Da mesma ‘classe’ de Webber, Massa ainda não pensa em seguir australiano e se retirar da F1

Adversários de Mark Webber na pista nas últimas temporadas repercutiram a aposentadoria do australiano da F1 e acreditam que ele escolheu um bom momento para deixar a categoria

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O assunto no paddock da F1 nesta quinta-feira (27) foi um: a aposentadoria de Mark Webber. Pouco se falou do julgamento da Mercedes por causa do teste secreto que o time fez em Barcelona ou então da renovação de contrato de Sebastian Vettel. O inesperado anúncio de que o australiano vai deixar a F1 no fim deste ano para se dedicar ao Mundial de Endurance e à Porsche roubou as manchetes e foi comentado pelos pilotos, que, em geral, elogiaram a decisão.

Hoje com 36 anos – o mais velho do grid de 2013 –, Webber estreou na F1 há 11 anos, em 2002, de maneira surpreendente: marcando dois pontos com a modesta Minardi no GP da Austrália. Nos anos seguintes, passou por Jaguar e Williams até chegar à Red Bull, em 2007. Foi no time rubrotaurino que ele conquistou as nove vitórias de sua carreira. A mais recente delas aconteceu exatamente em Silverstone, em 2012, local escolhido por ele para revelar ao mundo seus novos planos.

Webber começou a carreira na F1 junto do brasileiro Felipe Massa. E dos pilotos que estrearam na elite do automobilismo mundial junto ou depois da dupla, o australiano foi o primeiro a decidir deixar a categoria antes de ser deixado de lado por ela.

Mark Webber roubou a cena nesta quinta-feira em Silverstone (Foto: Getty Images)

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Isso, contudo, não faz o brasileiro, quatro anos mais novo, pensar que a hora dele está chegando, ele respondeu ao ser perguntado pelo GRANDE PRÊMIO. “Eu tenho 32 anos, e acho que 36 não é uma idade ruim de se aposentar, mas cabe a você pensar o momento certo. Eu também espero me aposentar e não perder o meu lugar”, disse o ferrarista, que procura renovar seu vínculo com o time de Maranello e continuar no carro vermelho no ano que vem.

“Vamos ver quando isso vai acontecer, mas não penso nisso no momento e espero correr mais alguns anos e manter um alto nível competitivo. Mas eu ainda não penso na hora de parar”, completou Massa.

Jenson Button foi outro que aprovou decisão do colega e disse que não ficou muito surpreso com a guinada que Webber resolveu dar na carreira. “Não é uma grande surpresa. Eu acho que a carreira de Mark foi um tanto similar à minha em termos de encontrar dificuldades para achar um lugar que você mereça e onde você pode conquistar vitórias. Obviamente, é o momento certo para ele”, opinou o inglês, que ainda brincou: “[Isso] deixa um lugar livre para alguém, não deixa?”

Fernando Alonso, Mark Webber e Jenson Button conversam na Inglaterra (Foto: Getty Images)

O mesmo discurso foi adotado por Fernando Alonso. “Acho que é uma boa hora para ele, uma boa oportunidade. Ele está indo para uma marca de muito prestígio e, provavelmente, para a corrida mais famosa do mundo. Ele se divertirá muito atrás do volante, agora com um pouco menos problemas fora do carro”, afirmou o espanhol, amigo mais próximo de Webber na F1.

Companheiro do australiano nas últimas cinco temporadas, o alemão Sebastian Vettel também destacou a importância da Porsche, “que tem um projeto interessante, com muito dinheiro envolvido. Os carros são potentes e de alto nível”.

O tricampeão, contudo, não quis vislumbrar a própria aposentadoria e que rumo tomar quando decidir largar as pistas. “Não posso imaginar daqui a dez anos. É muito tempo. Eu já estou na F1 há algum tempo. Não parece tanto, mas se você olhar para a primeira corrida que fiz, em 2007, as coisas mudaram, a F1 mudou. Com certeza, vou atingir um ponto em que vou ter feito o máximo da F1 e vou procurar um novo desafio”, adicionou.

Hamilton é outro. “Não tenho planos para sair por enquanto. Nunca pensei muito nisso. Eu amo vários outros esportes, mas não sei se toparia fazer alguma outra coisa depois da F1. Esse é o ápice do esporte a motor e acho que, pessoalmente, qualquer coisa seria um pouco chata para mim”, declarou.

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