‘Elemento surpresa’, Bottas ratifica supremacia da Mercedes em Abu Dhabi. Mas favorito à vitória é Hamilton

Diferente do que aconteceu há duas semanas em Interlagos, desta vez Valtteri Bottas superou o piloto mais forte do grid em ritmo de classificação. No confronto contra Lewis Hamilton, o finlandês mostrou novamente que a Mercedes sobra em Yas Marina. Azar das rivais. O abismo exibido neste sábado (25) indica um novo passeio prateado, como vem acontecendo desde 2014, mas com ligeiro favoritismo para o tetracampeão

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Talvez nem mesmo o fã mais fervoroso de Valtteri Bottas esperava vê-lo comemorando a pole-position do GP de Abu Dhabi. Mas ela veio depois de uma volta perfeita na noite deste sábado (25). Méritos para o piloto finlandês, na posição de honra pela quarta vez na temporada e segunda de forma consecutiva, mas a surpreendente conquista só foi sacramentada depois de um erro de Lewis Hamilton em sua última tentativa. Sobrando em Yas Marina, o tetracampeão indica ser o grande favorito à vitória no domingo, até considerando seu retrospecto de três triunfos no circuito árabe (2011, 2014 e 2016). 

 
Ainda que a temporada viva aquele clima de fim de feira, a pole-position foi muito importante para Bottas, que precisava responder à Mercedes depois de uma atuação muito passiva no GP do Brasil. Sem a presença de Hamilton na classificação em Interlagos, Valtteri ganhou o duelo contra Sebastian Vettel e marcou a pole, mas foi ultrapassado pelo alemão na largada e não conseguiu lutar pela vitória. Toto Wolff disse que Bottas precisa daquele “instinto matador”.
 
Mas a resposta, ou o começo dela, foi dada por Valtteri nesta noite: “Eu sou um bom piloto”, riu o finlandês logo após comemorar a pole. “As coisas vêm melhorando durante todo o fim de semana e também na classificação. Busquei um pouco de tempo aqui e ali e consegui me sentir muito bem no carro. Fiz uma volta muito boa no Q3, a primeira tentativa foi o bastante e fiquei muito feliz. Estou engasgado desde o Brasil, quando consegui a pole, mas perdi a vitória. Tenho um objetivo claro para amanhã”, avisou.
Se der a lógica, a vitória em Abu Dhabi vai ficar na mão de um desses dois (Foto: Mercedes)
A dúvida é se o nórdico vai lançar mão desse instinto matador em uma disputa com Hamilton na primeira curva em Abu Dhabi. Com os dois largando na primeira fila, é possível, uma vez que Bottas deixou claro que não vislumbra outra meta que não seja subir no topo do pódio na despedida da temporada. Seria um belo desfecho de uma temporada marcada pela intensa pressão por resultados, a renovação de contrato por mais um ano com a Mercedes e, no segundo semestre, uma abrupta queda de rendimento. Queda amenizada nas últimas etapas.
 
Hamilton deu os parabéns a Bottas pela baita performance na classificação. “Ele fez uma classificação incrível, então parabéns a ele, que fez um trabalho excepcional, então estou muito, muito feliz por ele. Foi a última classificação do ano, dei tudo o que pude”, salientou.
 
Obviamente, sua meta para domingo também é fechar a prova no topo do pódio para coroar uma temporada quase perfeita. Mas Lewis não vai colocar em risco uma provável dobradinha prateada e tampouco a harmonia interna na equipe, até considerando que Valtteri precisa mais do resultado e ainda alimenta chances (remotíssimas) de terminar 2017 como vice-campeão. De forma que vai ser a largada a grande chave da corrida, a não ser que pinte algum safety-car para embaralhar o jogo estratégico.
 
