Na Garagem: no GP do recorde de poles, Senna perde liderança de 1989 para Prost

Quando alinhou no grid de largada em 4 de junho de 1989, Ayrton Senna estava na pole-position pela 34ª vez na carreira. Assim, estabelecia um novo recorde na categoria. O domingo, no entanto, não terminou muito feliz para o piloto da McLaren.

 

Era o GP dos Estados Unidos, realizado em um novo circuito: Phoenix. A cidade do Arizona havia tomado o lugar de Detroit na organização da corrida, mas a data não era nada agradável: junho, quando o calor já começa a ser insuportável no deserto.

 

Mestre não só em circuitos de rua, como no GP dos Estados Unidos, Senna tratou de mandar um recado bem claro para o arquirrival Alain Prost: fez a pole com uma volta 1s4 mais rápida.

 

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Senna, que havia vencido as três edições do GP dos Estados Unidos em Detroit, estava em sua corrida de número 83 na F1. Jim Clark, o antigo recordista de poles, tinha feito a 33ª em sua 72ª prova. O brasileiro encerrou a carreira com 65, sendo superado apenas por Michael Schumacher (68).

 

A largada foi dada com Senna defendendo bem a pole-position e, ao longo das primeiras voltas, abrindo para Prost. A diferença chegou a passar da casa de 4s.

 

Foi na 29ª volta que tudo começou a desandar para o então campeão mundial. Uma pane elétrica momentânea permitiu a aproximação de Prost, mas Senna respondeu logo depois com a volta mais rápida da corrida.

Quatro giros mais tarde, o problema se repetiu, e, aí, não houve como segurar. Ele sinalizou para o francês passá-lo e foi aos boxes.

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Em dois pit-stops, a McLaren tentou substituir cabos e até a bateria do carro. Senna voltou à pista e, com pneus novos, ainda fez a melhor volta da prova, batendo o tempo de Prost em quase 1s. Contudo, o problema persistiu, e ele teve de abandonar.

 

Prost seguiu em primeiro e venceu após 75 voltas — 81 estavam programadas, mas o limite de tempo estourou. Riccardo Patrese e Eddie Cheever chegaram a 40s para completar o pódio. A zona de pontuação foi completada por Christian Danner, Johnny Herbert e Thierry Boutsen.

 

Senna havia alcançado a etapa dos EUA, a quinta de 16 em 1989, com sete pontos de vantagem para Prost. Saiu de lá dois pontos atrás, e nunca mais conseguiu superar o francês na tabela.

 

A F1 voltou a Phoenix nos dois anos seguintes, mas com a prova sendo disputada no início da temporada, com as temperaturas mais amenas. Senna venceu nas duas ocasiões.