A ligação que recebeu de Luca di Montezemolo na última semana, na qual o presidente fez o convite formal para que Marco Mattiacci se tornasse chefe de equipe da Ferrari, assustou o mais novo homem forte da F1. Em Nova Iorque, onde morava, Mattiacci achou que o contato tratava-se de uma brincadeira de 1º de abril.
"Moro em Nova Iorque e eram 5:58 quando o telefone tocou na sexta (11) pela manhã. Era o presidente Montezemolo e ele me contou qual a ideia. Eu disse a ele que primeiro de abril já tinha passado, mas após dois ou três minutos percebi que era sério. Já tinha uma passagem comprada para ir de Nova Iorque a Milão três horas depois", contou.
Em seu primeiro fim de semana no cargo, deve ter entendido de vez que a coisa é séria. Em entrevista à imprensa presente em Xangai na sexta (18), afirmou que ainda é muito cedo para a esquadra italiana desistir do título do Mundial de Construtores, apesar do começo complicado.
Ainda sem subir ao pódio em 2014, a Ferrari ocupa a quinta posição na tabela do campeonato liderado pela Mercedes. O time alemão, aliás, é o norte da equipe de Maranello para voltar às lutas por vitórias.
"Não vamos desistir. Nossa meta é chegar o mais próximo possível da líder, que no momento é a Mercedes", disse.
"Todos vocês conhecem o ambiente do automobilismo melhor do que eu, e há muitos variáveis que influenciam uma volta, um GP ou um campeonato. Mas essa é a quarta corrida, ainda está muito cedo para tomar decisões. Nosso objetivo de momento é chegar na Mercedes o mais rápido possível, mas não é tarefa fácil", observou.
Bom dia, Vietnã! Chegou o novo chefe (Foto: Getty Images)
O GP da China, primeiro do ex-CEO da Ferrari na América do Norte no novo cargo, serve como objeto de análise. A partir daí, Mattiacci vai conversar com o presidente ferrarista, Luca di Montezemolo, para traçar uma meta de trabalho. O chefe não descartou, inclusive, ir ao mercado para contratar pontualmente.
"Eu vou debater algumas coisas com o presidente, faremos o necessário. Até contratar pessoal, mas com a clara ideia de que não é apenas por contratar. Somente se encontrarmos alguém que trará um valor enorme ao time, que de acordo com todos é do mais alto nível. A filosofia é essa. Será feito o que for preciso", reafirmou.
Sobre sua falta de experiência no automobilismo para assumir uma posição como essa num momento de turbulência um tanto quanto velada na equipe, Mattiacci defendeu que a visão de fora pode trazer vantagens de pensamento não-viciados pela cultura da pistas.
"Às vezes você pode trazer uma nova perspectiva olhando para questões e oportunidades, e o fato é de que preciso provar primeiro na Ferrari, depois na F1, significa que vocês estão na frente de alguém super motivado", contou.
"Tenho algumas experiências, mas a F1 é uma cultura muito específica. O tempo de ação é completamente diferente, e você precisa fazer as coisas acontecerem ontem, não em dois meses, como na montadora", traçou o paralelo.
"Estou chegando com muita humildade para entender e trabalhar duro. É o que posso trazer para o time e os pilotos. Eles têm uma pessoa extremamente humilde que vai ouvir e lutar 150% para ser um facilitador para o melhor uso do talento que temos na Ferrari", encerrou o italiano.
O final de semana em Xangai começou animador para a Ferrari, com Fernando Alonso liderando TL1 e se posicionando em segundo – com Räikkönen em sétimo – no TL2. A corrida acontece no domingo, e o
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