Insatisfeito com proposta de distribuição de dinheiro, Horner diz que times não estão na F1 "para patrocinar um ao outro"

Christian Horner, chefe da Red Bull, e Toto Wolff, diretor-executivo da Mercedes, não se mostraram exultantes com a possibilidade de a F1 mudar a forma de distribuir sua renda entre as equipes como forma de salvar times menores

Com o campeonato vendo seu final cada vez mais próximo, a F1 resolveu olhar de verdade para a questão das dificuldades das equipes menores, especialmente Caterham e Marussia, que nem sequer estiveram nos Estados Unidos e não estarão no Brasil. As equipes grandes não parecem dispostas a grandes atos de altruísmo para salvar ou tornar a F1 mais atrativa a times menores.
 
Chefe da Red Bull, Christian Horner aliviou as críticas dizendo que é "muito legal" o que o diretor-geral da F1, Bernie Ecclestone, está considerando fazer, mudando a forma como o dinheiro é distribuído na F1. Em seguida, Horner disse que não está certo de que isso salvaria as equipes, e que a mudança atrapalharia as equipes grandes.
 
"É muito legal que Bernie faça essa sugestão. Todos os times negociaram seus acordos com a detentora dos direitos comerciais, e acho que é um ponto que precisa ser perguntado a ele sobre a distribuição de dinheiro. Nós assinamos acordos, e não estou convencido de que se você dobrar o dinheiro para Caterham e Marussia, resolveria seus problemas. Seus problemas são mais fundamentais em quais são os fatores que direcionam o custo do que a receita", disse. 
Toto Wolff (ao centro), Christian Horner (à esquerda) e Éric Boullier (à direita) (Foto: Divulgação/Twitter)
"Temos grandes pressões orçamentárias, e tenho de operar dentro do nosso orçamento. Se a detentora de direitos comerciais quiser colocar mais dinheiro para os times pequenos, então é sua escolha e responsabilidade. Times estão aqui para competir, não para patrocinar um ao outro", seguiu Horner.
 
"A Ferrari está muito focada em aumentar o bolo, não mudar o corte. Não temos que reagir com mais do que a situação pede. Primeiro precisamos olhar para como aumentar a renda, essa é a prioridade. Depois, temos de nos certificar de que quem queira entrar saiba o desafio que é a F1. O esporte é inovação, e inovação custa dinheiro, muito investimento e investimento de longo-prazo. Então, continuamos investindo na F1. É nossa meta", analisou.
 
Outro dos poderosos das equipes mais ricas, o diretor-executivo da Mercedes, Toto Wolff foi na mesma linha que Horner. Disse, de forma evasiva, que se assim for decidido, vai sentar e conversar.
 
"Sabemos o motivo pelo qual terminamos aqui. Foi importante para Bernie assinar de novo com times grandes que são maioria na F1.  Hoje, nos vemos em situação ruim onde dois dos times menores sairam e outros têm dificuldades. É uma questão para discutir com Bernie. É sua escolha, e se as assim chamadas grandes equipes puderem ajudar, vamos sentar e conversar", falou.
 
"Como Mercedes, não sinto que somos o alvo primério porque estamos distantes do que alguns dos outros times ganham, então vamos ver o que Bernie pensa", encerrou.
 
Enquanto o futuro da divisão orçamentária da F1 não é conhecida, a temporada 2014 chega ao brasil no próximo dia 9. O GRANDE PRÊMIO acompanha 'in loco'.
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