Domenicali diz que chegou momento de Massa buscar novos ares na carreira após 12 anos em Maranello

O chefe de equipe da Ferrari afirmou que o brasileiro chegou à equipe italiana sendo apenas um menino e hoje é um homem crescido, por isso estava na hora de ele procurar um novo ambiente na carreira

O momento da despedida entre Felipe Massa e a Ferrari começa a se aproximar. Com o anúncio de que o brasileiro será substituído por Kimi Räikkönen na próxima temporada da F1, o chefe da equipe italiana, Stefano Domenicali, disse que está na hora de o piloto buscar novos ares na carreira.

O dirigente afirmou que o cenário mais provável para 2014 era renovar o contrato de Massa por mais um ano, mas o fraco desempenho do piloto e da escuderia nas últimas corridas fez com que a Ferrari decidisse por uma mudança drástica.

Massa larga na pole no GP do Brasil de 2008: ponto alto da carreira do brasileiro (Foto: Mark Thompson/Getty Images)

“No início do verão, nós tivemos uma reunião para analisar a situação e eu reiterei que renovar nosso acordo era uma das opções na mesa, talvez a mais provável”, disse. “Em seguida, veio uma sequência de corridas difíceis para ele e para a equipe, e, no final, nós percebemos que a melhor escolha era fazer uma mudança”, declarou.

Domenicali disse, ainda, que ir a uma nova equipe pode ser algo positivo para Massa, já que o brasileiro passou praticamente toda a carreira dentro da Ferrari.

“Eu acho que, mesmo para Felipe, chegou o momento de olhar para fora do que foi sua casa por 12 anos e que, de alguma forma, sempre será seu lar”, afirmou o dirigente. “Eu vi Felipe chegar a Maranello quando era apenas um garoto e agora o vejo ir embora como um homem crescido. Juntos vivemos alguns grandes momentos e algumas horas dramáticas, o que tornou a nossa relação de alguma forma especial”, acrescentou.

O italiano disse, por fim, apontou que a grande decepção foi ter perdido o título mundial de 2008, quando Lewis Hamilton conseguiu ultrapassar Timo Glock na última curva do GP do Brasil. Apesar disso, o dirigente elogiou a postura do brasileiro tanto na derrota quanto no momento em que soube que não ia continuar na equipe.

“A grande frustração é que não conseguimos vê-lo ser campeão do mundo, o que quase aconteceu em 2008. Naquele dia, na verdade o ano todo, houve alguns incidentes incríveis que foram contra ele. Mas a lição de dignidade esportiva que ele deu no pódio em Interlagos e a maturidade que mostrou ao falar comigo na noite passada vou guardar para sempre”, falou.

“Estou orgulhoso de ter trabalhado com ele na nossa equipe por tantos anos e tenho certeza que ele sabe como fazer coisas boas fora do ambiente de Maranello”, completou.

Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.