Em nota, compradora da Caterham aponta falha na transferência de ações e reitera que Fernandes continua dono da equipe

O grupo Engavest AS, organização que adquiriu a Caterham em julho deste ano, reiterou que Tony Fernandes não transferiu as ações da equipe e que, portanto, permanece como dono e tem total responsabilidade pelo time

A organização que adquiriu a Caterham em julho deste ano, o grupo Engavest SA, enviou um novo comunicado nesta quinta-feira (23) e insistiu em dizer que Tony Fernandes, antigo proprietário da equipe malaia, não transferiu as ações no processo de compra e venda e que, portanto, ainda é o dono da esquadra, tendo "total responsabilidade" pelas atividades atuais da equipe, que tem sua sede baseada em Leafield, na Inglaterra.

A nota é o mais novo capítulo do imbróglio pelo qual o time atravessa no momento e que o coloca também em risco na F1. "Em 29 de julho de 2014, a Engavest SA assinou um contrato de compra e venda com Tony Fernandes e o Grupo Caterham para adquirir as ações da 1Malaysia Racing Team/Caterham F1", disse o documento.

Marcus Ericsson é um dos titulares da Caterham na F1 (Foto: Getty Images)

"A Engavest SA tem cumprido todas as condições precedentes, incluindo o pagamento do preço de compra das ações. Mas ações não foram transferidas. Portanto, fernandes continua a ser o dono da Caterham na F1 e é totalmente responsável por todas as suas atividades", continuou.

Nesta quarta-feira, a atual direção da Caterham, representada no mundo da F1 por Manfredi Ravetto e Colin Kolles, anunciou que vai se retirar das atividades da equipe e devolver o comando do time verde para Fernandes.

O empresário malaio, que comanda a companhia aérea Air Asia e é presidente também do Queens Park Rangers na liga inglesa de futebol, se defendeu das acusações por meio de seu perfil no Twitter, atacando os atuais proprietários, alegando que foram os novos donos os que deixaram de cumprir as obrigações contratuais. “Se você compra algo, deve pagar por isso. Simples”, afirmou.

Além disso, a Caterham Sports Limited (CSL), que fabrica presta serviço para a 1 Malaysia Racing Team (1MRT), companhia malaia que ainda opera a equipe da Caterham na F1, sofreu uma intervenção judicial e agora está sob o controle de uma firma administradora independente, que fechou a fábrica, mantendo os carros do time dentro.

A participação da equipe no restante da temporada permanece em dúvida.

Análise: Agonia da Caterham mostra que
F1 não tem mais espaço para aventureiros

Gene Haas que se cuide. A F1 não é nada simpática com as equipes pequenas do grid. A Caterham, que começou como uma aventura do magnata malaio Tony Fernandes, está melancolicamente indo para o buraco.

Leia a análise completa aqui.

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