Lauda ataca e vê “preocupação com futuro da F1” por propostas do Liberty. Chefe da Mercedes pede denominador comum

Niki Lauda não se fez de rogado em afirmar que as propostas do Liberty Media - e a pouca ação - estão fazendo com que ele se preocupe com o futuro do Mundial de F1. De acordo com Lauda, até a correta ideia do teto orçamentário está sendo colocada de forma equivocada. Toto Wolff foi bem mais brando, mas deixou claro que está ao lado de Lauda num choque contra o Liberty

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O primeiro ano completo do Liberty Media nas rédeas da F1 termina com muitas ideias expostas, algumas propostas e nenhuma unanimidade. Foi o que deixou claro mais uma vez o tricampeão mundial e presidente não-executivo da Mercedes, Niki Lauda, expôs todas as preocupações sobre o futuro da F1. E o diretor-executivo da Mercedes, Toto Wolff, corroborou as declarações em entrevista acompanhada pelo GRANDE PRÊMIO.

 
Lauda falou no domingo ao jornal italiano 'La Gazzetta dello Sport' e mostrou enorme discordância sobre algumas questões. Não é segredo que o novo motor proposto para a FIA para ser utilizado a partir da temporada 2021 desagradou a Mercedes e algumas outras equipes. Partindo desse princípio, Lauda disparou. Um ponto que Lauda tocou foi que a F1 não precisa e não deveria ter uma alternância tão grande de equipes vencendo corridas. É contra o DNA, ele afirma. Assim como o Halo, que fez Niki dizer que é tratar os pilotos "como bebês".
 
"Estou preocupado. Era OK que os novos donos americanos precisassem de tempo para entender o que a F1 é, mas esse tempo está quase expirando e o que eles pensam para o futuro me preocupa", disse. "A FIA, Chase Carey e Ross Brawn repetem que precisamos nivelar o desempenho, mas o DNA da F1 vai numa direção oposta a isso", seguiu. 
Toto Wolff e Niki Lauda vão estar à frente da Mercedes pelo menos até 2020 (Foto: Getty Images)

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"Você é um tolo se acha que fazer com que haja um vencedor a cada corrida é o que a F1 precisa para se tornar mais atrativa. A F1 é competição. Desenvolver carros é uma das fundações importantes, assim como a coragem dos pilotos", apontou. "Em vez disso [o Liberty] quer penalizar as melhores equipes e proteger os pilotos como se fossem bebês – com a introdução do Halo, por exemplo", seguiu.

 
No que diz respeito ao desejo do Liberty de criar um teto orçamentário, Lauda até concordou. Mesmo assim, embutiu uma crítica: até aqui, só viu conversa por parte do Liberty e nenhum plano apresentado.
 
"Sim, tenho certeza que encontraremos um meio termo satisfatório, mas o coração do problema é outro. Enquanto o custo cresce por volta de € 70 milhões por ano, a receita diminui. Para onde vamos? Deveria haver ideias para gerar mais dinheiro, mas eu não as vejo", seguiu.
 
"Ouvi Sean Bratches dizer que gostaria de ver os pilotos sendo acompanhados por crianças para o grid. Imitar o futebol é ter boas ideias? A F1 precisa de um projeto mais amplo. Um exemplo: o teto orçamentário. É lógico e correto, mas precisa de um plano de três anos para ser efetuado. O que fazemos com nossos empregados? Demitimos todo mundo e jogamos na sarjeta? Por enquanto, o Liberty apenas anunciou, mas não explicou nada", encerrou.
Niki Lauda e Toto Wolff (Foto: Mercedes)
Aos veículos de imprensa internacional presentes em Interlagos, inclusive o GRANDE PRÊMIO, Wolff deu suporte ao que disse Lauda ainda que de forma bem contida.  
 
"Creio que temos uma coisa em comum: nós, a FIA e o Liberty que queremos que a F1 vá bem. É uma plataforma que Bernie inventou e que funciona há quase 70 anos. Temos responsabilidade de fazer com que continue excepcional e até melhore. Por isso que temos essa diferença de opinião, o que é claro, e agora precisamos achar um denominador comum nessas questões", falou.
 
O que fica claro é que, neste momento, a detentora dos direitos comerciais da categoria e a equipe mais vencedora da F1 estão em rota de colisão.
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