Donos acionam cláusula contratual, e Silverstone deixa de receber GP da Inglaterra a partir de 2019

O alto risco de cumprir o atual contrato com a F1 levou o BRDC, entidade dona de Silverstone, a acionar uma cláusula que encerra o acordo após a edição de 2019. O circuito britânico é um dos mais tradicionais da categoria

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O risco de Silverstone romper o contrato com a F1 virou realidade. O BRDC – Associação Britânica de Pilotos, entidade que controla o autódromo – acionou nesta terça-feira (11) a cláusula contratual que permite o fim do acordo vigente com a categoria após a realização do GP da Inglaterra de 2019.
 
A decisão era considerada desde janeiro, quando o BRDC alertou que cumprir o contrato vigente em sua plenitude, até 2026, era um risco “potencialmente desastroso”.
 
“A decisão foi tomada porque não é viável seguir recebendo o GP da Inglaterra de acordo com os termos do atual contrato”, disse John Grant, presidente do BRDC. “Tivemos prejuízo de £ 2.8 milhões (R$ 11.7 milhões) em 2015 e de £ 4.8 milhões (R$ 20.1 milhões) em 2016, e esperamos algo parecido neste ano. Chegamos ao ponto em que não podemos deixar nossa paixão pelo esporte guiar nossas cabeças. Isso não só arriscaria o futuro de Silverstone e do BRDC, como também do automobilismo britânico, que depende de nós”, continuou.
Silverstone é a casa da F1 na Inglaterra. Ou era (Foto: Beto Issa)

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O atual contrato de Silverstone com a F1 prevê o pagamento de uma taxa que cresce anualmente. Em 2010, o autódromo precisou pagar £ 11.5 milhões (R$ 48.3 milhões) para receber a F1. Em 2026, último ano do contrato atual, este valor chegaria aos £ 25 milhões (R$ 105 milhões).
 
O fim do contrato atual não significa que Silverstone esteja se despedindo da F1. O BRDC deixa claro que tem intenção de firmar um acordo mais favorável com a F1, agora dirigida pelo Liberty Media.
 
Silverstone foi palco da primeira corrida da F1, em 1950. De lá para cá, o circuito recebeu a categoria 50 vezes. A corrida deste fim de semana será a 51ª.
 
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