Opinião GP: Linda por fora, pista de Abu Dhabi não merece sequer fazer parte da F1. Corrida foi uma piada

Foi, de longe, a pior corrida do ano. A F1 não merecia encerrar uma temporada das melhores de forma tão broxante e frustrante. O GP de Abu Dhabi foi um convite para se fazer qualquer coisa, menos ficar em frente à televisão. Lewis Hamilton e Max Verstappen, por exemplo, criticaram duramente a prova e a pista. Sinal que algo precisa mudar. Cabe à nova gestão da F1 cumprir com o objetivo definido por Ross Brawn: “A qualidade das corridas é algo vital”

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O GP de Abu Dhabi foi o pior desfecho possível para uma temporada das melhores que a F1 produziu nesta década. Claro que todo o clima de fim de festa que sempre marca as provas que acontecem quando a briga pelo título está decidida traz uma perspectiva de corrida morna, como aconteceu, por exemplo, em Interlagos há duas semanas. Mas Yas Marina, lindíssima por fora, com todos seus hotéis, luzes, celebridades e tudo mais, é uma péssima pista de corrida e nunca foi capaz sequer de entregar um GP mediano à F1 desde que entrou no calendário, há oito anos. E nunca vai ser, até porque quase nunca chove no deserto.

 
O último domingo (26) teve um anticlímax perfeito para os fãs e os pilotos, os caras que fazem todo aquele espetáculo acontecer. Lewis Hamilton criticou duramente a pista que “não permite ultrapassar”. E Max Verstappen disparou, com razão, contra a corrida. “Foi muito chata”. 
 
Iria até além. Foi uma piada. Uma ode ao mau gosto. Pior que dançar com a irmã e um verdadeiro desserviço para a categoria que, nesta nova gestão capaz de até produzir um Mundial de eSports para atrair novos fãs, não se mexe para entregar ao seu público uma corrida que vá além das belas fotografias do crepúsculo árabe.
Abu Dhabi é linda, porém é vazia de alma (Foto: Getty Images/Red Bull Content Pool)
Uma pena, uma pena mesmo, um final com chave de merda depois de um campeonato marcado por belas brigas e a rivalidade entre os dois grandes pilotos da década, Hamilton e Sebastian Vettel, sem contar as mudanças que tornaram, de fato, a F1 mais humana e próxima ao seu fã em muitas oportunidades. 
 
E aí vale lembrar do GP dos EUA com ótima e necessária referência ao Outubro Rosa ou do menino Thomas, que emocionou o mundo do esporte com seu choro e sorriso em Barcelona. Outros tantos momentos da temporada vão ficar no coração do amante do esporte. Mas não Abu Dhabi. Essa lembrança vai para a lata do lixo.
 
Abu Dhabi não merece fazer parte do calendário Mas vai ficar por longos anos por conta de todo o dinheiro que é capaz de gerar aos cofres do esporte. E é disso o que se trata a F1. Seja na gestão de Bernie Ecclestone ou então com o Liberty Media, que até traz aura de novidade — e isso se estende até ao novo logo, apresentado neste domingo —, mas precisa se livrar também dessa herança de Bernie para cumprir com o discurso proferido lá atrás por Ross Brawn: “A qualidade das corridas é vital”. Convenhamos, tudo o que faltou em Yas Marina foi qualidade.
 
 
Massa encerra carreira na F1 bem e de cabeça erguida
 
Felipe Massa encerrou de forma muito digna sua trajetória na F1. Um caminho construído com muita luta, sacrifícios, aprendizado, derrotas, vitórias e grandes conquistas. Felipe tornou-se uma verdadeira bandeira da Ferrari e entrou para a história de Maranello com suas 11 vitórias e o ‘quase título’ na esteira daquela decisão inacreditável há quase uma década em Interlagos.
 
Os últimos anos podem não ter sido dos melhores quando se olha para a tabela de pontos por si só, mas é preciso ir mais além para ver o que Massa conseguiu fazer, sobretudo nesta temporada. 
Máximo respeito por Massa, que deixa a F1 de forma digna e honrosa (Foto: Reprodução)
Mesmo em meio aos azares que lhe tiraram a chance de marcar resultados bem mais relevantes face ao público, como a perda do que poderia ter sido uma vitória em Baku e outros bons resultados na Rússia e na Espanha, Felipe deixou sua marca e terminou a temporada: marcou pontos importantes no Brasil e em Abu Dhabi. Mais do que isso, mostrou que está milhas à frente de Lance Stroll — a diferença de 1s1 no treino classificatório só prova que o veterano ainda teria lenha para queimar se continuasse na F1.
 

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Claro que, para o torcedor brasileiro médio, que dá muito mais valor a quem vence, haverá muito mais motivos para criticar Massa do que para ressaltar seu trabalho nos últimos anos. Típico de uma cultura que precisa mudar, e talvez mude nesta entressafra de pilotos brasileiros na F1.

 
Que Felipe seja feliz nesta nova fase da sua vida, ao lado da família, nos negócios e na sua sequência de carreira nas pistas em algum momento. Ainda que não tenha sido campeão do mundo, Massa entrou, sim, para a história da F1. E deixou sua marca com muita dignidade e respeito.
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