A Ferrari decepcionou na classificação. Bem diferente de sexta-feira, quando a equipe italiana e até a Red Bull indicou que poderia andar mais perto e ameaçar a supremacia da Mercedes, o sábado refletiu a dura realidade nesta fase final da temporada, ao menos em ritmo de classificação. Em teoria, as duas rivais da Mercedes têm ritmo de corrida melhor e reúnem capacidade para engrossar um pouco mais o negócio. Mas a prova é em Abu Dhabi, uma pista que quase não permite ultrapassagens, então não dá para esperar corrida das mais brilhantes e tampouco que a Mercedes seja desafiada na briga pela vitória.
Sebastian Vettel não conseguiu fazer frente à supremacia prateada em Yas Marina (Foto: Ferrari)
Vettel reconheceu o poderio da Mercedes depois de se ver 0s5 mais lento que o tempo da pole. “É uma pena ficar tão atrás. Mas acredito que a gente pode ficar mais próximo durante a corrida. Dá para ficar mais próximo, mas eles estão muito fortes”, admitiu.
 
É mais razoável que Yas Marina veja uma disputa entre Vettel e Daniel Ricciardo pelo pódio. Essa é, pelo menos, a expectativa do sorridente australiano, que ficou bem mais feliz que seu companheiro de equipe, Max Verstappen, que não se achou neste fim de semana.
 
Foi um sábado de sentimentos distintos dentro da Red Bull. Verstappen ficou bem insatisfeito com sua performance. “A sessão foi ruim. Durante todo o fim de semana fiquei brigando com o equilíbrio do carro e não fiquei feliz com isso. Às vezes você tem de aceitar que não é seu dia. Estou brigando muito com o carro”, afirmou o jovem, sexto colocado no grid. Ricciardo teve um discurso mais otimista. “A primeira volta no Q3 foi muito ruim, mas conseguimos encaixar tudo na última volta e foi bom, superando uma Ferrari. A segunda fila é apertada o bastante para lutar amanhã. Tudo o que preciso é de uma boa largada”, avisou o dono do carro #3.
Felipe Massa se despede da F1 tirando tudo de um carro bem inferior ao de rivais diretos (Foto: Williams)
Na briga pelo ‘título’ de melhor do resto em Abu Dhabi, há a perspectiva de uma bela briga envolvendo Renault, Force India, Williams e McLaren, mais ou menos num cenário visto em São Paulo. Fernando Alonso vem de um bom resultado em Interlagos e vai estar na luta contra a dupla da Force India, Sergio Pérez e Esteban Ocon, Nico Hülkenberg e Felipe Massa. Para o brasileiro, trata-se de um momento dos mais especiais. Depois de fazer uma classificação muito boa considerando o bom carro que tem em mãos — e enfiando 1s1 de frente para o colega Lance Stroll —, obviamente Felipe vai buscar de todas as formas terminar sua carreira em alta, de preferência nos pontos e lutando contra pilotos com equipamento reconhecidamente melhores que o da Williams. 
 
“Estou muito feliz com a classificação e com a minha volta. Passei para o Q3 e tirei o melhor do carro. Estou encerrando [a carreira] com minha cabeça erguida em mostrando que estou no auge da competitividade”, falou Massa. “Estou muito feliz com o que alcancei e estou ansioso para a corrida amanhã. Marcar alguns pontos seria ótimo”, declarou o brasileiro.
 

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A pontuar, também, a boa posição de largada de Hülkenberg. Se o alemão conseguir manter a sétima colocação e a Toro Rosso não pontuar, a Renault vai terminar à frente dos italianos no Mundial de Construtores, na sétima colocação, faturando um prêmio R$ 21 milhões maior do que vai receber se finalizar em sétimo. Seria um bom prêmio para a ousadia da equipe aurinegra. Por outro lado, caso tal cenário se confirme, a Toro Rosso pagaria caro, quem diria, por abrir mão de Daniil Kvyat para contar com dois pilotos de reconhecido talento, porém sem experiência para lutar lá na frente por bons pontos.

 
Aliás, a Toro Rosso andou muito mal em todo o fim de semana, em alguns momentos até atrás da Sauber. Uma enorme decepção para quem pintou no começo da temporada com possibilidade de brigar ali no meio das cinco melhores equipes do grid. A situação é tão complicada que nem a punição de 20 lugares no grid imposta a Brendon Hartley — pela quarta vez em quatro corridas — foi sentida. O novato neozelandês não passou da última posição do grid árabe. Um verdadeiro clima de fim de feira pelos lados de Faenza.
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