Ecclestone deseja aproximação com Todt e pede fim do Grupo de Estratégia: “Estamos com algo que é democrático demais”

Bernie Ecclestone afirmou que o mecanismo que deu poder às equipes não funciona e defendeu que o poder de definir as regras na F1 volte às mãos dele e do presidente da FIA, como já foi no passado

O Grupo de Estratégia não funciona e precisa ser eliminado, defendeu Bernie Ecclestone. O britânico de 84 anos quer que ele e o presidente da FIA voltem a exercer uma liderança mais efetiva sobre o Mundial de F1.
 
Criado em 2013 para dar poder às equipes, o Grupo de Estratégia vem agindo pouco e de forma lenta. Essa ‘democracia exagerada’ está fazendo mal para a categoria, argumentou Ecclestone, que por isso gostaria de ver mais verticalidade nas decisões.
 
Para isso, no entanto, é preciso se unir com Jean Todt – como acontecia entre ele e o antigo presidente da FIA, Max Mosley.
E olha aí quem também esteve em Sepang: Bernie Ecclestone (Foto: Getty Images)
“Precisamos parar de ficar conversando com todos e pedindo opiniões. O problema é que estamos com algo que é democrático demais, e Jean não concorda com as coisas. Eu o disse outro dia: ‘Se você vier com uma ideia plausível, sobre o que for, eu vou te apoiar. E o mesmo, se nós chegarmos para você com algo plausível, você deveria nos apoiar’”, contou o detentor dos direitos comerciais da F1 à revista inglesa ‘Autosport’.
 
“Deveríamos dizer entre nós ‘estas são as regras do campeonato, se você quiser, ótimo, senão, nós entendemos. É muito difícil para os construtores concordarem entre eles. Se você fosse da Mercedes, não iria querer mudança alguma”, ressaltou.
 
Ecclestone completou: “Na última reunião do Grupo de Estratégia, nada foi definido, nem mesmo a data da próxima reunião. Poderíamos ter votado em algo e então colocado em prática, mas nada”.

Bernie não é o único. Equipes como a Red Bull, a Toro Rosso, a Force India e a Manor, e até mesmo a Pirelli, fornecedora de pneus e patrocinadora da F1, mostraram crer que o Grupo de Estratégia não é mais a melhor forma de se definir os rumos da F1. Graeme Lowdon, diretor da Manor, disse que o Grupo de Estratégia "não tem estratégia".

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