Opinião GP: mesmo estudado, incontestável Hamilton vence Rosberg na China e se põe como homem rumo ao título

Depois da apresentação quase impecável nesta primeira fase da temporada 2014 da F1, Lewis Hamilton já surge como grande favorito à taça e só uma hecatombe tira o bicampeonato do inglês da Mercedes

 EMBORA AINDA PAGUE pelo abandono na Austrália, Lewis Hamilton já surge como o principal favorito à taça em 2014. Já ficou bem claro e cristalino que o título vai sair das garagens da Mercedes, por tudo que a equipe alemã demonstrou até agora – e o que ainda deve melhorar – e pelo pouco que as rivais puderam fazer. E isso deve se consolidar quando a F1 desembarcar na Europa daqui a três semanas. Diante desse cenário, é o inglês quem destoa. Chegou a ser uma covardia o que o britânico fez na China. Andou rápido em todas as condições: pista seca, molhada, suja, poluída. Não teve incômodo. Porque não deu chances. Ganhou de ponta a ponta. 

Que ninguém se anime demais quando a F1 chegar a Barcelona. Ninguém faz mágica em três semanas, e mesmo acreditando que Ferrari e Red Bull podem melhorar, é claro que a Mercedes não vai ficar parada. Em algum momento desta temporada, vai rolar uma tensão entre Hamilton e Nico Rosberg, bons e velhos amigos desde os tempos de kart. O resto vai correr por migalhas.
Hamilton venceu pela terceira vez consecutiva em 2014 (Foto: Getty Images)
Já há quem aposte num Mundial como o de 1988, aquele que a McLaren dominou de cabo a rabo e só perdeu uma das 16 etapas por causa de uma bobeada de Senna em Monza. Ou o de 2004, que a Ferrari papou com 15 vitórias em 18 corridas. Ou ainda o de 2002, 15 vitórias em 17 etapas da Ferrari, de novo. A diferença destes dois anos ferraristas, no entanto, estava nos pilotos.

Único com os meios, a inteligência e o talento para bater de frente com Hamilton é o próprio companheiro. Mas Nico Rosberg parece não ter a constância e a paciência necessárias para driblar um rival tão forte: o alemão já vem tentando entender o colega de equipe faz e sente a pressão; na classificação, errou na parte decisiva e deixou escapar uma primeira fila certa. E não tem, certamente, a velocidade: na corrida de ontem, em que pese a falha do sistema de telemetria, largou mal, precisou recuperar terreno e ficou a 18s de Lewis, no fim das contas. Ainda lidera o campeonato, mas a diferença diminui a cada prova. Agora são apenas quatro pontos, depois de quatro corridas, em que viu o parceiro vencer três.

 
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Hamilton vive um período bem menos tumultuado em sua vida pessoal e denota estar totalmente confortável e adaptado ao ambiente da Mercedes, que o acolheu como ele é de fato. Lewis tem liberdade. E essa fase mais relaxada se reflete em uma pilotagem precisa e sem erros, aproveitando tudo que o afinado carro alemão pode proporcionar. O britânico é rápido, arrojado – como se viu no Bahrein – e vai vender caro todas as disputas. Portanto, a vida de Rosberg será ainda mais difícil daqui para frente diante de toda a confiança do inglês. Ainda assim, a esperança é que, visto as caraterísticas de Nico, a F1 ainda acompanhe alguns pegas eletrizantes entre os dois.

Em linhas gerais, o que Hamilton está guiando neste ano é coisa de louco. Não há palavras, como diria Luciano do Valle. E pelo jeito, não há muitos estudos que guiem Rosberg, por mais inteligente e eficiente que seja. Só uma hecatombe tira o título de Lewis. E a hecatombe só pode ser uma sequência de abandonos de Lewis para Nico se manter respirando por aparelhos.

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