McLaren se esforça para demonstrar tranquilidade apesar da pouca quilometragem com motor Honda

A McLaren-Honda começou sofrendo no primeiro teste da pré-temporada, completando apenas 12 voltas em dois dias. Mas a equipe recorda como a Red Bull pouco andou com a Renault no ano passado e ainda assim conseguiu chegar na segunda posição no GP da Austrália

Está meio devagar o começo de pré-temporada da McLaren-Honda. Nesta terça-feira (3), no terceiro dia de atividades, a equipe espera enfim conseguir fazer o MP4-30 adquirir quilometragem no circuito de Jerez enquanto se esforça para superar os problemas demonstrados pelo motor japonês.
 
No domingo, Fernando Alonso reestreou pelo time inglês diante de arquibancadas cheias e conseguiu dar apenas seis voltas. O V6 da Honda apresentou problemas não revelados pela equipe e não foi capaz de rodar muito.
 
Ao final do dia, o diretor-esportivo da Honda, Yasuhisa Arai, disse que estava tudo resolvido. “Mudamos algo. Amanhã será muito melhor”, comentou. E Jenson Button, assim como Alonso, deu apenas seis voltas. Devagar e com um motor cujo barulho era intermitente. Míseros 53 km em dois dias.
Jenson Button deixa os boxes para sua primeira volta em Jerez (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
E antes fosse apenas em Jerez. Em novembro, quando a equipe montou este motor no carro do ano passado, Stoffel Vandoorne foi capaz de dar somente cinco voltas — aquela versão da unidade de força, no entanto, era bem diferente da que foi preparada para os trabalhos na Espanha.
 
Em meio a todas essas dificuldades, a equipe se esforça para demonstrar tranquilidade. “Testes são testes” — ainda mais o primeiro, quando é hora de checar os sistemas do carro e tudo mais.
 
"Temos sido bem extremos montando nosso carro e todas as soluções técnicas que trouxemos são coisas que acreditamos que iriam nos ajudar a diminuir a distância para a Mercedes. No entanto, ser ambicioso ou corajoso não significa ser confiável, e ainda estamos lidando com problemas elétricos difíceis de resolver", disse o diretor de corridas Éric Boullier.
 
A McLaren vem fazendo questão de ressaltar a ideia de um carro com “size zero”, ou “tamanho zero”, em português. A traseira desenhada por Peter Prodromou é bastante compacta. Para isso, a Honda também teve de se preocupar em fazer uma unidade de força que coubesse ali — um desafio de engenharia.
Traseira compacta do carro da McLaren é um aspecto que chama a atenção no carro (Foto: Xavi Bonilla/Grande Prêmio)
“Eu definitivamente não achava que ia sair e dar volta atrás de volta”, minimizou Button na tarde de segunda-feira. Ele citou que a Mercedes teve um problema de confiabilidade — um vazamento de água depois de Hamilton dar 91 voltas — para ressaltar que as falhas não são exclusividade da McLaren e remeteu ao drama vivido pela Renault na mesma altura do ano passado para exemplificar como é possível reagir nas seis semanas que faltam até o GP da Austrália.
 
“Você olha para onde a Red Bull estava nos dois primeiros testes e mesmo no Bahrein, obviamente tiveram o resultado tirado deles, mas terminaram em segundo lugar no primeiro GP. Muito pode acontecer. E sempre soubemos que o primeiro teste seria difícil. Não é fácil como era antes, só colocar o motor no carro e andar. É um sistema muito complexo. Tivemos algumas coisas que conseguimos resolver e, como disse, amanhã vamos ver onde estamos”, acrescentou.
 
Um novo motor Honda foi montado no MP4-30 para esta terça-feira, e, só na primeira hora do teste, Alonso já igualou as seis voltas dos dias anteriores.
DE NOVO NA FRENTE
Sebastian Vettel, pelo segundo dia seguido, foi o mais rápido dos testes de pré-temporada da F1 em Jerez de la Frontera. O alemão, que agora defende a Ferrari, anotou uma volta em 1min20s984 ainda pela manhã na Andaluzia e não foi mais superado. Um excelente início para seu relacionamento com a Scuderia.
 
E como se repetir o líder já não fosse o bastante, a F1 também viu a Sauber outra vez na segunda posição. Desta vez, com o estreante brasileiro Felipe Nasr. Fazendo seu primeiro treino com a equipe suíça, o campeão da F3 Inglesa de 2011 colocou pneus macios na parte da tarde para saltar de quarto a segundo, com um tempo na casa de 1min21s867 — exatos 0s833 mais lento.

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AINDA NÃO DÁ
A Williams não está andando com o combustível da Petrobras em seus carros e não tem uma previsão de quando vai começar a fazê-lo.
 
Quando a parceria da estatal brasileira com a equipe inglesa foi anunciada, no início da temporada 2014 da F1, disseram que o combustível da Petrobras deveria retornar à categoria com a Williams em 2015. Desde então, a marca da companhia aparece nos carros devido a um acordo promocional.

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