Em carta, Ecclestone rejeita pedidos e diz que “agora é tarde demais” para cancelar GP do Bahrein

Dirigente supremo da F1, Bernie Ecclestone ironizou os muitos protestos que estão acontecendo na semana do GP do Bahrein e disse que as reclamações deviam ter sido feitas em setembro de 2012, quando o calendário do Mundial de F1 foi aprovado

Bernie Ecclestone mais uma vez respondeu àqueles que criticam a realização do GP do Bahrein e que estão pedindo o cancelamento da quarta etapa do Mundial de 2013, que está marcada para este domingo (21). Em carta divulgada nesta quarta-feira (17), o chefão da F1 ironizou os pedidos recentes feitos por organizações não-governamentais e reafirmou que o GP acontecerá normalmente neste fim de semana.

No início dessa semana, quatro organizações não-governamentais defensoras dos direitos humanos procuraram não só Ecclestone, como também a FIA, as equipes e os pilotos, pedindo pela não realização da corrida barenita. Embora alguns patrocinadores estejam evitando expor suas marcas no GP do Bahrein, trocando essa etapa pelo GP de Abu Dhabi, isso não foi suficiente para afastar a F1 do Bahrein. Nem mesmo o apelo do Parlamento britânico sensibilizou Bernie.

Protestos contra a F1 tem sido constantes nas últimas semanas no Bahrein (Foto: Divulgação)

Na carta que escreveu, Ecclestone disse que “é uma pena que isso não tenha sido trazido até mim antes de setembro de 2012, quando o calendário do Mundial de F1 foi elaborado, e agora é tarde demais para fazer quaisquer mudanças ao calendário”.

“Eu não recebi nenhuma reclamação de nenhum jornalista demonstrando preocupação com o credenciamento para a corrida desse ano”, completou Ecclestone.

Em 2011, o GP do Bahrein precisou ser adiado e, posteriormente, cancelado, justamente por conta da situação complicada que o país vive. A maioria xiita alega que a minoria sunita, que está no poder, a oprime e desrespeita os direitos humanos. No ano passado, a Force India desistiu de participar do segundo treino livre da sexta-feira depois que uma bomba explodiu perto de um carro que transportava membros da equipe.

Nesta semana, o grupo de hackers Anonymous também prometeu agir contra a indiferença da F1 com relação à crise política do Bahrein e “destruir a festinha” de Ecclestone e da realeza barenita.

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