Chefe da Red Bull garante capacidade para terceiro carro, mas torce contra medida: "Não queremos alguns times fora da F1

A ideia da implantação do terceiro carro na F1 não parece ter agradado os principais dirigentes. Nesta sexta-feira (3), Christian Horner e Éric Boullier saíram em defesa das equipes menores, falando que a categoria precisa focar em manter os times atuais. Contudo, os dirigentes de Red Bull e McLaren garantiram que seriam capazes de produzir o terceiro carro.

 

O austríaco explicou que os times precisam se adequar às mudanças que acontecem na F1.

 

“Se precisássemos de um terceiro carro para a semana que vem, poderíamos fazê-lo? Claro que poderíamos. A F1 é assim, é assim que você precisa agir no mundo de negócios”, disse.

 

Horner lembrou que, caso o terceiro carro seja implantado, alguns times sairiam do grid.

 

“Mas eu espero que isto não aconteça. Para corrermos com três carros, alguns times vão ter de sair da categoria. Com certeza não é o que queremos”, falou.

 

Boullier fez coro a Horner, afirmando que, de forma alguma, quer ver os times menores fora da F1.

 

“Eu concordo com Christian. Nós não somos a favor de correr com três carros, pois isto significaria a saída de alguns times. Definitivamente, não queremos isto. Eu acho melhor primeiro trabalhar para ajudarmos e salvarmos as equipes menores”, declarou.

 

O francês também acredita que a McLaren pode ter um terceiro carro e sugeriu que o time inglês poderia ir atrás de um calouro. 

 

“Se tivermos de colocar um terceiro carro, faremos isto, arrumaremos uma forma, precisamos preservar o show. E por que não um piloto novato? Poderia ser uma grande oportunidade e treino para futuras estrelas”, contou.

Monisha Kaltenborn, chefe da Sauber, que passa por problemas financeiros, declarou que está na hora das equipes se reunirem para que a extinção de alguns times seja evitada.

 

“Seria péssimo para o esporte ver as equipes sumirem para que então alguma atitude seja tomada. A gente já viu esse filme na F1. Tinha muita gente contra o teto salarial, muitos mudaram de ideia. Acho que está na hora de sentarmos todos e discutirmos o melhor para o esporte”, disse a dirigente.

 

A indiana garantiu que não quer que todos os times gastem o mesmo, mas defendeu uma redução nos investimentos dos times maiores.

 

“Ninguém está dizendo que todos precisam ficar iguais. Sempre tivemos grandes times e times menores. Grandes orçamentos e orçamentos modestos. A Sauber, antes do período da BMW, era uma equipe pequena. Mas é hora de nos adequarmos ao atual cenário da economia e termos algum tipo de controle de gastos”, completou.

 

A Sauber vai tendo uma das temporadas mais complicadas da sua história. Zerados, Adrian Sutil e Esteban Gutiérrez aparecem em 17º e 20º no campeonato de 2014, respectivamente. 

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