Massa diz que se sentiu “um pouco estranho” com convite. E Claire Williams revela alívio com reação “feliz e animada”

Foi com surpresa e também estranheza que, poucos dias depois de ter deixado oficialmente a F1, Felipe Massa atendia a uma ligação de Claire Williams, que o convidava para voltar à equipe britânica. Dias antes, Nico Rosberg havia anunciado, de forma surpreendente, sua aposentadoria do esporte, e a Mercedes agiu rápido ao escolher Valtteri Bottas como principal alvo. Ciente de que estava prestes a perder seu principal piloto após o brasileiro deixar o esporte, Williams não teve dúvidas e entrou em contato com Massa perguntando sobre seu desejo de voltar à F1. E Felipe reagiu de uma maneira que até surpreendeu a dirigente: “Nunca ouvi ninguém tão feliz e animado”.

 

A volta de Massa à F1, antecipada com exclusividade pelo GRANDE PRÊMIO em 20 de dezembro e oficializada na última segunda-feira (16), veio na esteira da confirmação de Bottas como substituto de Rosberg na Mercedes. O ‘quebra-cabeças’ se completava da melhor forma para a Williams, que voltava a contar com um piloto amado pela equipe, que trabalha bem em grupo e que também conta com uma enorme experiência na F1, fundamental em um ano de novo regulamento técnico e também de estreia do jovem Lance Stroll, de apenas 18 anos.

 

Claire Williams lembrou do momento em que ligou para Massa e buscava alternativas para sua equipe com a iminente saída de Bottas. “Eu o abençoei, Felipe anunciou sua aposentadoria, nós tivemos todos os fãs ao redor, e então tive de ligar para meu ex-piloto e dizer: ‘Você gostaria de sair da sua aposentadoria? Você se sente mal sobre isso?’. Mas eu nunca ouvi ninguém tão feliz e animado, então isso foi um grande alívio para nós”, comentou a chefe-adjunta da Williams em entrevista à emissora Sky Sports.

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À mesma emissora, Massa admitiu que se sentiu “um pouquinho estranho” ao considerar deixar de lado os planos de se aposentar da F1, ainda mais depois de se despedir de forma apoteótica, como foi em Interlagos. Mas nada como uma boa conversa para fazer o brasileiro mudar drasticamente os planos e voltar à ativa em 2017.

 

“Depois que nós tivemos esta conversa, foi muito difícil para mim dizer não para não seguir trabalhando para uma equipe que eu amo fazer parte. Especialmente em um ano quando tudo começa do zero, com regras completamente diferentes nos carros, vai ser um ano muito difícil do ponto de vista físico para os pilotos, e eu gosto disso”, salientou o paulista de 35 anos.

 

“Gosto das novas coisas começando, então tenho certeza de que minha experiência pode ajudar a equipe. Espero ter um carro competitivo e evoluir muito desde a primeira à última corrida. Estou muito motivado”, garantiu.

 

E é justamente essa motivação tão grande que faz Claire Williams ficar ainda mais empolgada com o retorno do brasileiro à equipe. “Nós jamais colocaríamos um piloto no carro se nós não acreditássemos que ele pode corresponder. Como todo mundo viu na última corrida do ano passado, ele correspondeu a esta equipe. Ele não perdeu nada da sua motivação. Sei que há muita conversa sobre ‘deixa o cara se aposentar, deixe o cara quieto’… Ele quis voltar. Não acho que ele queira realmente se aposentar, então acho que Felipe vai fazer um bom trabalho neste ano”, comentou a britânica.

 

Massa assinou um vínculo de apenas um ano de duração, com valor de € 6 milhões (R$ 20,6 milhões), conforme antecipou o GRANDE PRÊMIO em dezembro. Na visão de Claire, o tempo de contrato curto para os padrões da F1 será benéfico a Felipe porque vai lhe tirar toda a carga de pressão, por exemplo.

 

“Ele terá um ano apenas para se divertir, e às vezes, quando este é o caso, a pressão é amenizada. Ele só tem de ir lá e corresponder sem se preocupar com qualquer outra coisa. Então estou ansiosa para ver o que ele vai poder fazer e ter essa parceria com Lance, espero que possa funcionar muito bem para nós”, concluiu Claire Williams, empolgada com o futuro da equipe em 2017.

 

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