Depois de bater na trave duas vezes, Rossi enfim ganha chance na F1 e estreia pela Manor no GP de Cingapura

Pouco depois de o diário ‘Marca’ informar sobre a ida de Alexander Rossi para o lugar de Roberto Merhi já neste fim de semana em Marina Bay, a Manor tratou de confirmar a contratação do norte-americano, que enfim fará sua estreia na F1

Alexander Rossi, enfim, fará sua estreia em uma corrida na F1. O norte-americano, que ficou muito perto de correr em pelo menos duas oportunidades, mas teve seu sonho adiado, vai colocar a bandeira do seu país novamente no grid da F1 depois de oito anos. Rossi substituirá Roberto Merhi no cockpit da Manor no fim de semana do GP de Cingapura, a 13ª etapa do Mundial de F1, em notícia confirmada pela equipe nesta quarta-feira (16). Ao todo, o californiano de 23 anos, que tem toda sua carreira baseada na Europa, vai disputar cinco das próximas sete etapas da temporada 2015. Por sua vez, Merhi voltará à equipe como titular em Sochi, na Rússia, e em Abu Dhabi, a última prova do Mundial.

Desta forma, Rossi será o primeiro norte-americano no grid da F1 desde Scott Speed, que disputou sua última prova, como piloto da Toro Rosso, em 2007. Alexander ocupa atualmente a vice-liderança da GP2, mas praticamente não tem mais chances de título, que pode ser alcançado pelo líder Stoffel Vandoorne na próxima etapa do campeonato, em Sochi, em outubro.

Alexander Rossi liderou a dobradinha da Racing Engineering no pódio em Spa (Foto: GP2)

A experiência de Rossi na F1 se resume a participações em testes e também em treinos livres durante as etapas oficiais do Mundial. Foram seis ao todo: uma em 2012, pela Caterham, outras duas em 2013, pela antiga escuderia anglo-malaia e mais duas em 2014, sendo uma pela Caterham e outra pela Marussia, na Bélgica.

Rossi chegou a estar inscrito para fazer sua estreia pela Marussia no GP da Rússia em substituição a Jules Bianchi, que sofrera gravíssimo acidente durante o GP do Japão, ocorrido uma semana antes. Contudo, a escuderia optou por alinhar apenas com o britânico Max Chilton.

Dias depois, o norte-americano teve outra chance, uma vez que estava garantido em fazer o GP dos Estados Unidos, em Austin, pela Caterham., no lugar de Kamui Kobayashi. Contudo, a equipe sequer embarcou para o Texas porque fechou as portas antes.

“Estou muito grato por correr pela Manor Marussia e por eles seguirem acreditando em mim. Estive me preparando para ter esta chance por um bom tempo. Muitos vão saber que, desde 2014 a equipe e eu já tínhamos uma forte relação, e havia algumas coisas incompletas para mim aqui. É uma pequena equipe de F1 que tem enfrentado muita coisa. Eles exemplificam paixão e a verdadeira força do caráter, e seu retorno nesta temporada é extraordinário. Estou honrado por fazer parte deste legado e seu contínuo crescimento e sucesso”, destacou.

“Quero agradecer a cúpula da Manor Marussia e minha equipe na GP2, a Racing Engineering, por apoiar ambas as funções na F1 e na GP2. Desde Monza, meu retorno à F1 veio de forma rápida e sem problemas. O apoio coletivo da Manor e da Racing Engineering foi fundamental no sentido de tornar essa oportunidade algo possível”, completou Rossi, deixando claro que cumprirá as duas corridas que faltam pela escuderia espanhola na GP2.

“Estamos muito satisfeitos por assinar com Alexander Rossi como piloto. Ele já era considerado um piloto que estava perto de começar uma empolgante carreira na F1, e sua forma na GP2 tem feito muito para reforçar seu potencial evidente. Tendo isso em mente, ficamos satisfeitos por apoiar seus compromissos tanto na GP2, enquanto ele segue na luta pelo título, por isso ele vai correr em cinco dos sete GPs restantes na temporada, com Roberto correndo na Rússia e em Abu Dhabi para nós”, afirmou o chefe de equipe da Marussia, John Booth.

“Trata-se também de uma notícia fantástica para o esporte, já que teremos novamente um piloto norte-americano, particularmente com o GP que se avizinha nos Estados Unidos e para as duas corridas no México e no Brasil. Sei que Alexander está muito empolgado sobre isso e estamos ansiosos para lhe fornecer a chance de mostrar ao público norte-americano o que ele pode fazer”, complementou.

Em contrapartida, Merhi, previamente escalado para integrar o rol de pilotos durante a entrevista coletiva oficial da FIA nesta quinta-feira, anunciou recentemente sua saída da World Series para se dedicar exclusivamente à F1 e à Manor. Inclusive, o espanhol disse ao diário local ‘El Confidencial’ que estava a analisar suas opções para permanecer no time britânico para 2016. Como alento, Roberto terá pelo menos mais duas chances de guiar em uma prova do Mundial.

Sobre Merhi, Booth disse: “Enquanto Roberto está obviamente decepcionado, ele entende que esta decisão diz respeito ao projeto de longo prazo da equipe e agradecemos a ele pelo seu profissionalismo. Não tomamos nenhuma decisão a respeito da nossa dupla para 2016 e vamos seguir avaliando nossas opções durante o restante da temporada”, finalizou.

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