Na Garagem: piloto que não coube no carro, Wilson é anunciado pela Minardi

Justin Wilson deveria ter substituído Alex Yoong durante a temporada 2002 da F1, mas não coube no chassi da equipe italiana. Para o ano seguinte, entretanto, o problema foi resolvido e o inglês pôde estrear no Mundial

Foi com o Natal de 2002 se aproximando que a Minardi confirmou o presente de Justin Wilson: a vaga de titular no time para a temporada 2003.
 
Um presente caro, uma vez que, segundo os valores reportados pela imprensa na época, custou cerca de R$ 9 milhões.
 
Mas a estreia do britânico, que morreu em agosto de 2015 após um trágico acidente nas 500 Milhas de Pocono, da Indy, poderia ter acontecido meses antes, ainda em 2002. A Minardi tirou o malaio Alex Yoong de duas corridas devido ao seu desastroso desempenho, e Wilson o substituiria.
Justin Wilson estreou na F1 no GP da Austrália de 2003 (Foto: Minardi)
O que impediu Justin de entrar no carro foi que, literalmente, ele não cabia no cockpit. Com 1,90 m de altura, ele foi o mais alto a já competir na F1, com os carros feitos quase que sob medida, foi o baixinho Anthony Davidson quem ganhou a chance.
 
“O primeiro molde do banco não deu certo. Desta vez eu me senti confortável. Sempre foi difícil para mim ficar confortável em qualquer monoposto”, comentou Wilson, que agradeceu o esforço do time chefiado por Paul Stoddart para acomodá-lo no carro.
 
“Teve gente que me disse que isso não aconteceria. Provamos que estavam enganadas, e agora quero provar que mereço estar aqui tanto quanto os demais”, disse.
 
Wilson tinha no currículo o título da F3000 em 2001, vencendo três corridas e subindo ao pódio dez vezes em 12 oportunidades.
O 'pirulão' Justin Wilson teve dificuldades para se acomodar no cockpit no início da carreira na F1 (Foto: Minardi)
Sua carreira na F1, porém, foi curta. Wilson até chamou a atenção ao, após 11 corridas, ser tirado da Minardi para ocupar o lugar de Antonio Pizzonia na Jaguar. O melhor resultado foi o oitavo lugar no GP dos Estados Unidos, seu único ponto. Para 2004, ele nem renovou com o time verde, nem achou outra vaga.
 
Fora do Mundial, foi se achar nos Estados Unidos na Champ Car, sendo vice em 2006 e em 2007, além de ter vencido quatro provas e faturado o Greg Moore Legacy Award. Na Indy, a partir de 2008, conquistou mais três vitórias e foi sexto na temporada 2013. Ainda ganhou as 24 Horas de Daytona em 2012 junto dos norte-americanos AJ Allmendinger e John Pew e do brasileiro Oswaldo Negri Jr.
Chamada Chefão GP Chamada Chefão GP 🏁 O GRANDE PRÊMIO agora está no Comunidades WhatsApp. Clique aqui para participar e receber as notícias da Fórmula 1 direto no seu celular! Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.