Ecclestone relata queda de braço pelo poder nos bastidores e diz que Mercedes e Ferrari vão destruir F1

Bernie Ecclestone está muito insatisfeito com a forma como Mercedes e Ferrari, especialmente, estão lidando com as propostas de mudanças que ele o presidente da FIA, Jean Todt, têm para a partir da temporada 2017. Para Bernie, ambas estão trabalhando de forma egoísta e vão obrigar a F1 a se destruir

Bernie Ecclestone se vê, no momento atual, num dos períodos mais complicados dos seus muitos anos à frente da F1. Após a última reunião do ano do Conselho Mundial de Automobilismo, na última semana, o chefão do Mundial está incomodado com Mercedes e Ferrari impedindo as mudanças que ele quer fazer para tornar a F1 mais competitiva a partir de 2017. Mesmo com a vitória que tiveram na reunião.
 
Segundo Ecclestone, há uma queda de braço muito forte na F1 na disputa pelo poder. Em entrevista à rede de TV inglesa BBC, Bernie disse que a Ferrari mandou uma carta legal dizendo que a FIA não tem o direito de dar a ele poder de realizar mudanças. Na carta, dizia que ele e o presidente da FIA, Jean Todt, não devem "fazer recomendações e tomar decisões com relação às situações mais importantes na F1, como governabilidade, unidades de força e redução de custos".
 
"Estamos tentando salvar o esporte e essas pessoas estão tentando trabalhar para seu próprio bem", disse um irritado Bernie.
"Tão acabando com a gente, ô", diz, provavelmente, Bernie Ecclestone para Maurizio Arrivabene (Foto: AP)
Para o chefão, Ferrari e Mercedes, por fornecerem unidades de força para mais de meio grid, têm "completo controle" da comissão – que é o último grande passo antes do Conselho Mundial. Segundo ele, qualquer decisão tomada por uma das companhias é recebida com aleluias pelos outros membros.
 
"Quando Toto Wolff levanta as mãos e diz que o Natal vai ser em 26 de dezembro, todo mundo concorda. O mesmo com a Ferrari. Há todos os tipos de coisas que sabemos que podemos fazer e devemos fazer para a F1 voltar ao caminho onde deve estar, porque estamos no show business. Estamos aqui para entreter os públicos. Não estamos aqui para a Mercedes fazer uma demonstração dos seus carros. Ou a Ferrari", disse o poderoso.
 
"A única coisa que podemos fazer é ignorar o que a Ferrari disse e seguir em diante e dizer 'você tem uma chance – pode sair ou ir à justiça e ver o que pensam'. Eu acho que se fossemos para a justiça, ganharíamos fácil", seguiu.
 
Em resposta, a Ferrari disse que a carta apenas esclarece posições já colocadas antes no Conselho Mundial. "A intenção é simplesmente garantir os princípios de governabilidade". A equipe ainda disse que a ideia de Ecclestone de que ela e a Mercedes comandam a Comissão da F1 é um "pressuposto discutível". Por fim, garantiram a data do Natal.
 
"Até onde a Ferrari sabe, o Natal vai ser em 25 de dezembro esse ano e no futuro", respondeu alfinetando.
 
Seguindo, Ecclestone voltou a expressar suas opiniões ruins sobre os motores turbo e híbridos – são ruins para o esporte. Mas ele crê que a Mercedes não quer mudar pelo domínio e a Ferrari não quer mudar pois estão os perseguindo. Disse que a Mercedes "deu muita ajuda" para a evolução ferrarista.
 
Ecclestone quer um motor bem mais simples que possa custar cerca de R$ 45,3 a R$ 66 milhões menos do que os atuais. Antes, Bernie e Todt sugeriram um motor mais barato que usasse a "fórmula de equivalência" para competir de igual para igual com os outros. Depois do primeiro projeto ser rejeitado pelas equipes, agora querem mesmo é que os atuais motores saiam de cena completamente. 
 
"As regras são para um motor que qualquer um possa fazer. Mas seria o mesmo para todo mundo, ninguém com vantagem ou desvantagem", falou. Mas Bernie garante que não liga para qual fábrica fosse responsável pela unidade de força, contanto que seja "mais simples e barata".
Mercedes e Ferrari duvidam uma da outra, brigam uma com a outra e se defendem de quem tenta atacar (Foto: Getty Images)
"Estamos ajudando uma montadora. Porque não faz muita diferença para a Ferrari em termos de que motor eles fazem. Ajuda a Mercedes. Então vamos destruir a F1, por assim dizer, por causa de uma construtora que deixaria o grid como as outras porque interessa – BMW, Toyota, elas se vão quando é favorável", continuou.
 
A defesa da Mercedes em resposta a Ecclestone foi diferente da dada pela Ferrari. A fábrica de Stuttgart apenas destacou quatro pontos da ligação que tem com a F1: "a Mercedes está continuamente envolvida na F1 desde 1993 e comprometida até 2020; competiu em 25 temporadas da F1, quase 40% da história do campeonato; é parceira comercial do grupo de Ecclestone na F1 e fornece os carros de segurança e médico desde 1996; todas as quatro montadoras envolvidas na F1 competiram em ao menos 25 temporadas: 66 da Ferrari, 37 da Renault e 25 da Mercedes e da Honda. São quatro das montadoras mais leais na história do esporte".
 
Ecclestone não terminou sem ainda puxar o tapete de Nico Rosberg. Para ele, a F1 estaria numa melhor situação melhor fosse Sebastian Vettel, Fernando Alonso ou Daniel Ricciardo ao lado de Lewis Hamilton na Mercedes.
 
"Bem, provavelmente seria muito melhor. Porque eu sei que eles tinham 1s, 1s5 por volta no bolso nessas últimas corridas. Mostra como Lewis foi capaz de usar isso, ao contrário de Rosberg. Ele usou nas três últimas provas porque acho que Lewis estava dormindo", terminou.

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Posted by Grande Prêmio on Terça, 8 de dezembro de 2015


 

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