De olho nas mudanças para 2017, diretor da Pirelli clama por maior período de testes caso permaneça na F1

Paul Hembery se mostrou preocupado sobre como a F1 vai lidar com o período de pré-temporada em 2017, ano em que muitas alterações significativas no design dos carros e também dos pneus estão previstas. Por isso, o britânico pediu por mais testes antes do início do campeonato

Enquanto trabalha em algumas mudanças pontuais nos compostos fabricados para a F1 para o ano que vem, a Pirelli já pensa em 2017. Na torcida para ser escolhida por Bernie Ecclestone para permanecer na categoria, a fábrica de Milão, que disputa o posto de fornecedora de pneus da F1 entre 2017 e 2019 com a Michelin, projeta como será o começo de um ano que prometerá muitas mudanças significativas no desenho dos carros e, consequentemente, dos compostos.

Em 2016, serão apenas duas baterias de testes na pré-temporada, totalizando oito dias. O que, na visão de Paul Hembery, diretor-esportivo da Pirelli, é muito pouco caso o esquema seja mantido para 2017.

“Se a gente continuar no esporte, então será preciso ver como vamos seguir em frente com os testes. Com as mudanças atualmente previstas para 2017, você terá um pneu traseiro mais largo, acho que haverá uma modificação no pneu dianteiro, e os carros terão uma carga aerodinâmica muito diferente”, explicou o engenheiro em entrevista veiculada pela revista britânica ‘Autosport’, demonstrando sua preocupação.

A Pirelli revelou o desejo de ter muito mais testes para a temporada de 2017 (Foto: Getty Images)

“Porque as mudanças são tão vastas que você não quer ter de acabar descobrindo só em março, em Barcelona, os grandes problemas que você tem. De modo que é preciso encontrar uma forma de fazer testes antes disso”, justificou.

Quanto à próxima temporada, a Pirelli tem em mente que deverá desenvolver algumas mudanças no sentido de proporcionar às corridas que os pilotos façam de duas a três paradas para troca de pneus. Assim, uma das alterações está na composição do pneu duro, além do estudo sobre a adoção de um supermacio ainda mais mole, uma vez que a própria Pirelli se mostrou surpresa com a durabilidade dos pneus vermelhos.

“Ainda estamos desenvolvendo algumas ideias e, entre as quais, poderemos abordar o pneu mais duro, que precisa ser modificado. Ele precisa ser muito mais próximo do médio. E também um produto que você pode usar nos genuínos circuitos de rua, Mônaco, Montreal e Cingapura, onde você precisa ter um pneu muito mais mole do que o supermacio.”

“Outra ideia, que acreditamos poder ficar pronta para 2016, é que haverá uma escolha mais livre para as equipes, mas sem que isso as coloque em qualquer tipo de problema. Essa é a nossa esperança, e queremos que isso seja definido rapidamente agora. Estamos todos chegando muito perto da decisão final. Isso me parece viável”, finalizou Hembery.

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