Diretor da Renault entra no coro e pede mudança nas regras para fabricantes de motor: "Tem de ser sustentável para todos"

Cyril Abiteboul, novo diretor da Renault, apóia Marco Mattiacci, que posicionou a Ferrari a favor da mudança das regras impostas pela F1 às fabricantes de motor, que não podem alterar o projeto por problemas de desempenho durante a temporada

A Renault definitivamente se juntou ao coro da Ferrari de que a F1 precisa mudar o sistema de engessamento das regras referentes às alterações que as fornecedoras de motor podem fazer em suas unidades de força durante a temporada. 
 
Com as atuais regras, as fabricantes de motor não têm autorização para mudar seu projeto por questões de desempenho, apenas por segurança e confiabilidade. Qualquer mudança fora do contexto tem de ser submetida à FI", que então decide permitir ou não.
 
O novo diretor da Renault, Cyril Abiteboul, acredita que a F1 ficaria melhor e mais competitiva se as fabricantes pudessem diminuir sua distância deficitária durante a temporada, ainda que tenha defendido que um aumento de custos prejudicaria as equipes que recebem os motores.
 
"Já vi a dificuldade para alguns times – e acredito que seja a maioria das equipes na F1 hoje – em pagar pela tecnologia nas atuais regras, então acho que precisamos ser mais sensíveis. Deveria haver um sistema que permita o desempenho a se tornar mais próximo em vez de mais distante. Eu sei que ninguém quer forçar o esporte a ir numa determinada direção, mas esse é um esporte que tem de ser um negócio sustentável para todos que participam", disse
Cyril Abiteboul é o novo diretor da Renault (Foto: Caterham)
"Então, poderíamos abrir mais as regras, contanto que vá na direção certa para os fornecedores. Na minha perspectiva, precisa convergir", seguiu.
 
"É verdade que durante qualquer mudança de regra há um período em que o retorno de investimentos é bem alto. E a verdade é que as regras não nos permitem a fazer tudo que temos de ideia. No inverno, poderemos mudar bastante, porque 48% da unidade de força poderá mudar no ano que vem. E pretendemos mudar 48% da unidade de força", encerrou.
 
A F1 volta às pistas no próximo domingo (7), com o GP da Itália.
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