Na Garagem: Barrichello tem pane seca em GP insano com vitória da Jordan em SP

O GP do Brasil de 2003 foi um dos mais malucos de todos os tempos. Aconteceu de tudo em Interlagos, inclusive com o vencedor subindo ao pódio apenas na segunda posição e recebendo o troféu pela vitória 15 dias mais tarde

 

Nenhum dos 20 pilotos que alinharam no grid de largada do GP do Brasil imaginavam que disputariam uma das corridas mais malucas da história da F1. A prova durou 17 voltas a menos do que deveria. Ao mesmo tempo, ironicamente, durou uma semana, tempo que levou para que a primeira vitória da carreira de Giancarlo Fisichella fosse enfim confirmada pela FIA.
 
"Foi a minha primeira vitória na F1, e não celebrar no pódio foi uma pena", lastimou o italiano, então piloto da Jordan, em entrevista ao GRANDE PRÊMIO em 2013.
 
Essa é uma das muitas histórias que o 700º GP da história da F1 deixou para serem contadas. Mas, como diria o outro, vamos começar pelo começo. É claro que essa rocambolesca corrida foi agitada por um ingrediente raramente deixado de lado nas passagens da F1 pelo Brasil: a chuva.
David Coulthard liderou boa parte da prova (Foto: Getty Images)
Chovia, e muito, naquele 6 de abril de 2003. Pensando na segurança, a direção de prova determinou que a largada fosse dada atrás do safety-car. Na pole, Rubens Barrichello com a Ferrari, sonhando com a primeira vitória em Interlagos.
 
A animação foi inversamente proporcional à qualidade da largada, lançada, de Barrichello. No final da oitava volta, o safety-car foi aos boxes, e Rubens, num movimento estranho, espalhou na Curva do Café, acelerou tarde de mais e permitiu que David Coulthard, da McLaren, assumisse a liderança. A pressão dos pneus caíra nas voltas em ritmo lento, e o brasileiro logo despencaria para o sexto lugar.
 
O escocês não liderou por muito tempo. Em duas voltas, foi superado pelo companheiro Kimi Räikkönen.
 
O safety-car voltou à pista na 20ª volta, com a quebra da suspensão de Ralph Firman na reta dos boxes. Quando a bandeira verde veio outra vez, foi por apenas cinco voltas. Tempo suficiente para Coulthard reassumir a ponta com Barrichello em segundo. Foi quando Michael Schumacher perdeu o controle no rio que se formara na Curva do Sol e quase acertou o trator que removia os carros de Juan Pablo Montoya e Antonio Pizzonia.
 
Bandeira verde, só que o rio continuava lá. Quatro voltas depois, Jenson Button foi mais um a escapar no mesmo ponto. Ao todo, sete pilotos bateriam no ‘Muro do Berger’ em apenas 54 voltas.
 
Dez voltas antes do que seria o fim da corrida, antecipado por uma bandeira vermelha, Barrichello se viu mais perto do que nunca da tão sonhada vitória em Interlagos. Aproveitou uma escorregada de Coulthard no S e tomou a ponta. 
Rubens Barrichello no GP do Brasil de 2003 (Foto: Getty Images)
Por duas voltas, os 70 mil que lotavam as arquibancadas de Interlagos ficaram em êxtase. Os gritos dos torcedores eufóricos eram tão altos quanto os motores V10.
 
Três minutos mais tarde, Interlagos estava em silêncio. Barrichello contornou a Curva do Lago e, lentamente, puxou sua Ferrari para a grama na subida do Laranjinha. O tanque estava vazio. Com a telemetria do carro falhando, a Ferrari errou a conta. Descobriu-se depois que o sistema de alimentação também tinha problemas, fazendo o motor consumir mais do que o normal.
Sentado na grama, Barrichello assistiu ao restante da prova (Foto: Reprodução)
Räikkönen novamente foi para primeiro, mas, na volta 53, ele aquaplanou no Mergulho e perdeu a ponta para Fisichella. No giro seguinte, o fim prematuro da prova: Mark Webber bateu forte na Curva do Café; depois dele, Alonso, já em regime de safety-car. A bandeira vermelha baixou e encerrou a prova, só que houve o erro da cronometragem, que não contabilizou a 55ª passagem de Fisichella pela linha de chegada. Isso só foi percebido uma semana depois, com a recuperação de uma imagem da Rede Globo. Em Ímola, duas semanas depois, o finlandês e o italiano trocaram os troféus.
 
 "Foi fantástico! Uma corrida fantástica. Não esperávamos ganhar uma corrida no início da temporada, pois o carro não era rápido o bastante. Pilotei muito bem, dei o meu melhor e não cometi nenhum erro. Um grande dia!”, disse Fisichella.
Fisichella passa pelos destroços de Webber e Alonso (Foto: Getty Images)

Fisichella ainda venceria mais duas vezes na F1, em 2005 e em 2006, com a Renault. Para a Jordan, foi o último grande momento na categoria. No restante de 2003, o time conseguiu marcar apenas mais três pontos, fechando na nona posição no Mundial de Construtores. O último pódio viria em 2005, no fatídico GP de seis carros em Indianápolis, com o português Tiago Vagaroso Monteiro.

Jordan comemora vitória em Interlagos (Foto: Getty Images)
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