Em dia marcado pelo equilíbrio em Hockenheim, clima vira elemento chave para apontar favoritos

Os primeiros dois treinos livres na Alemanha foram marcados por um interessante equilíbrio entre as três equipes de ponta. A Red Bull, é bem verdade, liderou as duas sessões, mas Mercedes e Ferrari se apresentaram melhores em ritmo de corrida. O que pode pesar em favor de uma ou de outra é clima do fim de semana: sábado de chuva e domingo mais frio que a sexta-feira

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A F1 deu o pontapé inicial para o GP da Alemanha com os dois primeiros treinos livres em Hockenheim, nesta sexta-feira (20). E as atividades germânicas acompanharam um interessante equilíbrio entre as três primeiras colocadas da tabela de classificação. Como vem acontecendo desde o início do ano, o Mundial realmente parece separado entre o trio Ferrari-Mercedes-Red Bull e o restante – e esse segundo grupo tem claramente a Haas na liderança. Falemos, então, do pelotão ‘A’: o que se viu foram performances muito próximas entre os seis carros, ainda que pese a escolha dos pneus. Quem levou a melhor foram os taurinos, mas isso não quer dizer que são os favoritos. 
 

É bem verdade que Max Verstappen – o líder no treino da tarde – e Daniel Ricciardo – que comandou a sessão matutina – apresentaram um desempenho muito bom ao longo do dia. O carro austríaco provou ser equilibrado e rápido, e permitiu aos dois bons tempos no primeiro setor da pista. Mas o destaque fica mesmo para a velocidade imposta pela dupla na parte mais seletiva do circuito alemão – o trecho do Estádio. Ninguém andou tão bem quanto eles.
 
Mas só isso não o bastante para encarar Ferrari e Mercedes. O que preocupa é que a Red Bull não conseguiu performance significativa com os pneus ultramacios e médios, embora Ricciardo tenha obtido a melhor média com os macios, andando na casa de 1min18s3, contra 1min18s4 de Valtteri Bottas, por exemplo. Talvez por isso a esquadra tenha dedicado tanto tempo na sessão vespertina ao ritmo de corrida. Que não é ruim, mas ainda não está na briga com as duas rivais. Para piorar tem a questão da punição de Daniel, que vai jogá-lo lá para trás no grid. Aí o desempenho em prova precisa ser muito bom para aproveitar os bons pontos de ultrapassagem que o circuito alemão possui.
Max Verstappen liderou o dia em Hockenheim, mas é favorito? (Foto: Beto Issa)
Nos boxes austríacos, a confiabilidade ainda preocupa. Durante a tarde, apesar do melhor tempo, Verstappen perdeu um tempo precioso nas garagens por conta de uma suspeita de falha da caixa de câmbio. Acabou não se concretizando, mas aí o tempo já tinha passado. De toda a forma, o calor ajudou Max a bater o recorde da pista e a deixar claro que está na briga. “Acho que temos um carro bem equilibrado, o que fica claro por liderar o TL2”, comentou o jovem holandês. 
 
“Foi uma boa surpresa começar competitivo, mas é preciso lembrar que é só uma sexta-feira. Os outros vão melhorar na classificação, mas certamente estamos melhores do que esperávamos. Parece que estamos competitivos, mas precisamos ver como o clima vai se comportar, já que isso pode ter um grande impacto. Não tive a chance de fazer simulação de corrida ainda, mas a sensação é boa. Perdemos algumas voltas por causa de um pequeno vazamento durante a tarde, mas corrigimos rapidamente”, seguiu.
 

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Só que o pode mesmo ajudar a equipe de Christian Horner é o tempo. A previsão aponta uma alta chance de chuva para o sábado de classificação, o que derrubaria também as temperaturas no domingo.
 
E o clima também pode favorecer a Mercedes. Os pilotos andaram muito hoje e focaram no desempenho dos pneus médios, macios e ultramacios – estes últimos porque são o ponto fraco, especialmente em condições de calor excessivo. Nesta sexta-feira, muita gente se queixou do grande desgaste desse tipo de composto. E aí está o problema dos alemães. Mas como a precisão fala em uma queda de temperatura, a chance de um melhor desempenho aumenta, na medida também em que Lewis Hamilton, dono do segundo melhor tempo do dia, e Valtteri Bottas, terceiro melhor, impuseram um ritmo forte com os três tipos de pneus. Não tanto quanto a Ferrari, mas bem próximo. A questão da Mercedes está mesmo no gerenciamento da estratégia.
Lewis Hamilton tem um desafio pela frente: não errar mais (Foto: AFP)
É claro que o clima mais frio vem em uma boa, além das próprias características do técnico circuito germânico, mas as decisões táticas precisam ser acertadas desta vez. A equipe prata não tem mais qualquer chance de errar. Além disso, os rivais ferraristas obtiveram melhores resultados com os pneus médios – a grande vantagem dos prateados.
 
Daí a preocupação do Hamilton ao término da sexta-feira. "O carro estava bom, mas todo mundo está próximo, então ainda temos muito trabalho. Estamos trabalhando em nossas largadas, tentando entender bem os pneus e suas temperaturas. Creio que amanhã e domingo será bem parecido. Vai ser um desafio sério, é uma pista difícil de acertar, então precisamos dar tudo e não temos mais espaços para erros", afirmou.
 
A questão do clima também foi levantada por Sebastian Vettel – o quarto melhor no TL2. “Acho que as temperaturas altas de hoje tiveram um impacto, mas ainda não sabemos como o clima vai estar [nos outros dias]. Amanhã deve chover, mas no domingo deve secar”, continuou o tetracampeão, que apresentou um desempenho dos mais consistentes nesta tarde.
Sebastian Vettel mostrou o melhor ritmo de corrida (Foto: Beto Issa)
Na média, Vettel foi 0s2 mais rápido que Hamilton com os pneus roxos e com os brancos – justamente onde mora a força da Mercedes. A perda sofrida foi apenas com os macios. O clima mais frio não é exatamente aquilo que a Ferrari mais gosta, mas essa Ferrari 2018 se adapta às condições adversas muito mais rapidamente que suas adversárias, e aí que está a força dos italianos. Resta saber como vão usá-la. 
 
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