Haas deixa desenvolvimento do VF16 para trás e já trabalha em novo carro: “Nosso foco já está em 2017”

A Haas tem sido um dos grandes destaques da F1 em 2016. Aguardada com grande expectativa por ser a primeira equipe a ingressar no Mundial num espaço de seis anos, a escuderia norte-americana de Kannapolis impressionou por levar Romain Grosjean aos pontos logo de cara. Ao todo, a Haas soma 22 pontos e ocupa a oitava colocação do campeonato dos Construtores, à frente da Renault, Sauber e Manor.

 

Até mesmo considerando os pontos somados e também uma falta de perspectiva de bons resultados, sobretudo de Sauber e Manor, a Haas já começa a pensar em 2017. O novo regulamento técnico que vai entrar em vigor no ano que vem vai proporcionar uma série de mudanças nos carros, que devem ser mais arrojados e desafiadores aos pilotos. 

As radicais mudanças no aspecto técnico fazem com que a Haas mude o foco para o ano que vem, deixando para trás o desenvolvimento do VF16, atual carro de Grosjean e do mexicano Esteban Gutiérrez que, diferente do francês, faz um campeonato bem apagado.

 

Guenther Steiner, já em Spielberg para a disputa do GP da Áustria, confirmou que a Haas trabalha pensando no ano que vem. “Já estamos desenvolvendo no túnel de vento, como acredito que todo mundo está fazendo, de modo que nosso foco principal já está em 2017. Já não estamos mais concentrados em 2016”, comentou o dirigente italiano.

 

“Ainda é possível fazer coisas em 2016, e vamos terminar melhor do que qualquer um poderia esperar em nossa primeira temporada, de modo que já nos concentramos no ano que vem. Se concentrarmos em 2016, estaremos trabalhando num carro que faltam 12 corridas. Entretanto, o carro do ano que vem será para um ciclo de cinco anos, de modo que é muito bom ter uma boa base para começar”, afirmou o chefe da Haas.

 

Steiner entende que é positivo desde já trabalhar com uma boa base e conseguir abrir uma nova era da F1 com o pé direito. Até porque, considerando a atual conjuntura, é muito difícil mudar a ordem de forças da F1.

 

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“É quase impossível mudar. Veja a Mercedes, por exemplo. Seu primeiro carro foi um canhão e não houve ninguém capaz de pará-los”, afirmou Steiner, fazendo menção à nova ‘Era Turbo’, quando a equipe prateada passou a dominar a F1, a partir de 2014. “Todo mundo se aproxima, mas dar um salto grande é impossível porque temos restrito o uso até do túnel de vento, de modo que ninguém pode melhorar muito”.

 

“Por isso nos concentramos no ano que vem porque não se trata somente de 2017, mas também dos próximos cinco anos”, justificou o chefe da equipe norte-americana.