Marussia notifica Alta Corte de Londres e também deve passar comando para administradores legais, revela jornal

De acordo com o jornal 'Daily Mail', a Marussia deve tomar o mesmo caminho da Caterham. A equipe anglo-russa também entrou com pedido na Alta Corte de Londres e pode passar para as mãos de administradores legais

Assim como ocorreu com a Caterham no início desta semana, a direção da Marussia também pode passar para as mãos de administradores legais. De acordo com reportagem do jornal inglês 'Daily Mail', a equipe anglo-russa entrou com uma notificação na Alta Corte de Londres no começo deste mês, afirmando que pretende pedir a intervenção. O movimento segue o exemplo da rival verde e deixa mais que evidente a frágil situação financeira do time de John Booth.

Em 7 de outubro, a Manor, empresa que opera a Marussia, interpôs na Corte a intenção de nomear um administrador. A equipe é a nona colocada do Mundial de Construtores, com os dois pontos conquistados por Jules Bianchi ainda no GP de Mônaco. O time já acumula perdas na ordem de £ 140 milhões (ou cerca de R$ 555 mi) desde 2010.

Marussia também deve passar para as mãos de administradores (Foto: Getty Images)

Ainda, tanto a Marussia quanto a Caterham, as menores do grid atual da F1, não vão correr nos EUA e no Brasil, as duas próximas etapas do calendário. A informação foi confirmada neste sábado (25) por Bernie Ecclestone. A ausência de ambas vai reduzir para 18 o número de carros — o menor desde o GP de Mônaco de 2005.

Por isso, uma proposta para reverter o quadro já estava sendo acionada por Ecclestone. O dirigente inglês revelou que as equipes de ponta da F1 possuem contratos com o detentor dos direitos comerciais que as obriga a fornecer um terceiro carro às adversárias que estejam atravessando graves crises financeiras. A manobra, entretanto, pode ser feita apenas para evitar um grid abaixo de 20 carros.

"Eles podem fornecer um terceiro carro para alguém se, por exemplo, a Sauber desaparecer. Uma equipe pode entrar em um acordo com a Sauber. A Ferrari pode aparecer e dizer: 'Nós vamos te dar um carro, e vamos ajudar com ele, e apenas queremos que você coloque esses patrocinadores. Sabemos que você tem seus próprios patrocinadores, mas queremos que inclua os nossos e que coloque esse piloto'. Então, esse time não precisa sair, certo? Se a Red Bull decidir fornecer um carro à Caterham, por exemplo, isso poderia resolver seus problemas", afirmou o britânico.

A razão para essa cláusula tem a ver com os contratos entre Ecclestone e os organizadores das provas. Os acordos falam que a "F1 fará um esforço para colocar ao menos 16 carros no evento". No caso de uma violação, o Mundial poderia se ver diante de multas pesadas para com os promotores.

"Nós não temos como introduzir um terceiro carro nesta fase, só porque eles podem perder algumas corridas. Eles perdem todo o dinheiro puseram nessas corridas, mas não perdem a colocação no campeonato. Não tenho ideia sobre os planos da Marussia, mas espero que não coloquem um administrador", completou.

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