FIA cria novo sistema para obtenção de superlicença que deixaria Verstappen fora da F1 pela idade e por critérios técnicos

A F2, que sequer está no calendário da temporada 2015, é a categoria com maior peso no novo sistema de pontos criado pela Federação Internacional de Automobilismo para a obtenção de superlicenças para a F1. Pontos são válidos por três anos, e Max Verstappen não estaria apto à superlicença nem por critérios técnicos nem pela idade

A FIA divulgou as novas regras para a obtenção de superlicenças para os pilotos que têm como objetivo competir no Mundial de F1. Diante delas, o recorde que Max Verstappen estabelecerá em 2015, largando para sua primeira corrida aos 17 anos com a Toro Rosso, ficará imbatível: qualquer piloto precisará ter 18 anos completos e uma carteira de motorista para poder solicitar a superlicença.

Mas o mais interessante é o sistema de pontos estabelecido pela federação, que inclui 11 categorias e dá maior peso a uma que sequer será disputada na temporada 2015: a F2. Importante até a década de 1980, o campeonato acabou e depois só foi disputado entre 2009 e 2012. A entidade tem planos de relançá-la outra vez.

Além de ser obrigado a disputar pelo menos duas temporadas completas em categorias de base — Verstappen fez apenas uma, na F3 Europeia, em 2014 —, o piloto precisará, em um período de três anos, somar ao menos 40 pontos dentro do critério criado.

Max Verstappen acompanha TL1 em Abu Dhabi (Foto: Getty Images)

As categorias que darão passe livre para o campeão chegar à F1 serão a F2 (60 pontos), a GP2 (50), a F3 Europeia, a classe LMP1 do WEC e a Indy (40). Na F2, segundo e terceiro colocado também ficarão elegíveis; na GP2, o vice-campeão receberá 40 pontos. Nesses campeonatos, os dez primeiros colocados serão premiados, sendo que o décimo receberá três pontos na F2, dois na GP2 e um nas demais.

Verstappen, com o terceiro lugar na F3 Europeia, somaria apenas 20 pontos.

GP3 e World Series valerão 30 pontos para o campeão — ao todo, nove pontuarão —, Super Fórmula, 20, campeonatos nacionais de F3 e F4, 10, e F-Renault ALPS, NEC ou Europeia, cinco.

FIA divulgou novas regras para a obtenção de superlicenças para a temporada 2016 (Foto: Reprodução)

É mantida a regra de que o piloto também deverá percorrer pelo menos 300 km de testes em um período máximo de dois dias, desde que com um carro “representativo, consistentemente em velocidade de corrida” completados até 180 dias antes da requisição da superlicença. Antes, o texto falava em carro "atual", mas isso é difícil dadas as restrições que existem a treinos fora dos finais de semana de corrida.

Para a renovação da carteira de piloto de F1, será mandatório que o competidor tenha disputado cinco GPs na temporada anterior ou 15 nos três últimos anos.

Aqueles que quiserem participar de treinos livres às sextas-feiras de GP precisarão já possuir uma carteira internacional A, uma carteira de motorista e ter mais de 18 anos.

FORTES DEMAIS
Apesar da má fase, a Ferrari pode, sim, reagir e passar a representar uma ameaça em breve. É o pensamento de Toto Wolff, diretor-executivo da Mercedes, que alertou para a força da parceria formada com o recém-contratado Sebastian Vettel. A Ferrari, por toda a estrutura e tradição que tem, com Vettel, um tetracampeão, vão dar juntos início a um novo ciclo, e é de se esperar, na visão de Wolff, que o time consiga um resultado melhor do que o da temporada 2014.

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HÜLK: CARROS FICARAM MAIS DIFÍCEIS EM 2014
A temporada de Nico Hülkenberg foi até acima do esperado. O piloto da Force India pontuou nas dez primeiras provas do ano e foi o principal chamariz da equipe em sua melhor temporada desde que foi criada. Mas as coisas não foram tão tranquilas com o novo V6 turbo. Segundo Hülkenberg, guiar o carro que a F1 passou a usar em 2014 é mais difícil que os impulsionados pelos V8 aspirados que eram utilizados até 2013. Para o alemão tem sido mais complicado guiar em 2014 especialmente por causa da diminuição de downforce.

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MELHORES DO ANO
 
E assim, como num passe de mágica, 2014 passou. Foi rápido mesmo. Se Vettel decepcionou, a Mercedes dominou e o medo de acidentes fatais voltou à F1; se a Ganassi não correspondeu e Will Power fez chegar o dia que parecia inalcançável; se Márquez deu mais um passou para construir uma dinastia; se Rubens Barrichello viveu sua redenção, tudo isso é sinal das marcas de 2014 no automobilismo. Para encerrar e reforçar o que aconteceu no ano, a REVISTA WARM UP volta a eleger os melhores do ano.

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