Chefe da Mercedes pede cautela com regras para 2017 e diz que F1 nunca limitou vantagem em favor do entretenimento

Toto Wolff pediu cautela na formulação do regulamento que a F1 quer implantar a partir de 2017. Chefe da Mercedes lembrou que o Mundial nunca tentou limitar uma vantagem competitiva em favor do entretenimento

Chefe da Mercedes, Toto Wolff afirmou que a F1 precisa ter cuidado na hora de elaborar as regras que pretende introduzir a partir da temporada 2017. O Mundial quer promover mudanças para aumentar a competitividade do esporte.
 
Desde o início da era dos V6 turbo, a Mercedes vem dominando a F1, com dois títulos seguidos de Lewis Hamilton. Além das conquistas do britânico, o time de Brackley também pôde celebrar os vice-campeonatos de Nico Rosberg e duas vezes o Mundial de Construtores.
Toto Wolff admitiu surpresa com crescimento da Ferrari em 2015 (Foto: AP)
Falando à publicação alemã ‘Auto Motor und Sport’, Wolff afirmou que se surpreendeu com a evolução da Ferrari ao longo do último inverno e avaliou que a margem de crescimento dos rivais é maior que a da Mercedes.
 
 “A curva de desenvolvimento da Ferrari me surpreendeu”, disse Wolff. “Por outro lado, também foi surpreendente que a Red Bull tenha regredido. É lógico que a curva de aprendizado dos demais se incline mais que a nossa, porque nós só perseguimos pequenas vantagens com regras estáveis”, continuou.
 
Enquanto Christian Horner, chefe da Red Bull, por exemplo, defende uma mudança no regulamento que permita que as equipes promovam um espetáculo melhor, Wolff prefere seguir a linha de Jacques Villeneuve, que lembrou que todas as soluções testadas até aqui resultaram em uma F1 ainda menos competitiva.
 
“A pergunta é como chegamos a este ponto. Nós queremos limitar alguém que construiu uma vantagem competitiva, mediante a criação de igualdade em nome do entretenimento?”, questionou. “Esta é uma maneira, mas isso nunca foi feito na F1”, defendeu.
 
“Ou nós queremos desenvolver as regras sem polêmicas em uma direção para que se ajuste o rendimento?”, seguiu. “Isso leva mais tempo, mas é a maneira mais sensata”, concluiu.
 

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