    3min    Fórmula 1
Bernie Ecclestone revelou que o GP de Cingapura pode deixar o calendário da F1. O atual contrato termina na próxima temporada.
 
Falando à publicação alemã ‘Auto Motor und Sport’, Ecclestone admitiu que acredita que Cingapura não irá renovar seu contrato com a F1. Além disso, o dirigente também afirmou que não vê como impossível a saída de construtores do Mundial.
Bernie Ecclestone revelou que Cingapura não quer seguir no calendário da F1 (Foto: Rodrigo Berton/Grande Prêmio)

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“Pode acontecer que Mercedes e Ferrari saiam”, disse Ecclestone. “Mas, honestamente, se as corridas se tornarem melhores, essa pode não ser uma visão tão ruim”, avaliou.
 
“De qualquer forma, nós temos de esperar que as fábricas saiam. A Mercedes vai parar no dia que for conveniente para ele e isso é algo que já vimos antes — olhe para Honda, BMW e Toyota”, apontou. “Eles partem quando a F1 fez o trabalho por eles. Não existe gratidão”, disparou.
 
“É a mesma coisas com os organizadores. Veja o que nós fizemos por Cingapura. Sim, o GP custou muito dinheiro para Cingapura, mas nós também demos muito dinheiro a eles”, ponderou. “De repente, Cingapura era mais do que só um aeroporto para onde ir e de onde partir. Agora eles acreditam que cumpriram seu objetivo e não querem mais um GP”, contou.
 
Enquanto o futuro da etapa de Cingapura segue ameaçado, as etapas da Alemanha e do Brasil não estão em posições muito melhores.
 
“Nós fizemos nosso melhor para manter o Canadá no calendário. No Brasil, estamos tentando a mesma coisa, ainda que seja difícil”, disse Bernie. “Em termos de Hockenheim, não podemos subsidiar a corrida na Alemanha se não fazemos o mesmo com outras corridas na Europa”, concluiu.
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