Maldonado quebra hegemonia dos motores Ferrari e lidera primeiro dia em Barcelona. Nasr sofre acidente

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Enfim um motor que não o Ferrari fechou o dia na primeira colocação na pré-temporada da F1. Foi pelas mãos de Pastor Maldonado que a Lotus, equipada com o V6 turbo da Mercedes, assegurou o melhor tempo desta quinta-feira (19) em Barcelona.

Depois de domínio dos propulsores italianos em Jerez, com dobradinhas Ferrari-Sauber em todos os quatro dias, a história começou diferente na segunda bateria de testes. Maldonado fez seu melhor tempo já no fim da tarde, na hora final de trabalhos, utilizando pneus macios — 1min25s011.

Mas não é porque o nome está na manchete que tudo correu bem para o venezuelano. Pela manhã, o E23 Hybrid parou duas vezes na pista, provocando duas paralisações com bandeira vermelha. As falhas foram resolvidas com certa agilidade e permitiram que o piloto voltasse à pista para percorrer quilometragem superior a de uma corrida no Circuito da Catalunha.

O tempo, porém, não representa muita coisa. Kimi Räikkönen ficou em segundo lugar com a Ferrari com uma marca 0s156 mais lenta, mas usando pneus médios. Daniel Ricciardo ficou em terceiro com a Red Bull, andando na casa de 1min25s547. O australiano chegou a sair da pista no final da reta dos boxes.

Felipe Nasr e Susie Wolff se envolvem em acidente em Barcelona (Foto: Reprodução)

O período da tarde foi marcado por um acidente envolvendo o piloto brasileiro Felipe Nasr e Susie Wolff. Ele foi ultrapassar a escocesa que, segundo os primeiros relatos, não o viu, fechando a porta. As imagens que surgiram depois mostraram a suspensão dianteira esquerda da Williams e a parte traseira direita da Sauber bastante danificadas.

Apesar do choque, a equipe suíça ainda foi capaz de consertar o C34 e enviar o brasileiro de volta à pista na meia-hora final. Wolff, que já tinha dado 83 giros, também retornou ao cockpit nos minutos finais. Ela é pilota de testes do time de Grove e teve apenas esta oportunidade para guiar na pré-temporada.

Nasr terminou o dia na quinta colocação.

Outra história que marcou a quinta-feira foi a substituição de Lewis Hamilton na Mercedes. O campeão mundial, com febre, deu apenas 11 voltas e se retirou dos trabalhos. Como Nico Rosberg, com uma inflamação em um nervo do pescoço, não estava 100% para guiar, a equipe teve de chamar de volta o reserva Pascal Wehrlein, emprestado à Force India. Pois é: o jovem alemão teve a chance de conduzir dois carros de F1 no mesmo dia.

Na Force India, quem recebeu o chamado para ocupar o lugar deixado vago foi o mexicano Sergio Pérez, que anotou o quarto melhor tempo.

O quesito quilometragem foi liderado pela Toro Rosso, com Max Verstappen. O STR10 já havia percorrido muitas voltas em Jerez e segue com a mesma boa durabilidade. O holandês foi o sexto da tabela de tempos e superou a casa dos 90 giros.

A McLaren, pela manhã, deu pequenos sinais positivos. Jenson Button contornou 21 voltas e virou 1min28s182. Esse tempo ficou 0s6 acima da marca que ele mesmo cravou no treino classificatório para o GP da Espanha de 2014. Ou seja, a McLaren-Honda não está tão mal assim. Por outro lado, isso é tudo, pessoal. Um defeito no MGU-K (antigo Kers) exige a troca do motor, e o dia já está encerrado para o piloto.

O GRANDE PRÊMIO acompanha o segundo dia de treinos da F1 em Jerez AO VIVO e em TEMPO REAL a partir das 6h (de Brasília) nesta sexta-feira.

F1, Treinos coletivos, Barcelona, dia 1:

F1 AO VIVO EM BARCELONA

O GRANDE PRÊMIO é o único site de esporte a motor brasileiro que vai acompanhar de perto toda a pré-temporada da F1. O repórter Renan do Couto e o fotógrafo Xavi Bonilla vão trazer todas as informações direto de Barcelona, palco da segunda bateria de testes em 2015.

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O ÚLTIMO RESPIRO

A derrota para Lewis Hamilton no campeonato de 2014 fez Nico Rosberg se mexer para encontrar formas de voltar mais forte em 2015 para conquistar o tão sonhado título da F1. E a preparação vai além de aspectos técnicos da pilotagem e dos carros: até a respiração foi alvo de treinamento por parte do alemão durante o inverno europeu. “Eu tentei melhorar já ao final do GP de Abu Dhabi, que foi porque eu realmente quis participar dos testes depois daquela corrida”, diz Nico ao ser perguntado pelo GRANDE PRÊMIO.

SÓ FALTA ANDAR

Com a nova filosofia do carro de F1 ‘size-zero’ e procurando uma forma de alcançar a Mercedes em busca de vitórias, a McLaren optou por arriscar no projeto do MP4-30. Até aqui, vem garantindo que está tudo bem. Mas falta andar pra valer, e é preciso mostrar evolução nos testes em Barcelona.

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