Massa relata “série de dificuldades”, lamenta progresso insuficiente da Williams e diz que punição em Spa foi excessiva

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Desde o ano passado atrás da Force India, a Williams luta para continuar no top-5 do Mundial de Construtores da F1, mas vem enfrentando muitas dificuldades. Depois do inesperado pódio conquistado por Lance Stroll no GP do Azerbaijão, a equipe de Grove somou apenas oito pontos em quatro GPs, sendo sete deles conquistados por Felipe Massa. Neste período que engloba os GPs de Áustria, Inglaterra, Hungria e Bélgica, a Toro Rosso marcou sete; a Haas, 14; a Renault anotou 16 e até a McLaren foi mais eficiente que a Williams e registrou nove tentos.

 

Massa vê tal período, desde o Red Bull Ring, como negativamente marcante para a Williams, que na visão do piloto registrou um progresso insuficiente em relação às adversárias. Em Spa-Francorchamps, o piloto disse, após a frustrante performance na classificação, que a Williams "está andando para trás".

 

“Você sempre espera ter sucesso na F1 e chegar aos três primeiros lugares, mas as últimas quatro corridas foram uma grande luta para nós, com os problemas que tivemos na classificação. Nossa série de dificuldades começou na Áustria, e as coisas não melhoraram em Silverstone, na Hungria e nem em Spa. É um problema de ritmo puro e ainda não sabemos as causas, especialmente porque é uma situação bastante estranha”, analisou o piloto em coluna escrita para o site norte-americano ‘Motorsport.com’. 

“Na Bélgica, consegui o oitavo lugar que trouxe o mesmo sentimento de uma vitória, especialmente em um fim de semana em que não tínhamos o ritmo dos nossos adversários diretos, como Renault, Haas e a Force India”, explicou. “As atualizações que fizemos para o fim de semana no Red Bull Ring não nos levaram para a frente tanto quanto esperávamos, e nossos oponentes diretos deram um passo. Tudo isso combinado nos colocou nessa situação”, lamentou o brasileiro.

 

Massa também comentou a punição sofrida pelos comissários de prova do GP da Bélgica. No sábado, durante o terceiro treino livre, o piloto da Williams cometeu uma infração ao não reduzir de forma significativa a velocidade do seu carro em trecho sinalizado por bandeiras amarelas duplas. Felipe se defendeu e contou que houve um erro de comunicação, mas mesmo assim acabou perdendo cinco posições no grid, além de três pontos na carteira. Uma sanção considerada excessiva pelo veterano.

 

“Saí de Spa com quatro pontos, mas com um pouco de amargura por uma punição que me foi dada por não respeitar as bandeiras amarelas. Estava cumprindo um long-run naquele momento, não precisava pisar fundo. Então, quando o time me disse ‘bandeira amarela simples, carro parado na pista’, prestei atenção sabendo que esta não era uma situação particularmente perigosa. Ao invés disso, descobri que era uma bandeira amarela dupla, e quando isso acontece, as coisas são tratadas de forma diferente”, escreveu o piloto.

 

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“Fui convocado para ver os comissários e, embora ouvissem as comunicações de rádio entre a equipe e eu, eles me puniram em cinco posições no grid e três pontos na minha licença. Achei um pouco excessiva, considerando que não foi meu erro, e que punições menos severas foram dadas no passado para episódios mais perigosos. Sempre tive cuidado com segurança na F1 e acho que sempre fui um dos pilotos com menor número de pontos na carteira. Mas nessas ocasiões, não conseguiria fazer muito mais para convencer aqueles que me julgavam sobre minhas boas intenções”, concluiu.

 

Com 27 pontos em 12 corridas na temporada, Massa ocupa atualmente a 11ª posição no Mundial de Pilotos, sete atrás de Nico Hülkenberg, o décimo, e três à frente de Romain Grosjean, que aparece em 12º na temporada.