Má performance do motor Honda faz McLaren andar em Melbourne no ritmo de 18 anos atrás

Com um carro problemático em mãos, tempo de Jenson Button foi apenas 0s1 mais rápido que a marca de David Coulthard na classificação do GP da Austrália de 1997. Apesar dos registros parecidos, os resultados foram opostos: Coulthard venceu o GP, enquanto Button larga em penúltimo e torce para não ficar no fim da fila neste domingo

Uma das grandes críticas dos fãs de F1 a respeito dos novos regulamentos diz respeito à velocidade dos carros. Com motores menores e uma aerodinâmica piorada, fica impossível sonhar com os tempos registrados em 2004, auge da rapidez e dos motores V10 na categoria. Porém, a McLaren levou a lentidão a outro nível: com um MP4-30 deficiente em termos de potência e dirigibilidade, os tempos registrados neste sábado (14) em Melbourne só são comparáveis com os registrados 18 anos atrás, na distante temporada de 1997.

Hoje, o sofrível tempo de 1min31s422 anotado por Jenson Button só foi capaz de posicioná-lo em 17º no grid. Em 1997, Coulthard era 0s1 mais lento – 1min31s531 –, mas que era suficiente para lhe dar o quarto lugar. Comparando seus companheiros de equipe, vê-se que Kevin Magnussen, 18º, conseguiu a mesma proeza de 0s1 mais lento que Mika Häkkinen – direto do túnel do tempo, largava em sexto.

Häkkinen durante o treino livre em Melbourne em 1997 (Foto: Getty Images)

Aquele final de semana de 1997 foi bem especial para a McLaren, diga-se de passagem. Com Coulthard, a equipe venceu pela primeira vez desde o GP da Austrália de 1993 – última vitória de Ayrton Senna –, encerrando um jejum de quatro temporadas.

A semelhança de tempos se deve muito mais à deficiência do conjunto atual do que às qualidades do antigo. Se o MP4-30 deste ano empurrado pela Honda se mostra um desastre, o MP4-12 também não era um carro espetacular. Vencendo três corridas, foi capaz de segurar a quarta posição no campeonato de Construtores – algo abaixo do que a equipe de Woking se acostumou a fazer na década de 90.

Button durante o treino livre em Melbourne (Foto: Getty Images)

Além dos tempos registrados, outra coincidência liga as duas temporadas da McLaren. Enquanto 2015 marca o começo de uma nova era com a Honda, 1997 era o primeiro ano, desde 1974, sem patrocínio da Marlboro – substituída pela West. Ainda, Coulthard se juntava à escuderia, formando com Häkkinen uma das duplas mais fortes da equipe, que levaria dois títulos de Pilotos e um de Construtores.

Como se percebe, a safra antiga começou bem mais frutífera do que a atual. Sem chances de brigar com vitórias, como em 1997, resta a Button e Magnussen tentar, nesse domingo (15), cruzar a linha de chegada com alguma dignidade após a pior classificação da história da equipe. E olha que ainda existe um ano inteiro pela frente, que vai passar se arrastando para a McLaren – talvez até mais lento do que o MP4-30.

Bom dia, GP: Temporada começa previsível e preocupante

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O ano virou, mas o domínio da Mercedes e de Lewis Hamilton continua o mesmo. O atual campeão mostrou força e venceu a primeira batalha interna da temporada 2015, ao conquistar com maestria e frieza a pole-position para o GP da Austrália. A Williams recuperou seu posto de melhor do resto com Felipe Massa. Com uma volta precisa nos instantes finais, o brasileiro virou 1min27s718 e garantiu o terceiro lugar. Já o outro Felipe, o Nasr, passou muito perto do Q3 e vai sair em 11º neste domingo, na estreia na F1.

RESPEITO VENDIDO

No momento em que o julgamento na Corte de Victoria iria começar no sábado em Melbourne, o advogado de Giedo van der Garde informou que havia chegado a um acordo com a Sauber e retirado a ação de execução de ordem contra a equipe. Assim, Felipe Nasr e Marcus Ericsson puderam finalmente ficar tranquilos e correr na Austrália. O holandês disse posteriomente que achou melhor respeitar os interesses de FIA, Sauber e dos dois outros pilotos. Sendo que teve um acerto financeiro da Sauber…

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